O caso do menino Guilherme Yokoshiro, de cinco anos, que morreu após cair do 6º andar do prédio em que morava com os pais, no bairro de Brotas, em Salvador, ainda está cheio de perguntas sem respostas.
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A delegada Maria Dail, que investiga o caso, quer entender a rotina da família. Os pais se revezavam nos cuidados com o filho, mas ainda não ficou claro por que o pai deixou o apartamento no meio da madrugada. No dia em que foi chamado para depor, Rafael Yokoshiro não conseguiu falar sobre o assunto. Segundo a delegada, o pai está muito abalado.
— Está devastado emocionalmente. veio com o advogado, tentamos ouví-lo, mas ele só faz chorar, não consegue nem formular uma frase. Está muito abalado e o advogado pediu mais alguns dias para ele tentar se recompor e pra a semana vamos tentar ouví-lo.
Em depoimento, mãe de menino que morreu ao cair de prédio diz que caso foi fatalidade
No momento da queda do menino, era o pai que deveria estar em casa com a criança, já que a mãe, que é enfermeira, estava de plantão neste dia. Mas, as câmeras de segurança do prédio mostram a saída de Rafael às 1h42 e ele só voltou quase duas horas depois, quando a criança já tinha caído.
O menino caiu da janela dos quartos dos pais e a tela da janela estava rompida. A polícia investiga se o material foi cortado ou se rompeu. O inquérito ainda não foi concluído, mas a hipótese é de que tenha sido um acidente, por conta das marcas de pés encontradas na parede da janela.
A polícia espera ouvir o depoimento do pai da criança na próxima semana, mas vizinhos e porteiros já começaram a ser ouvidos.
— Tem que ter uma justificativa plausível, tem que ser uma coisa muito forte para alguém sair e deixar uma criança de cinco anos sozinha em casa. Inicialmente, tudo indica que houve o abandono de incapaz, então ele pode responder por isso e tem o agravante por ter ocorrido a morte e por ser, também, o filho, porque o genitor tem tem a obrigação de proteger a criança.