Uma mulher teve a vida destruída pelo ex-companheiro em
Salvador. O casal ficou junto por um ano, mas por causa do ciúme e da
agressividade, ela resolveu terminar o relacionamento. O homem a chamou para
conversar e acabou jogando ácido no corpo da vítima. Seis anos após a agressão,
o suspeito continua solto
Com marcas irreversíveis, Edilene diz que tem vergonha do próprio corpo.
— Hoje eu não sou mais a mesma pessoa, eu tomo remédio antidepressivo, fico muito dentro de casa. Hoje é difícil confiar em uma pessoa
Reprodução/ Record Tv Itapoan
Edilene
lembra quando conheceu o ex-companheiro, um homem que se mostrou atencioso e
prestativo, mas, que não conseguiu enganar a intuição de mãe. Ela conta que na
época em que eles se conheceram a mãe dela era viva e disse que “não foi com a
cara” do suspeito
Reprodução/ Record Tv Itapoan
Aos
poucos a suspeita se transformou em realidade. Edilene passou a conviver com um
homem ciumento e as brigas eram cada vez mais constantes. A mulher diz que o
companheiro queria escolher com quem ela falar e tinha até ciúmes do filho dela
Reprodução/ Record Tv Itapoan
Edilene
chegou a tentar terminar a relação com Carlos Roberto, algumas vezes, mas,
acabava voltando atrás. Entre uma das idas e vindas, foi morar na casa de uma
irmã e arranjou um trabalho em Lauro de Freitas, na região metropolitana de
Salvador. Ela queria recomeçar a vida, mas, Carlos Roberto não permitia. Ao
descobrir o local em que ela trabalhava, começou a ligar para o patrão para
falar mal dela
Reprodução/ Record Tv Itapoan
Após
muitas ameaças, ela resolveu que iria prestar uma queixa na delegacia, mas, já
era tarde demais. Em 2009, Edilene estava em um ponto de ônibus quando foi
surpreendida pelo ex-companheiro, que perguntou se ela não iria reatar o
relacionamento. Quando Edilene disse que não, ele a chamou em um canto para
conversar e jogou ácido no corpo da mulher
Reprodução/ Record Tv Itapoan
Edinele diz que a agressão foi comunicada ao posto da polícia do HGE (Hospital Geral do Estado), onde ficou internada por cinco meses. Mesmo após sofrer as agressões, a mulher resolveu voltar para o companheiro e a queixa só foi feita dois anos depois. Ela disse que não teve apoio da família, dos amigos e ele foi quem ofereceu ajuda. A mulher contou que durante esse tempo ela estava pensando em uma forma de se vingar de Carlos Roberto.
— Eu tentei por três vezes fazer alguma coisa com ele. Uma pessoa fazer algo com outra pessoa tem que ser muito corajosa, tem que ter o sangue muito frio, e eu não tive essa coragem. Queria ter, mas infelizmente não consegui
Reprodução/ Record Tv Itapoan
A
Justiça determinou a prisão de Carlos Roberto no dia 17 de janeiro de 2011,
mas, ele acabou sendo solto e responde o processo em liberdade. O acusado deve
respeitar a medida protetiva e ficar longe da vítima. A liberdade do
ex-companheiro e a demora no julgamento do processo só aumentam a aflição de Edilene