Nesta quarta-feira (27), completa um ano que dezesseis pessoas morreram soterradas após deslizamentos de terra causados pela chuva. As vítimas eram das comunidades do Novo Marotinho, no bairro do Bom Juá, e na localidade de Barro Branco, na San Martin, em Salvador, na região periférica de Salvador.
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O forte temporal causou estragos nesses dois pontos da capital baiana. Entretanto, um ano após a tragédia, a localidade em Novo Marotinho, onde cinco pessoas da mesma família morreram, continua sem contenção. Apenas uma lona foi colocada na região, onde três casas desabaram. Para o pintor Joilson Ribeiro, que perdeu os dois filhos, a mulher, o sogro e o sobrinho, andar no local onde antes morava com a família é reviver momentos de tristeza.
— Quando eu botei o pé na porta eu só vi desabando. Só deu o momento de chegar à outra escada e olhar pra cima, vi tudo em cima de mim, elas vindo à minha frente, eu tentei pegar na mão da minha esposa e ela escorregou, caiu e quando ela tentou levantar o muro levou ela. Foi tudo muito rápido.
Superar trauma
O barranco continua a oferecer riscos no Novo Marotinho e o secretário de infraestrutura da Defesa Civil, Paulo Fontana, justifica o motivo por que a obra ainda não foi feita no local da tragédia.
— Esse acidente entrou no programa do Ministério da Integração. Nós já fizemos o projeto, licitamos e estamos esperando a resposta para liberar o recurso que, até o momento, não foi liberado.
A situação também não é tão diferente na região do Barro Branco, onde 11 pessoas morreram soterradas.