Policiais e bombeiros militares decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em assembleia geral na noite de hoje
Reprodução Record
Os policiais e bombeiros militares decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, em assembleia geral realizada na noite desta terça-feira (15), no Wet'n Wild, na avenida Paralela, em Salvador. Cerca de 10.000 policiais participaram da reunião e os profissionais rejeitaram as propostas apresentadas pelo governo do Estado.
Na quinta-feira (10), o governo apresentou um plano de reestruturação e modernização organizacional da Polícia Militar à corporação. Entre as propostas estão a emancipação do Corpo de Bombeiros, que passa a ser uma instituição militar independente da PM, a concessão de aposentadoria para policiais femininas com 25 anos de serviço efetivo, além do novo código de ética e da maior transparência na promoção interna, a ampliação do acesso à carreira com a criação de cargos de cabos, sargentos e subtenentes.
Na ocasião, a Aspra ((Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado) já tinha manifestado a insatisfação diante do proposto pelo governo e foi classificada como um "retrocesso para a categoria". Entre os pontos negativos listados pela associação estão o fato do governo não ter apresentado proposta sobre remuneração; suspensão por até 120 dias, sem remuneração; responder a transgressão disciplinar de natureza grave o militar que contrair dívida (ser incluído (a) no SPC/Serasa), cometer infração de trânsito, executar manobra perigosa em viatura, se recusar a ser submetido à revista, participar de manifestações de caráter reivindicatório, entre outros.
Outras duas reuniões foram realizadas, uma na noite de segunda-feira (14) e outra na tarde de hoje, com os líderes das associações e os representantes do governo, mas não houve um entendimento e a proposta apresentada na assembleia foi rejeitada pelos PMs.