Os baianos viveram momentos tensos em maio deste ano, após policiais e bombeiros militares decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada em 15 de abril, no Wet'n Wild, na avenida Paralela, em Salvador. Cerca de 10.000 policiais participaram da reunião e os profissionais rejeitaram as propostas apresentadas pelo governo do Estado, no dia 10 do mesmo mês
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Criminosos aproveitaram a greve da categoria no Estado para realizar roubos, arrastões, saques e arrombamentos na capital
baiana. Os bandidos arrombaram vários estabelecimentos comerciais em bairros
como Cajazeiras, Calabetão e subúrbio ferroviário. Até bairros nobres da
capital foram alvos dos criminosos
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Cerca de 50 pessoas foram presas na capital baiana e região metropolitana
durante todo o dia 16 de maio, segundo contabilizou os
comandantes de unidades operacionais da Polícia Militar. Entre os
detidos, destacam-se os flagrantes de roubos a mão armada, arrombamentos
e saques, como na Liberdade, Iapi e Orla
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Cerca de 20 homens tentaram invadir o condomínio Residencial
Dois de Julho Life, na Estrada Velha do Aeroporto, também na tarde de 16 de maio. A ação dos bandidos foi frustrada pelos seguranças do
condomínio. Houve troca de tiros e alguns assaltantes conseguiram
roubar o carro de um morador que estava chegando ao condomínio. Alguns
moradores e seguranças do residencial saíram em perseguição aos
bandidos e conseguiram recuperar o veículo
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Uma onda de saques e vandalismo tomou conta da capital baiana e, no segundo dia de greve, várias lojas fecharam as portas
mais cedo com medo. Diversos
bairros sofreram com a violência que tomou conta da cidade
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Até redes de grandes supermercados localizados em áreas nobres encerraram as atividades mais cedo durante a paralisação da Polícia Militar
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Após o Sindicato
dos Rodoviários avisar que a frota seria recolhida às 18h, devido à greve da PM, os shoppings da
capital também tiveram seus expedientes encerrados no fim da tarde
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Após os ataques a lojas e o “clima de faroeste”, a presidente Dilma Rousseff assinou o decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) autorizando o emprego das Forças Armadas na segurança pública da Bahia. Tropas das Forças Armadas desembarcaram na Base Aérea de Salvador, após solicitação do Governo do Estado
Camila Souza/GOVBA
As operações de GLO conferem aos militares condições de patrulha, vistoria e prisão em flagrante. O Exército empregou uma brigada de até 5 mil homens em todo o Estado da Bahia, além das tropas da Força Nacional, da Marinha e
Aeronáutica
Líder do movimento grevista, Marco Prisco foi preso no dia 18 de abril, a pedido do MPF-BA (Ministério Público Federal). Ele foi detido pela PF (Polícia Federal) em um resort na Costa do Sauípe, Litoral Norte, e foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde permaneceu por quase dois meses. Prisco pagou uma fiança de 30 salários mínimos, R$ 21.720, para ser solto. O soldado retornou à capital baiana no dia 4 de junho, abatido, com quase 20 kg a menos e várias restrições judiciais. Em outubro, o líder grevista foi eleito deputado estadual, o terceiro mais votado da Bahia, com 108.041