Perdemos no futebol, como sempre, mas ganhamos medalhas como nunca nas Olimpíadas que terminam neste domingo em Londres.
Com a prata que ganhamos no jogo em que a seleção de Mano Menezes e José Maria Marin entregou o ouro ao México, batemos o nosso recorde, chegando à 17ª medalha. Foi de prata, mas tudo bem.
Mais de 200 países mandaram seus atletas a Londres e muitos não ganharam medalha alguma. Vamos ficar entre os 30 primeiros, uma posição que, se não é nenhuma beleza, também não quer dizer que o Brasil deu vexame de passar vergonha. Tivemos belas vitórias no judô, no vôlei e no boxe.
Durante duas semanas, a cada derrota brasileira, mais uma vez vivemos a síndrome de país vira-lata e, a cada vitória, ganhamos novos heróis.
Nem somos uma terra de vira-latas, nem um país de heróis: as Olimpíadas são apenas um momento em que nos encontramos conosco, com as nossas grandezas e as nossas misérias, dentro dos campos e fora deles.
Claro que a maior frustração veio na final do futebol masculino nesta manhã de sábado, em que tínhamos tudo para ganhar nossa primeira medalha de ouro, depois de pegar adversários fracos ao longo da competição.
Antes do jogo começar, porém, um detalhe me chamou a atenção e acabou explicando o que aconteceu ao longo dos 90 minutos: todos os jogadores do México cantaram bem alto o hino nacional deles, enquanto os meninos da seleção brasileira ficavam em silêncio obsequioso ao ouvir o nosso.
Pode parecer bobagem, mas este foi um sinal de que o México entrou em campo não apenas para competir, mas para ganhar, enquanto o time de Mano nem parecia estar disputando uma medalha de ouro inédita para o Brasil.
Depois de tomar um gol aos 30 segundos, numa bobeira do lateral Rafael, que bem simbolizou o estado de espírito desta seleção, sem se importar com o que estava em jogo, Mano Menezes passou o resto do tempo à beira do campo gesticulando e xingando o juiz. No fim do jogo, ao Rafael repetir a dose de indolência, Jean quase saiu na porrada com o lateral
Como bem reparou Romário, o comentarista da Record que é o que mais entende de futebol na televisão, Mano nem deveria estar lá, mas sim Ney Franco, o técnico que classificou o Brasil para as Olimpíadas.
"Mano é treinador de clube", disse Romário _ e de clubes que disputam a segunda divisão, acrescento eu _ e não tem perfil para comandar a seleção brasileira.
Tudo tem o lado bom e o lado ruim na vida. O lado bom desta derrota por 2 a 1 para o México em Wembley seria Mano pedir o boné, já que dificilmente José Maria Marin, o homem das medalhas que ganhou de bandeja a CBF de Ricardo Teixeira, terá grandeza para renovar todo o comando do futebol brasileiro. Teria que começar por ele mesmo.
Em 2014, teremos a Copa do Mundo no Brasil; dois anos depois, as Olimpíadas serão no Rio de Janeiro _ um bom motivo para a gente construir desde já novos caminhos, sem espírito de vira-lata nem mania de grandeza, mas apenas tratando o esporte com mais respeito.
Falta pouco tempo, senhores cartolas.
"Vamos espantar este espírito de vira-latas"
11 de August de 2012 às 14:28 - Postado por rkotscho
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Caro Kotscho um pais que é a quinta economia do mundo e ficar na trigésima posição, tem algo errado ai (talvez este dinheiro esta sumindo pelos ralos da corrupção, e o governo achando que é o maximo, não faz nada, alias é o maior deles.
Kotscho, que paciência que você tem com cada mala que posta no seu blog. Como esse Alberto, que é daqueles que ficam vociferando no blog do "Tio Rei". Vem com esse velho discurso moralista da UDN e no supermercado lotado estaciona o carro na vaga de idosos ou deficientes. O cara não se informa e vem com essa conversa fiada de que o povo quer saber quanto o governo federal gastou na Olimpíada. O povo quem, cara-pálida? Se esse Alberto não fosse preguiçoso teria obtido a informação, mas como é um sujeito acomodado ... o Brasil investiu quase R$ 2 bilhões neste ciclo olímpico. A verba inclui Bolsa-Atleta, repasses da Lei Piva, patrocínios estatais e recursos diretos do governo federal. Quer mais? Deixa de postar bobagens e vai ser cidadão fiscalizador no portal da transparência (http://www.portaltransparencia.gov.br), em vez de ficar enchendo o saco aqui.
O POVO QUER SABER: QUANTO FOI GASTO PELO BRASIL NA OLIMPÍADA? QUANTO TEM DE SUPERFATURAMENTOS (ATÉ AGORA) NAS OBRAS DA COPA 2014 E NA OLIMPÍADA 2016? TRANSPARÊNCIA JÁ!
Futebol - Depois do fiasco apresentado na Copa América perante ao Paraguai, assistimos a mais um ''mico'' desta feita em Londres onde só o México jogou. Nossa ''seleção'' juntamente com a torcida, só assistiu. Ainda temos de engolir as gracinhas do Sr. Andres Sanches, dizendo que o técnico continua, já está programando o terceiro vexame, agora, na Copa do Mundo que será aqui. Palhaçada.
Chê Garrido, não tenha dúvidas que o Luiz Carlos Velho e o DinSun vão divulgar essas estatísticas, mas só depois que sairem na Veja. Mas vão ter que engolir mais uma vez o desempenho de Cuba. Vida longa ao heróico povo cubano !!!!! Cada medalha de Cuba vale por uma dúzia de norte americanas e o mesmo vale para os atletas de Cuba. Abração, Garrido.
Kotscho Só a fotografia das "meninas", meninas não, das mulheres do volei? Elas não merecem uma postagem exlusiva, através de sua bela escrita? O futebol, ora o futebol, sabemos de antemão que é do jeito que é, nenhuma novidade. Mas as mulheres do volei são incríveis. Elas merecem uma postagem esclusiva.
Medalha, medalha, medalha Ficou difícil entender o que querem certos cronistas esportivos, além de reclamar a qualquer pretexto. Quando pareceu que a delegação brasileira não igualaria seus resultados de Pequim, a soma das medalhas ganhou suma importância. Menos de quinze era um fracasso. Agora que a marca histórica foi superada, esse critério ficou irrelevante. Quer dizer, nem tanto. Os pódios continuam significativos, mas apenas para corroborar a frustração de expectativas. Dezessete é pouco para o investimento. Vigésimo segundo lugar, atrás do Irã e da Jamaica! Mas se alguém responder “Junto com Espanha e na frente de Canadá, Noruega e Índia!”, será chamado de ufanista. Há quem diga que foi, além de pouco, esperado. Mas quem realmente adivinhou qualquer dos resultados obtidos? Na verdade, tanto as conquistas quanto as derrotas foram surpreendentes e contrariaram todas as previsões. E que números separam o “pouco” do “razoável” e este do “bom”? Existe uma verba “justa” por medalha alcançada? Devemos financiar apenas vencedores? E o que caracteriza uma legítima vitória? Se troféus pendurados nos pescoços servem como critério global, não há por que diminuir a evolução do esporte olímpico brasileiro. Mas se queremos analisar o tema a fundo, precisaremos esquecer os pódios e discutir cada modalidade e seus respectivos atletas, a partir de dados objetivos, sem patriotadas, complexos ou rancores partidários. Confio no segundo caminho. http://guilhermescalzilli.blogspot.com.br/
Mas o governo não gastou quase R$ 2 bilhões nos últimos quatro anos? Mais do que a Inglaterra!! De nada adianta isso sem uma política pública e gestores competentes, descompromissados com políticos torpes. O pífio resultado é apenas reflexo da incompetência do Brasil.
Convém sempre lembrar que nas Olimpíadas de Sidney, Austrália, em 2000, com FHC já no governo desde 1994 e com o apagão energético comendo solto, nossa delegação voltou com ZERO medalhas de Ouro. Realmente o tal de Lúcido acertou em cheio; mas no que não viu.
Lúcido Faria, até parece que antes de 2003 o esporte brasileiro ganhava centenas de medalhas por dia nas Olimpíadas. É mesmo. Pensando bem, a corrupção no Brasil começou em 2003, quando um tal de Luiz Inácio assumiu a Presidência da República. Antes o Brasil combinava ótimos índices de desenvolvimento e corrupção ZERO. Houve casos como a privataria tucana, mas que envolveu a bagatela de R 90 bilhões. E o dinheiro sumiu. Antes de 2003, 88 estatais foram privatariadas, sempre a preço de banana. 1.110 empresas privadas foram desnacionalizadas. Houve alguns outros casos, mas insignificantes, como o Sivam, Proer, Marka/FonteCindam, compra de votos p/ a reeleição, a doação do Banespa para os espanhóis, a "venda" da Vale do Rio Doce por US$ 3 bilhões, quando o valor dela chegava a US$ trilhões, racionamento de energia por oito meses. Coisa pouca. Subserviência aos EUnidos? Não!! O chanceler Lafer tirou os sapatos na alfândela usamericana não por subserviência, mas sim porque ele estava com micose nos dois dedões dos pés. Puxa, antes de 2003 eu era feliz e não sabia...
Caro Ricardo, Vou deixar um link, de um artigo lapidar do Pierre Lucena http://acertodecontas.blog.br/esportes/fiasco-olmpico-no-pode-ser-atribudo-a-falta-de-investimentos/ Que me impressionou, pela lucidez, coragem e verdades, ditas, sobre desvios que interferem, e muito, em nosso desempenho esportivo. Resumidamente, o fato do Comitê estar nas mãos do Nuzman, o ministério, no PC do B, e do dinheiro, ser remetido às respectivas federações e confederações, ao invés de implementar políticas para esportistas individuais, nos fazem esbanjar um dinheiro que jamais recuperaremos em resultados.
se considerarmos que somos um pais de 200 milhoes de habitantes donos da sexta economia do mundo, nosso desempenho é vexaminoso; afinal o esporte é um segmento da educaçao, uma de nossas vergonhas; por isso o resultado nao podia ser diferente.
Ainda não tive notícia da demissão de Mano Menezes e Andrés Sanchez... Será possível que nosso futebol ande tão ruim que nem técnico incompetente é demitido? Não se pode perder um dia sequer com essa dupla no comando de nossa Seleção se quisermos, não digo nem vencer, que isso parece cada dia mais distante, mas fazer um papel minimamente digno na Copa de 2014. Rua com esses dois; já!
E antes que os Velhos da vida comecem a fazer estatísticas do tipo "A Jamaica mandou 15 atletas e trouxe mais Ouro que o Brasil" é bom lembrar que, se o parâmetro é a quantidade de medalhas, ainda que concentrada em uma única modalidade, o Chile, o xodózinho do capitalismo latino-americano, conseguiu a proeza de voltar de Londres com ZERO medalhas; nenhumazinha... nem de ouro, nem de prata e nem de... cobre (que ironia... e pensar que a totalidade das medalhas de cobre foram feitas com matéria-prima chilena...). E, como bem diz VH, durma-se com um barulho desses...
Lúcido Faria, a qual mensalão voce se refere ? Ao tucano do ex-governador mineiro Eduardo Azeredo e seu tesoureiro de campanha Marcos Valério, ao mensalão do Dem de Brasília do Arruda, ao mensalão das emendas do Alckmin denunciado pelos tucanos Roque Barbieri e Bruno Covas, ao mensalão do Detran gaúcho da Yeda Crusius, ao mensalao do Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira, ou ao mensalão do PT ? Lúcido, os jornais europeus tambem denunciaram à exaustão a mega maracutaia das privatarias tucanas de José Serra e Daniel Dantas. Porque o otimismo com o mensalão do PT ?
Johnny, concordo em gênero, gráu e número com seu comentário. É um absurdo investir 17 milhões "per capita olimpica" e obter resultados pífios. O dinheiro deveria ser melhor aplicado. O que eu não entendo, Johnny, é como voce pode fazer um comentário equivocado desses, pois essa farra de gastar fortunas com propaganda (sim, pois Pan / Olimpiada / Copa do Mundo é propaganda como qualquer outra) é um dos pilares do neoliberalismo. É exatamente o que sempre fizeram e continuam fazendo os desgovernos demotucanos em São Paulo pra felicidade das famílias Civita, Marinho, Saad, etc . . . Entendeu, Johnny ? É tudo propaganda neoliberal, disfarçada de esporte olimpico ou copa do mundo. E voce, como bom defensor do neoliberalismo, deveria apoiar com entusiasmo quando Dilma e Lula receberem em Brasília os medalhistas olimpicos pra capitalizar mais 5 pontos na avaliação de seu governo, sacramentasr sua reeleição e pavimentar a de Lula em 2018. Chora não, Johnny, voce gosta !!! Tô errado ? Ótimo fim de tarde a todos do Balaio.
Na historia de treinadores, é só reviver todos os anos anteriores e verá que o treinador para copa nunca foi o que começou a preparação. Muricy foi esperto não aceitando. Os primeiros levam só porrada, depois vem o definitivo, não dá mais tempo para trocar, e sempre foi assim. As convocações de jogadores dependem de outros motivos, na qual todos sabem, a grana em primeiro lugar.
Na verdade,se somos "cachorros" - Temos que deixar de sê-los,quer seja grandes ou pequenos,vira latas ou de pedigree!.
Caro Ricardo, aconteceu com Ney Franco o que aconteceu com João Saldanha na Copa de 70, quando o Brasil formou a segunda melhor Seleção de todos os tempos, porque a melhor foi a de 58 e quem não concordar que vá reclamar com o bispo e outros prelados. Saldanha preparou suas feras e classificou o time, mas quem ficou com os louros e até os morenos da vitória foi Zagallo. No caso da Seleção Olímpipoca (é assim mesmo, time de pipoqueiros) deste ano, Mano não teve a mesma sorte de Zagallo, mesmo tendo recebido tudo de bandeja. Ney Franco foi injustiçado. Jamais deveria ter sido trocado. Romário tem razão. Quanto à Copa, o Brasil não tem time. Aliás, ouso dizer que também não tem jogador. Neymar, que um dia promovi a Neyoceano, merece ser rebaixado a Neyrio e até a Neycórrego. O México afogou o Ganso e, de quebra, o Pato. Com essas "aves", é Seleção ou granja? Muricy vem aí. Ou vem aí o sargentão Felipão. Valha-nos Deus, Nossa Senhora!
Kotscho, para espantarmos esse "espírito de vira lata", devemos deixar de nos comportar como tal. O futebol é um dos poucos esportes que não dependem de verbas públicas para sobreviver. Se a seleção brasileira foi um fiasco nessa final, pelo menos não levou um monte de dinheiro público na sua preparação. Foi uma decepção ? Claro que foi. Pior que isso é o atletismo que leva uma "caminhão" de dinheiro público e não ganhou uma medalha sequer. Claro que resta saber quanto do dinheiro destinado aos esportes olímpicos chega efetivamente a preparação dos atletas e quanto desse dinheiro fica no meio do caminho. Nosso problema continua o de sempre: falta de seriedade na condução de qualquer empreendimento que envolva dinheiro público. Futebol virou festa de empresários, de dirigentes corruptos e incompetentes de clubes, federações e CBF. Os esportes olímpicos que dependem de dinheiro público foram sobejamente contemplados (só verificar o volume de R$ que foi destinado a cada Confederação) mas a forma com que esse R$ foi administrado, todos nós já conhecemos. E a farra continua. Vem aí Copa 2014 e Olimpíadas 2016.