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Dezesseis trabalhadores em situação análoga à escravidão são resgatados na Bahia

Operários foram encontrados durante abordagem a um caminhão-baú, no km 386 da BR 116 

Bahia|Do R7

Trabalhadores dividiam o espaço com mercadorias, que ocupavam 80% da área
Trabalhadores dividiam o espaço com mercadorias, que ocupavam 80% da área Trabalhadores dividiam o espaço com mercadorias, que ocupavam 80% da área

Dezesseis trabalhadores, entre eles dois adolescentes, em situação de trabalho análogo a escravidão foram regatadas, na madrugada desta sexta-feira (27), durante uma ação conjunta que envolveu Auditores-Fiscais do Trabalho da GRTE (Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Feira de Santana) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Os operários, entre eles dois adolescentes, foram encontrados durante abordagem a um caminhão-baú, no km 386 da BR 116, trecho do município de Lamarão, a 177 km de Salvador.

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Segundo a PRF, 14 pessoas eram transportadas no baú do caminhão e duas na cabine. Os trabalhadores dividiam o espaço com mercadorias, que ocupavam 80% da área. A ventilação também era insuficiente, pois existiam apenas duas janelas de pequenas dimensões para circulação de ar. Os homens eram transportados deitados e soltos no baú, em condições inseguras para sua integridade física, ocasionando risco de asfixia e esmagamento pela carga.

A polícia informou que os trabalhadores foram aliciados na cidade de Malta, Paraíba, pelo dono do caminhão e das mercadorias, e seriam transportados até à cidade de Governador Valadares, Minas Gerais, juntamente com as mercadorias a serem vendidas no local. 

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A situação foi caracterizada como análoga à de escravo pelas condições de degradantes a que estavam submetidos os trabalhadores. O grupo relatou que pretendia permanecer em torno de quatro meses em Minas Gerais, onde venderia redes, tapetes e artesanatos, na região de Governador Valadares, comprados na mão do dono do caminhão.

Os trabalhadores foram levados de Lamarão até à Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Feira de Santana para proceder o colhimento de depoimentos, pagamento das verbas rescisórias e o fornecimento dos requerimentos de seguro-desemprego do trabalhador resgatado.

Todos os custos ficarão a cargo do dono do caminhão, que se deslocava com os trabalhadores. As irregularidades constatadas ensejarão a aplicação de penalidade administrativa por meio de lavratura de autos de infração e, ao final da ação fiscal, será encaminhado relatório aos órgãos competentes para a apuração de punições civis e penais.

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