Geddel sai de carro da Polícia Federal, nesta terça-feira (8), em Salvador
(Foto: Reprodução / Record TV Itapoan)O ex-ministro dos governos Temer e Lula, Geddel Vieira Lima (PMDB), desembarcou em Brasília às 16h desta sexta-feira (8), onde ficará preso preventivamente, em regime fechado, enquanto continuam as investigações da operação Cui Bono?, que apura ilegalidades cometidas pelo político na Caixa Econômica Federal.
O político baiano foi detido na manhã de hoje em casa, onde já cumpria prisão domiciliar, no bairro do Apipema, em Salvador, Bahia. A prisão acontece três dias após a PF encontrar R$ 51 milhões armazenados em malas e caixas de dinheiro em um apartamento da capital baiana. O imóvel foi emprestado à família do ex-ministro para, supostamente, guardar objetos da família.
Na quinta-feira, a PF confirmou que fragmentos das digitais de Geddel foram identificados nas notas de dinheiro apreendidas. O chefe da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, também teve as digitais encontradas na dinheirama apreendida e foi preso hoje.
Iniciada a partir de descobertas da Lava Jato, a operação Cui Bono? investiga irregularidades cometidas por Geddel na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, cargo que ocupou durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
O pedido de prisão partiu do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que cuida da Lava Jato na capital federal e da Cui Bono?. Em seu despacho, o magistrado afirma que Geddel agiu de forma "sorrateira" ao esconder as milhares de notas de reais e dólares.
"A autoridade policial explica que foi realizado exame pericial no dinheiro apreendido, no qual os Peritos lograram localizar alguns fragmentos de impressões digitais de GEDDEL QUADROS VIEIRA LIMA e de GUSTAVO PEDREIRA DO COUTO FERRAZ no material. Quanto a este último envolvido, a autoridade policial aponta como sendo pessoa ligada a GEDDEL QUADROS VIEIRA LIMA, tendo sido, inclusive, indicado por ele para buscar, em 2012, valores ilícitos remetidos por ALTAIR ALVES, emissário de EDUARDO CUNHA", escreveu o magistrado em despacho (leia na íntegra).
Já o Ministério Público Federal afirma que Geddel é um "criminoso em série" e que faz "de uma dada espécie de crime sua própria carreira profissional".
A defesa de Geddel Vieira Lima informa que somente se manifestará "quando, finalmente, lhe for franqueado acesso aos autos, especialmente aos documentos que são mencionados no decreto prisional. Pesa dizer que o direito de defesa e, especialmente, as prerrogativas da advocacia, conferidas por lei, sejam tão reiteradamente desrespeitadas, impedindo-se o acesso a elementos de prova, já documentados nos autos".
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*Colaborou Matheus Pastori, estagiário do R7