Autoridades municipais e estaduais, Defensoria Pública, secretaria de justiça e da segurança pública estavam presentes na ação para discutir a ação policial
Reprodução/Record BahiaO clima ficou tenso na audiência pública promovida pela OAB (Ordem dos Advogados da Bahia), nesta quinta-feira (26), para discutir as 12 mortes ocorridas durante a operação da Rondesp (Rondas Especiais) no bairro do Cabula, em Salvador.
O auditório da OAB, no centro da cidade, ficou lotado de militantes de grupos de apoio e proteção a vítimas de violência, familiares e amigos dos jovens que morreram na ação.
O funcionário público Alex Lima foi enfático em seu discurso e afirmou que, “nós estamos aqui, hoje, para dizer que não toleramos, de maneira alguma, corpos de negros jovens mortos, novamente. Essa chacina é a ponta do iceberg”.
Autoridades municipais e estaduais, Defensoria Pública, secretaria de justiça e da segurança pública estavam presentes na ação para discutir a ação policial.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil se diz preocupada com a violência e questiona as abordagens policiais. Um dos principais objetivos da audiência realizada hoje foi questionar o atual modelo de segurança pública.
As mortes ocorreram na madrugada do dia 6 de fevereiro, na localidade da Vila Moises. Além dos mortos, a ação da Rondesp deixou cinco feridos, entre eles um policial militar que foi baleado de raspão na cabeça.