Em apenas quatro meses, foram identificados 4.704 casos de ligações clandestinas em rede distribuidoras de água. O balanço informativo foi divulgado pela Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), na tarde desta terça-feira (15).
Conforme a Embasa, após denúncias e suspeitas, as ações para combater “os gatos de água” estão sendo intensificadas em Salvador, Camaçari, Dias D´Ávila, Feira de Santana, Conceição do Coité e Serrinha, desde maio deste ano. Dos casos identificados, foram realizadas aplicações de multas, além do levantamento dos débitos do imóvel em relação ao não pagamento de contas de água ou esgoto. Das ocorrências fraudulentas identificados, 1.340 (29%) já regularizaram a situação junto à empresa e o restante será objeto de análise para novo acompanhamento e procedimento de cobrança.
Durante as negociações, é necessário o consumidor comprovar sua situação econômica com relação ao imóvel e o pagamento correto do débito. Além do enquadramento na tarifa residencial ou para pequeno comércio, a quantidade de unidades residenciais do imóvel, a inexistência de processo judicial relativo ao pagamento de contas de água ou esgoto em andamento ou de negociação anterior com a Embasa no perfil baixa renda. De acordo com o gerente de Cobrança, Victor Mota, a Embasa vai intensificar o trabalho nestas cidades e expandir para outras.
— A fraude no consumo de água tratada é uma prática que promove o desperdício e prejudica a coletividade que paga sua conta em dia. A intenção da Embasa, com essa operação, é retirar a fraude e oferecer boas condições para a regularização.
Experimente grátis toda a programação da Record no R7 Play
Em 2014, ações fraudulentas envolvendo a utilização da água resultaram no desvio de mais de 2,1 bilhões de litros de água por mês em Salvador e na RMS. Em 2011, esse número era de 1,3 bilhão. Os 137,6 mil casos de suspeitas de fraudes resultam em prejuízo da ordem dos R$ 121,7 milhões, decorrente do volume de água não faturado.