Estudantes de duas turmas do 5° semestre do curso de enfermagem da Unijorge (Centro Universitário Jorge Amado), localizada na avenida Paralela, em Salvador, foram contaminados pelo vírus da caxumba na última semana. O grupo afetado é do turno da manhã. Segundo a instituição, 12 alunos estão com os sintomas do vírus. Destes, quatro receberam a confirmação da Vigilância Epidemiológica do município de Salvador de que estão com Caxumba.
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Ainda de acordo com a instituição, preventivamente, em parceria com a Vigilância Epidemiológica, na próxima quinta-feira (30) será realizada a vacinação de Tríplice viral, no Campus da Paralela, para os alunos das duas turmas na qual foram registrados casos e suspeitas da doença. Poderão ser vacinados todos, do 5º A e 5º B do curso de enfermagem, que não estiverem com a vacinação em dia e/ou necessitarem de dose de reforço, para prevenção.
A recomendação do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) e do Ministério da Saúde é de que pessoas em tratamento fiquem afastadas de suas atividades por nove dias, período em que a transmissão é mais intensa, não necessitando de cancelamento de atividades. Seguindo as recomendações dos órgãos competentes, as aulas seguem normais e as atividades acadêmicas para os alunos que necessitarem de afastamento por este motivo, ou qualquer outro motivo de doença, serão repostas conforme legislação vigente.
De acordo com a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), trata-se de um surto interno. A secretaria informou que está investigando os casos e orientando os estudantes.
Por meio de nota, a Sesab informou que em 2016, 3.821 casos foram registrados no Estado. Já este ano, até o mês de março, foram anotados 1.237 casos de Caxumba na Bahia.
Doença
A caxumba, também chamada de papeira ou parotidite, tem um período de incubação de duas ou três semanas. Seus primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da doença é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.
Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), após a puberdade, a doença pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade. Por isso, é necessário redobrar a atenção nestes casos e ter acompanhamento médico.
Ainda de acordo com a fundação, altamente contagiosa, a "papeira" é causada pelo vírus Paramyxovirus, transmitido por contato direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas infectadas. Costumam ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera.