“Eu já sou um cara morto. Eu tô aqui em pé só a matéria. É só a matéria que tá viva aqui”, confessou o homem acusado de matar um cigano em 2014, em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
Jailton Carvalho Santos, 40 anos, foi detido com um carro roubado durante uma operação da Polícia Civil. Ele afirmou que não roubou o veículo, mas confessou que iria entregar e carro e receberia R$ 300 pelo serviço.
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O suspeito tinha fugido do Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana, em novembro do ano passado. O homem afirmou que fugiu porque estava sendo ameaçado pelos ciganos.
— Pagaram R$ 600 mil pra qualquer um na cadeia me matar.
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Diante da possível ameaça de morte, ele decidiu escapar da penitenciária há quatro meses.
— Eu ia morrer lá dentro, cara. Eu tava morto já. Eu saí pra correr atrás, mas não consegui. A polícia me pegou antes.
Ao ser questionado sobre o medo da morte, Jailton foi frio e disse que: “Não tenho medo mais não, já sou um cara morto mesmo. Pra mim tanto faz”.
O homem assassinou o cigano depois que a mulher dele fez um empréstimo com a vítima, que seria agiota. Após o crime, cinco pessoas da família de Jailton foram mortas: ex-mulher, filho, sobrinho e dois irmãos.
Após a morte do cigano, a mulher do suspeito, Nilda Fiúza, foi sequestrada e morta junto com o filho David e o sobrinho Wanderson. Os irmãos de Jailton, Sílvio César e César Sílvio Carvalho foram mortos em agosto do ano passado, na Baixa do Tubo, em Salvador.
Segundo a polícia, a confusão começou quando Nilda pegou 7 mil reais emprestado com o cigano Jair Ferraz. Alegando que estava sendo ameaçado pelo agiota, Jailton esfaqueou e atirou no cigano para se livrar das cobranças.