Renilda é uma baiana com uma história comovente. Ela sempre sonhou em ser mãe, por isso tentou engravidar cinco vezes. Mas, infelizmente nenhuma das crianças sobreviveu. Ela conta que nas quatro primeiras gravidez acabou perdendo o bebê. Na quinta gestação, surgiu uma esperança. Ela conseguiu chegar até o sétimo mês e sua filha, Samara Vitória, nasceu prematura. Assista ao vídeo
Renilda mora em Alagoinhas e lembra que quando a bolsa estorou foi informada de que na cidade não havia suporte necessário para ela e a filha. Seu marido a levou para Feira de Santana, onde teve a filha e seguiu internada. Quinze dias depois de internada, sua filha morreu e Renilda descobriu também que seu útero foi retirado. Ela considera que esse foi o golpe mais duro que a vida lhe deu.
— Essa é uma dor, um vazio que eu não desejo para mãe nenhuma. Quando a gente casa, a gente sonha em ter um filho
Reprodução/Record Bahia
O marido de Renilda, conta que o desespero foi tão grande que a mulher pensou até em se matar.
— A assistente social ligou para mim umas onze horas, avisando que minha filha tinha morrido. Quando eu cheguei no hospital, ela já estava sabendo, desesperada e para ela já tinha acabado tudo.
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Renilda buscou forças no seu sonho e mesmo sem ter o útero decidiu com o marido que ainda conseguiriam ter um filho. Juntos, eles procuraram um médico que lhes apresentou uma solução para realizar o seu desejo: conseguir uma barriga de aluguel.
— O médico me explicou que eu perdi o útero, mas que eu tinha meus ovários e com meus óvulos eu poderia gerar uma criança
Feliz com a notícia, ela descobriu que teria que pagar R$ 25 mil pelo procedimento. O casal vendeu um carro e uma moto e planejaram usar o dinheiro para ter o filho.
— A gente já tinha juntado uns nove mil. Todo dinheiro que aparecia, a gente já ia guardando, porque é o nosso sonho
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Quando o sonho parecia estar próximo de se concretizar, uma enchente destruiu a casa da mãe de Renilda, e eles decidiram ajudá-la.Dona Maria ficou sentida em ver a filha tendo que usar o dinheiro para ajudá-la, mas não esconde o orgulho que tem do amor e cuidado que Renilda lhe dá.
— Não tem um dia que ela não chore. Mas, eu tenho fé que ela vai conseguir esse sonho dela
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A cunhada se tornou a peça chave para concretizar o sonho de Renilda. Comovida com a história, ela decidiu que iria gerar o sobrinho. Agora, aos 29 anos, Renilda pede ajuda para conseguir o tratamento e o valor da fertilização in vitro.
— Eu só quero ser mãe. Se tiver alguém que possa fazer uma doação, eu serei muito agradecida. Quando minha cunhada tiver a criança, eu vou ser a pessoas mais feliz e realizada do mundo