Ao contrário do que o estranho nome sugere, o espetáculo "Menecma", em cartaz no Teatro do Sesi, na avenida Paulista, não é mais uma "peça cabeça", dessas que exigem um alto QI da platéia e costumam ser muito chatas.
É meio maluco, mas bem divertido o primeiro texto para teatro de Bráulio Mantovani, o consagrado roteirista de "Cidade de Deus", "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2".
Ao misturar num bem temperado cozido jogos de metalinguagem com o making off da própria peça, que começou a escrever em 1992, Mantovani coloca o cinema no palco e vice-versa para o protagonista, jovem diretor do filme, contar a história de um grande ator recentemente falecido, seu pai.
Sem limites entre ficção e realidade, o ritmo da ação é tão acelerado que quando as luzes são acesas e as cortinas fechadas, com poucos minutos de espetáculo, a diretora Laís Bodanzky teve que subir ao palco para explicar que houve um problema técnico no projetor e pedir um pouco de paciência.
Muitos espectadores, como eu, pela cara que fizeram, ficaram sem saber se o incidente fazia ou não parte do espetáculo, algo que deve ter deixado Mantovani feliz, como se pode perceber nos seus objetivos declarados com a peça:
"Sinto um prazer perverso ao observar a perplexidade nos rostos e nas vozes das pessoas quando digo que minha peça se chama `Menecma´. Acredito que sua reação ao espetáculo, distinto público, vai ser muito parecida àquela que o título provoca. Estou contando com isso".
Pois a provocação do autor parece ter dado certo, já que a platéia entrou na brincadeira do faz-de-conta dos nomes quase iguais dos personagens-sosias.
Apesar dos problemas técnicos do sabado à noite, também se divertiram bastante os jovens e competentes atores Gustavo Machado, Paula Cohen e Roney Facchini, o que é um bom sinal. Do cenário à música, tudo é muito bem cuidado neste espetáculo dirigido por Laís Bodanzky, ela também uma cineasta de ofício que começa a dar suas cacetadas no teatro.
Antes que alguem "denuncie" o parentesco, já vou logo dizendo que Bráulio Mantovani é meu genro, mas nem por isso sou obrigado a falar mal da peça dele.
"Menecma" vai ficar em cartaz até o dia 26 de junho no Teatro do Sesi (avenida Paulista, 1313) - Metrô Trianon-Masp.
Quinta a domingo, às 20 horas. Entrada franca nas quintas e sextas-feiras. Aos sábados e domingos, o ingresso custa R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Divirtam-se.
"Peça "Menecma" é bem divertida"
10 de April de 2011 às 11:09 - Postado por admin
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A peça é bem legal, linguagem cinematográfica.
Se for para moderar prefiro nao escrever nada pois ate aonde eu sei ainda vivemos numa democracia e aonde fica o direito de expressao e o livre arbitreo, desculpem mas essa e minha opiniao. Respeito a opiniao dos outros da mesma forma que devem respeitar a minha.E como disse antes nada me fara mudar de ideia. Obrigada
Podem os politicos e o eleitorado do Pais inteiro se bandear para a esquerda ou seja la o que for essa miscelania ideologica se e que ainda existe ideologia no sentido mais amplo e nao apenas nos interesses pessoais. Seja como for, jamais e por motivo algum votarei em alguem que nao seja verdadeiramente de direita. SOU DE DIREITA ATE A MEDULA, NADA ME FARA MUDAR, NEM SOB TORTURA, VOU MORRER ASSIM,POIS ACREDITO NOS MEUS IDEAIS. Obrigada
MEU DEUS, e eu nem sabia, aleluia agora sou da classe média, orgasmo total e multiplo,
[...] o blog – http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho [...]
[...] Este post foi originalmente publicado por Ricardo Kotscho – Balaio do Kotscho [...]
Adorei a peça. A Laís é maravilhosa, e o Braulio ótimo escritor!
...outra coisa idiota que estamos vendo, é a supervalorização do realismo nas obras de arte, especialmente no cinema, que arte há em botar um cara dando gritos, com uma metralhadora na mão matando quem passa em sua frente ? ...o cinema deve alimentar o sonho, o lúdico. outra aberração de nossos dias, é a exaltação à viadagem. Pra tudo que se olha, tem um viado em evidência, como se fosse chic ser viado. Não sou nenhum "bolsonarista", muito pelo contrário, mas...parece que tem viado demais neste muuuundo. outra é a tatuagem, de dez rapazes ou moças, que colocam na tv, no mínimo, sete são tatuados, Qual a estratégia destes malas ? A tatuagem animaliza o idiota. ...tem gente deformada demais em nossos meios de comunicação.
...me chamou a atenção o preço...porque se cobram tão pouco por trabalhos artísticos desta natureza ? pode-se até ser correto, como uma pré remuneração pelos custos de montagem. Porém, sugiro que ao se estabelecer um preço pequeno como o estabelecido para esta peça, que seja deixado na saída, uma sacola, tipo aquelas que se colocam nas igrejas, para que espectadores conscientes que valeu mais o espetáculo, complete o valor que achar convenientes. Vejo isto também como uma maneira de se valorizar o espectador, oferecendo a ele a oportunidade de manifestar o seu desejo.
Prezado Ricardo, Bom dia... Não conheço o trabalho de dramaturgia do Braulio mas, como roteirista, digo aos meus amigos cinéfilos que, se fosse americano, já teria ganho alguns Oscars... O trabalho dele nos dois "Tropas" é de tirar o fôlego e me arrisco a dizer que embora um filme pertença - por definição - ao diretor, quando o roteiro é do Braulio tem que ser, no mínimo, compartilhado. Não perco esse espetáculo por nada... Abraços Ricardo e uma ótima semana a todos os Balaieiros.
Depois que inventaram o DVD ficou mais difícil ir ao teatro. Na minha sala não tem flanelinha, marronzinho, trombadinha, bafômetro. Posso dar um "stop" para ir ao banheiro, a cozinha tomar um café, atender telefone. Vivemos um maravilhoso mundo novo, com tudo a sua mão.
Primeiro fui procurar um dicionário para saber o que significa a palavra "menecma" que horror, lembra (meléca) que quer dizer "SÓSIA", uma pessoa que tem bastente semelhaça com outra pessoa. Que tal o título "O sósia"? Me desculpem mas não seria melhor usar o termo mais conhecido e popular em vez de menecma? Esta palavra prá mim é tão exdrúxula como por exemplo a palavra derivada do espanhol Olvidar. Toda vez que ouço "olvidar" em lugar de "esquecer" me dá arrepios, há momentos que eu até a confundo com "lembrar". Se podemos simplificar por que então complicar? Bem,,,,deixem prá lá mas o meu comentário não é sobre teatro nem sobre a peça que ainda não vi mas sobre o título " Tropa de Elite". Prá começar eu não assisti e nem vou gastar dinheiro com filmes deste gênero, chega de Chicago Boys e do Brooklin novaiorquino, os americanos já mostraram tudo que havia disponível sobre este tema. Pelo que ouvi, este filme cheio de violencia foi ótima bilheteria nos cinemas e eu como sou avesso a violencia fico pensando que no Brasil que só passava filmes sobre cangaço, outra violencia que é piorada porque mostra a pobresa da nossa gente lá do nordeste, faz sucesso. Copiando os filmes de gangsters americanos que só servem prá uma coisa; amealhar a violencia e instruir o modo como prá algum indivíduo cabeça fraca, praticá-la e usá-la como álibi. Chega de maus exemplos. Não tem como não ligar esta adoração à violencia com o sucesso de bilheteria que este filme teve. Desde criança tenho visto filmes de sucesso que utilizam o tema "violencia", desde Roy Rogers, Bat Masterson até gangsters das grandes cidades, foram e "ainda" são sucesso de bilheteria. O povo deve gostar de ver sangue jorrando e depois que acontece na realidade cenas dantescas ficam com as mãos na boca demonstrando perplexidade. Passou recentemente filmes maravilhosos como do Chico Xavier e teve alguns especialistas em cinema ligados só em outros aspectos, o técnico exemplificando que não comentaram o mote principal do filme, o amor ao próximo, muito mais importante que todo o lado técnico do cinema, apesar deste ter a sua relativa importancia. Eu penso assim; um filme tem por obrigação ter boa técnica senão a qualidade faz com que o público não vá ao cinema, a técnica marca presença, entusiasma o espectador pela história e faz com que este espectador tenha conforto visual, auditivo e outros ao asistir o filme. Tudo é uma interação, logo uma obrigação quanto à qualidade. Bem,,,não vou quase a teatro mas pretendo ver esta peça, que titulo horroroso "Menecma", quem sabe se esta peça vai me fazer perder a predileção por peças com mote de Bertold Brecht? Sabe,,,e gente vive num mundo onde a qualquer momento, nos fazem mudar de idéia, e pelo menos uma única vez?
BOA NOITE RICARDO KOTSCHO E BOA NOITE A TODOS OS LEITORES.... INFELIZMENTE ESTOU MUITO LONGE PARA PODER VER ESSA PEÇA TEATRAL...OTIMA DICA PARA QUELES QUE AMA A ARTE....
Ricardo, Conheço apenas do Braulio o seu trabalho pelos filmes Cidade de Deus, que qualifico como um Èpico quer mostrou uma realidade que realmente existiu naquela comunidade e Tropa de Elite, um marco na nossa cimnema. Pelo nivel dos dois trabalhos, acredito ser esta peça um bom espetaculo. Parabéns pelo seu genro. em tempo: Sogra e Genro andam na mesma estrada!!!
Eu gosto muito do trabalho do Alexandre Padilha e foi através do Tropa que ele mostrou para nós como funcionam as coisas nos bastidores. Tem gente que não gosta do Padilha!
No palco na platéia A vida e um teatro Melhor estar no teatro Fazendo uma coisa ou outra Boa essa peça
De sucesso em sucesso para uns. De fracasso em fracasso para outros. Nenhuma de minhas peças foi encenada. E o roteiro de filme que fiz não deixou de... ser roteiro. Coisas do Brasil.