Maria Cristina é moradora do bairro de São Caetano, em
Salvador, e vive um drama há 14 anos. O
filho dela é portador de autismo e, constantemente, agride o próprio
corpo. O jovem precisa de tratamento
médico com regularidade, mas a mãe não tem condições financeiras
O diagnóstico foi feito aos três anos de idade e o
sofrimento da família só tem aumentou: o adolescente já perdeu a fala e usa um capacete
que o impede de machucar a cabeça durante as crises. O acessório foi dado pelo
tio após vê-lo batendo a cabeça por diversas vezes contra a parede
Reprodução/Record Bahia
Os médicos, também, recomendaram o uso de talas nos braços para impedi-lo de movimentar os membros superiores e evitar que o jovem faça algo contra si mesmo
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A tia do adolescente diz que ajuda como pode, mas que é muito
sofrimento vê-lo se agredir.
—Teve uma noite que eu passei chorando. Fiquei a noite toda
segurando os braços dele, porque ele se bate muito e a gente fica com pena de
ver ele se maltratando
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Durante uma dessas crises, o jovem chegou a bater a cabeça várias vezes quebrando os vidros da
janela. Apesar da agressividade, os familiares afirmam que o menino é muito amado e que não é violento com as pessoas
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Dona Maria recebe o benefício de um salário mínimo, referente à aposentadoria
do jovem, no entanto, o valor não dá para custear os gastos com remédios,
fraldas e consultas médicas periódicas.
—Eu já entrei em depressão devido a esse problema. Eu peço encarecidamente às autoridades que me
ajudem, que tenham misericórdia de mim e do meu filho. Eu não estou vivendo, eu estou vegetando
nesse mundo.