Uma mulher está enfrentando um drama a procurar de tratamento para o filho com uma doença desconhecida. Dona Roseli mora em uma casa humilde, no subúrbio de Salvador, com uma filha adolescente e Anderson, um jovem de 24 anos que tem aparência e comportamento de uma criança, além de diversas problemas de saúde.
Anderson, filho mais velho de Roseli, tem problemas nas pernas e limitações que o impedem de andar direito. A mulher revela que já está com problema na coluna por conta das limitações do filho, que precisa de ajuda para fazer quase tudo.
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Reseli conta que o menino precisa fazer a cirurgia para extrair os dentes por conta de uma bactéria na boca. Ele também está tratando uma infecção nos olhos.
— Eu tenho lutado muito, levado a diversos hospitais pra poder tentar extrair o dente dele, só que esse problema do dente dele é muito sério. Tem que ser uma cirurgia.
A mulher releva que, quando estava grávida de Anderson, caiu e bateu a barriga no chão. Ela confessa que não procurou atendimento médico e não fez o pré-natal. Ela não sabe se o problema do filho é genético ou foi causada pela falta de acompanhamento, mas confessa que gostaria de descobrir qual doença o filho tem.
— Eu daria tudo pra saber, porque eu nunca tive certeza do que foi causado esse problema dele (sic).
Além de todas as adversidades que tem que enfrentar, Roseli revela que o principal problema que tem enfrentado é o preconceito por conta da doença de Anderson. A família tem sido alvo de discriminação e o jovem chegou a ser chamado de macaco.
— Um cidadão, vizinho mesmo, chamou ele de macaco. A gente vem sofrendo esses preconceito constantemente. Desde quando ao pai dele foi embora, a gente não tem paz.
De acordo com Roseli, pessoas jogam resto de comido no telhado da casa, para atrair ratos e expulsá-los do imóvel, que ameaça cair. Uma lona plástica impede que a chuva molhe o único cômodo da casa, construído com a ajuda das irmãs, que não está com a estrutura comprometida.
— Eu queria ter uma vida digna com os meu dois filhos.
Dona Roseli é obrigada a conviver com a falta de respeito dos moradores do bairro onde mora. Ela revela que, inclusive, chegou a ser agredida pelos vizinhos ao questionar a falta de respeito com que o filho estava sendo tratado pelas pessoas. Antes de qualquer ajuda, Roseli pede apenas que as pessoas respeitem as diferenças.
— Eu queria pedir uma ajuda para que a população venha me deixar em paz, porque eu e meus filhos somos alvos de preconceito e discriminação. A gente passa e tem que ouvir calado, porque se falar alguma coisa eles são capaz de me pegar de novo na covardia e me bater, como eles já fizeram diversas vezes. Eu preciso de paz pra cuidar do meu filho (sic).