Na quarta-feira (12), o protesto vai ser realizado em alguns shoppings da capital baiana
Reprodução/InstagramOs comerciários da avenida Sete de Setembro pararam as atividades nas lojas nesta terça-feira (11), e prometem estender a greve até quarta-feira (12). De acordo com informações do presidente do Sindicato dos Comerciários, Renato Ezequiel, amanhã o protesto vai ser realizado em alguns shoppings da capital baiana. Os comerciários vão escolher o local e fechar o estabelecimento.
O sindicato informou também que caso não haja um acordo entre a categoria e o Sindilojas, os comerciantes podem paralisar as atividades durante as festas do fim de ano.
Ainda de acordo com informações do presidente, o objetivo da paralisação é uma forma de pressionar o sindicato patronal à assinar a Convenção Coletiva de 2014.
Os últimos aumentos ocorreram há 1 ano e meio (maio de 2013), e ao longo deste período os trabalhadores acumulam prejuízos e perdas no poder de compra. Em busca de solução para o impasse, o sindicato dos Comerciários acionou a Superintendência Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, mas o sindicato patronal não compareceu às reuniões agendadas pelos órgãos públicos.
Segundo informações de Paulo Mota, presidente do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia), a categoria está protestando porque o sindicato não firmou a convenção coletiva de 2014. Para ele, o protesto de alguns prejudica toda a categoria.
— O que eles estão pedindo é impossível de negociar. Não é porque a gente não quer. Em março propomos o reajuste salarial, mas a categoria não aceitou e agora não temos como dar o retroativo de março a novembro. Isso iria penalizar as empresas.
Ainda segundo Paulo Mota, os comerciários querem um reajuste de 13%, que nos domingos e feriados trabalhados seja pago mais R$ 50 e a permanência do vale alimentação. O presidente do Sindilojas disse que a proposta do sindicato é um reajuste de 7%, que nos domingos e feriados trabalhados seja pago entre R$ 22 e R$ 35. Quanto ao vale alimentação, Paulo Mota disse que não poderia interferir, já que este acordo foi feito com outras entidades.
O presidente do Sindicato dos Comerciários, Renato Ezequiel, informou que a categoria aceitou a proposta do Sindilojas, mas querem o retroativo. Já sobre o vale alimentação, o presidente afirmou que o acordo foi feito com o próprio Paulo Mota e não com outras entidades como afirma o Sindilojas.
Alguns comerciários afirmaram que, mesmo não participando dos protestos, fecham as portas para mostrar apoio às reivindicações.