Faço parte da geração 68, como ficou conhecida a dos estudantes libertários que viraram o Brasil e o mundo de cabeça para o ar naquele ano do século passado, contestando todas as hierarquias e estruturas de poder, sem ter ideia de onde pretendiam chegar. Sabiam o que não queriam mais, mas não se entendiam sobre o que exatamente sonhavam colocar no lugar.
Pintava de tudo naqueles movimentos estudantis, das barricadas de Paris às grandes passeatas no Rio _ comunistas, trotskistas, anarquistas, hippies do paz e amor, guerrilheiros urbanos, porra-loucas e insatisfeitos em geral.
Tinha acabado de entrar na faculdade, na primeira turma da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, criada um ano antes. Voltei lá esta semana para participar de um debate junto com Heródoto Barbeiro, meu colega no Jornal da Record News, que comemorou na segunda-feira sua milésima edição no ar.
Para mim, foi um verdadeiro choque cultural. Nada mais restava daquele agito permanente em que os alunos ficavam mais fora do que dentro das salas de aula, pintando cartazes e faixas, fazendo discursos inflamados contra o reitor, a polícia, os americanos, a ditadura militar, o diabo a quatro.
Confesso que não tinha na época a menor consciência política e gostava mesmo era da farra, das festas, das paqueras, das intermináveis conversas no Rei das Batidas, um bar que existe até hoje na entrada da Cidade Universitária.
Já trabalhava na época como estagiário do Estadão, o principal jornal brasileiro naquele tempo, onde tinha entrado no mesmo mês em que passei no vestibular. Como viajava muito para fazer reportagens, comecei a frequentar cada vez menos a faculdade, que não consegui terminar até hoje.
Agora, ao entrar na sala, onde os alunos do professor Santoro já nos aguardavam, tive uma sensação estranha. Todos em silêncio, comportadamente sentados, pareciam esperar o início de uma missa. Do lado de fora, nenhum sinal ou som fazia lembrar a escola onde estudei quase meio século atrás. A ECA-USP velha de guerra, um dos principais focos dos confrontos dos anos 60, lembrava a sede de uma repartição pública.
Imaginava encontrar um clima bem diferente após as manifestações do Fla-Flu político dos últimos dias. Nos debates de que participei quando era aluno, os palestrantes passavam o maior sufoco. Eram contestados a todo momento. Desta vez, porém, depois de uma hora de conversa, me dei conta de que só Heródoto e eu falamos, sem ninguém nos interromper para discordar de nada. Até comentei isso para dar uma provocada na turma, que ficou só olhando para a minha cara como se eu fosse um extraterrestre.
Com o entusiasmo de sempre, Heródoto falava das maravilhas das novas tecnologias e eu da minha paixão pela reportagem, relembramos fatos históricos, arriscamos previsões sobre o futuro da profissão. Quando chegou a vez das perguntas, ninguém tocou nas profundas crises que o país está vivendo em todas as áreas. Na verdade, nem eram perguntas, mas apenas comentários sobre teorias da comunicação e mercado de trabalho, algo bem limitado ao que costumam discutir em sala de aula. É como se não estivessem preocupados com o que acontece fora das fronteiras da universidade.
À noite, na TV, quando comentamos nosso encontro na ECA, me dei conta de uma diferença fundamental que aconteceu neste meio tempo: somos de uma geração que dedicou boa parte de suas vidas à luta coletiva, queríamos mudar o país e o mundo, e fomos vitoriosos ao ajudar a derrotar a ditadura e a dar início a um processo de distribuição de renda, que tornou nosso país mais livre e menos injusto.
Hoje, noto um comportamento mais egoísta, em que os jovens estão preocupados com a carreira e a próprio sobrevivência, na base do cada um por si e Deus por todos. Em algum ponto, nós falhamos. Não conseguimos repassar para as novas gerações valores como a solidariedade, a ousadia, o inconformismo, a capacidade de sonhar e mudar o estabelecido para a construção de uma sociedade mais generosa. Desapareceu do mapa uma palavra chamada idealismo (não confundir com ideologia).
Pior do que isso: não fomos capazes de criar novas lideranças nem deixamos herdeiros políticos, tanto que o país continua dividido entre FHC e Lula, trinta anos após a redemocratização do país, nem de manter vivo o espírito que mobilizou os movimentos sociais em torno das lutas pela anistia, pela Constituinte, pelas liberdades públicas. Ou alguém sabe quem são esses "líderes" cevados nas redes sociais que apareceram nas manifestações de março? De onde surgiram, quais são suas histórias, que representatividade têm, quais são seus projetos de país? É um mistério.
Somos ao mesmo tempo vitoriosos e derrotados. Ganhamos nas lutas do passado, mas fomos derrotados na construção do futuro. Por isso, chegamos ao final de um ciclo político, com a falência do chamado presidencialismo de coalizão da Nova República, esta zorra federal instalada em Brasília e tão distante do Brasil real, colocando em xeque o futuro da própria democracia representativa pela qual tanto lutamos.
Nas voltas que a vida dá, nos livramos do jugo dos militares e caimos nas mãos do PMDB dos Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Está na hora de começarmos tudo de novo.
Vida que segue.
"Geração 68, de vitoriosa a derrotada"
27 de March de 2015 às 10:43 - Postado por rkotscho
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Transcrevo "ipsis literis" o editorial de Carta Capital assinado por Mino Carta, dia 30, às 03:40h, a seguir aspeado: ""O PT nasceu da cabeça de Lula, sei disso desde começos de 1978, mas é possível que a ideia fosse mais antiga. Em todo caso, antes da reforma partidária excogitada pelo general Golbery, a viabilizar a ideia-anseio do então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema. O Merlin do Planalto já percebera a presença de Lula como liderança inédita e intrigante. Não foi certamente para satisfazê-lo, contudo, que a reforma foi lançada ao mar no fim de 1979, no quadro do projeto de abertura sob controle para encerrar, ao cabo, a longa temporada ditatorial. A intenção era estilhaçar o MDB que, à sombra de Ulysses Guimarães, se tornara incômodo ao reunir todos os opositores e resistentes. O plano de Golbery deu certo. Do MDB assumido como PMDB, afastaram-se o PP de Tancredo Neves, o PT de Lula, o PDT de Brizola, a quem a ditadura negara o retorno ao PTB, entregue de mão beijada à usurpadora Ivete Vargas. A greve de abril de 1980, a repressão feroz em São Bernardo, a prisão de Lula e seu enquadramento na chamada Lei de Segurança Nacional, representam o impulso decisivo para o surgimento do Partido dos Trabalhadores. Com o PT na liça, ganhou alento a esperança de quantos acreditavam na contribuição que um partido de esquerda daria, na aurora da liberdade, à democracia finalmente conquistada. Sonhei, como exemplo, com o PC italiano de Enrico Berlinguer, inventor do eurocomunismo, livre dos dogmas soviéticos, social-democrático sem mistificações, moralmente impecável. E a respeito sublinho, mais uma vez, que entre os envolvidos na Operação Mãos Limpas não figurava um único, escasso militante do PC. O esquerdismo de Lula não é questionável. Ele sempre soube das vantagens morais e materiais da igualdade. Um pragmático que não desconhece os atalhos da realpolitik. Havia outros, ao nascer o PT, chamados a cuidar de uma definição ideológica mais precisa, mas as características do líder não obstavam o papel que, na minha visão, haveria de ser arcado pelo PT. Pensava, justamente, naquele desempenho na Itália pelo PC, e por um sindicalismo forte e de grandes tradições, capaz de precipitar, através de pressões miradas, um fenômeno que Gramsci chamara de fordismo, inspirado em Henry Ford, o magnata da indústria norte-americana: aumentava o salário dos seus empregados para habilitá-los à compra do carro que eles próprios fabricavam. Intelectuais destacados aderiram ao novo partido, nem todos honraram a participação. A começar pelo sociólogo Francisco Weffort, convocado para o posto de secretário do partido e aparentemente destinado a selecionar e aprimorar as ideias orientadoras dos caminhos a seguir. Admiro várias figuras da esquerda brasileira, mas não confiei e não confio em muitos que nas últimas décadas se disseram esquerdistas. Carecem de credibilidade porque são transparentes neles a falta de crença autêntica, da sinceridade dos destemidos, quando não o modismo tolo, e o oportunismo. A hipocrisia. Não me refiro a Fernando Henrique, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira e tantos outros eméritos, patéticos ex-esquerdistas, hoje tucanos, aludo a quem me enganou por algum tempo. Há de se temer, e muito, aquele que sai da esquerda para descambar à direita. Está é, a meu ver, uma regra básica do relacionamento com o semelhante. Melhor o caminho inverso, e louve-se, acima de tudo, a coerência. Não foi própria do comportamento de Weffort: de secretário e ideólogo do PT a ministro de FHC. Ou de uma pletora de jovens, inflamados trotskistas hoje adeptos, sem rebuços, do fascismo, inclusive nas páginas dos jornalões. E até de inúmeros petistas, a começar pelos imponentes José Dirceu e Antonio Palocci, ou pelo nem tão imponente Luiz Eduardo Greenhalgh. E a prosseguir pelos Delúbio ou pelos Vaccari, pelos Duque e pelos aloprados. Lamentável enredo de um partido que por 22 anos viveu dignamente, como exemplar único na história política brasileira, e, alcançado o poder, porta-se como todos os demais, clubes voltados aos interesses pessoais dos seus líderes. Quem sonhou com um partido revolucionário e anticapitalista apostou errado, está claro. No meu canto, pensei apenas no partido de Lula, amigo faz 38 anos, e que me satisfazia plenamente. Pois é, pragmático, de sorte a ficar na bissetriz das circunstâncias. Atingido o poder, o ensaio do desastre deu-se quase de imediato. Explícita, a incapacidade de recorrer à imaginação para sair por tangentes renovadoras. Nada sobrou, além da imitação das experiências tradicionais, do poder pelo poder. Sem contar a postura provinciana, recalcada, pequeno burguesa que impregna a sociedade brasileira, os mais ricos inclusive, a proporem um tema que encantaria Balzac. E, a bem da compreensão do reparo, não me refiro àquele que “acertou na pinta” ao recomendar “mulher só depois dos trinta”. Nem por isso, Lula deixou de realizar o melhor governo de todos os tempos. Mesmo aos primeiros sinais da crise, falar em marola não foi descabido. A rebordosa veio depois e pegou Dilma, que não sabe surfar. Nem sei se as atuais lideranças petistas se dão conta da responsabilidade que, inexoravelmente, recaem sobre elas e as tornam, aos olhos da turba, responsáveis por todos os pecados do país imaturo, medieval, vincado por um desequilíbrio social insuportável, dominado por uma elite tão predadora quanto incompetente. O desfecho desta crise avassaladora que vivemos não se oferece à previsão fácil. Nas condições atuais, nenhuma das imagináveis parece descortinar um futuro promissor. Nunca me filiei ao PT. Em tempos já remotos, Jacó Bittar e seu lugar-tenente certa noite dormiram na minha casa, começos dos anos 80. Jacó passou umas horas extenuantes pós-jantar para me convencer a entrar no partido. Argumentei: “como jornalista não devo”, embora admitisse minhas esperanças. Hoje feneceram, como a flor murcha desta página"".
Posso dizer, para seu alento, que o cenário que você encontrou na ECA não é uma situação generalizada nas universidades. Meu palpite, aliás, é que você esteja usando instrumentos de avaliação inadequados para o momento atual. Sou professora de Jornalismo e ainda vejo o inconformismo como marca da juventude, embora os modos de apropriação do espaço público e a participação política se deem por outras vias. Cada geração usa as armas de que dispõem, o que não significa um enfraquecimento da luta. Quanto à representatividade, não é preciso dizer que há um completo descolamento entre as formas contemporâneas de representação política e o ideal desta geração.O grande líder, capaz de mobilizar e dar cara a uma reivindicação, faz parte da juventude de 68. É preciso usar instrumentos de análise que deem conta da mudança, ou seja, avaliar a força política da juventude de 2015 em seus próprios termos, não nos de 68.
A levarmos em consideração a edição de número 843 da Carta Capital - a única revista que ainda se consegue ler neste país -, há quase nada a esperar e os analistas chegam à mesma conclusão de Kotscho. Como não sou especialista em coisa alguma, e cada vez mais sinto-me medíocre, sem me dar conta de compreender a que ponto chegamos, li e reli os intelectuais e analistas convidados por Carta Capital para desvelar o estado da situação do governo, da coalizão adotada pelo PT, dos rumos tentados para o país. Os mini-ensaios recebem o título: "O enterro de uma esperança - Erros e descaminhos do PT". Os textos analíticos são assinados por Alfredo Bosi, Carlos Lessa, Fábio Konder Comparato, Mino Carta e Rodrigo Martins. Não há, obviamente, da parte de Carta Capital, nenhum interesse em fazer o mesmo diagnóstico com os demais partidos, especialmente o partido da ave bicuda. Até porque o tucanato nunca teve nada a propor ao país, exceto uma "repressão fiscal eterna", conforme a expressão de Pedro Malan. Os intelectuais procuram por algumas ideias que deveriam estar no lugar, mas se encontram fora dele.
O discurso da corrupção é mais velho do que eu (58) e do que o Ricardo (sessenta e alguns). Utilizado descaradamente pela direita como se fosse causa (em vez de efeito), novidade (em vez de algo muito antigo), e exclusividade brasileira (quando existente em todos os confins planetários), é um samba desgastado, de uma nota só - mas ainda dá resultado. O grau de hipocrisia com que é brandido (dá até vontade de omitir o "r") por óbvios beneficiários seus é inversamente proporcional à omissão com que é tratada a sonegação fiscal, crime de dimensão quantitativa inúmeras vezes maior do que a corrupção, sendo o produto deste, quando alcançando as classes dominantes, necessariamente dispersado pelo mecanismo evadidor dos tributos. Dizendo de outra maneira, a corrupção é uma espécie de subconjunto da sonegação. O tratamento diferenciado dispensado pelas mídias aos dois crimes tem tudo a ver com o caráter de classe evidenciado nas manifestações e eleições brasileiras recentes. O Ricardo, ótimo jornalista - padece de um compreensível saudosismo atávico. Para ele, as grandes mídias, nalgum dia do passado já defenderam a democracia substantivamente (e não superficial e oportunisticamente, como entendo). Assim como busca entender a razão do comportamento "egoísta" e "omisso" das novas gerações estudantis, em seu artigo representadas pelos alunos da ECA, a partir da diferença sintomática de comportamentos (geração 68 x geração atual), mais ou menos heroicos ou mais ou menos coletivistas. Com todo o respeito que nutro pelo jornalista, não posso deixar de mencionar a dificuldade que tem para ver o que percebo como (quase) óbvio núcleo do problema, a que ele até alude, "de raspão": i-de-o-lo-gi-a. Ideologia na veia, no ar, nas águas (inclusive nas que faltam chegar pelos bandeirantes tubos da SABESP). E claro, nos jornais e nas TVS. E nos portais, também. E na escola, sim. Na escola. Colhe-se agora o que é diuturnamente plantado pelo reino tristemente encantado do capital: a liberdade, como calça azul, velha e desbotada pela liberdade como essencialmente liberdade de "de ir e vir". Ambas falsas, incompletas, rasteiras. E no entanto, tão primas, tão próximas, tão ideológicas. Cadê a igualdade de direitos na democracia de fachada do capital? Está na propaganda e está nas constituições magnas. Impraticável. Está na ideologia. A direita não à toa invadiu este espaço.
Sr Gilvan,isso tudo ele já sabe.O kotscho sabe,todos aqui que se jogam confetes também já conhecem a realidade(diferente de verdade).O problema é a pessoa permitir-se frustrar-se.Já já essa novela acaba,inclusive com o perigo de um regime militar por aí,que ninguém deseja,mas se acontecer pode mandar a fatura,novamente,prá esquerda irresponsável que não sabe identificar o limite das coisas.
Poxa vida, agora nenhum ocupante do governo pode falar nada que o Congresso já quer explicações. O ministro Levy falou o que todos já sabemos...falou para os estudantes de economia, de Chicago, disse o ministro...“Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil... Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno”. Se traduzirmos do "econominês" para o português significa: "A presidente Dilma até tem intenção de acertar, mas não consegue por não ter competência. Mas ela tem boas intenções...' Muitos brasileiros dirão que ele tem razão, para outros tantos dirão.."De boas intenções, o inferno está cheio"! Mas na minha opinião pessoal, ele se complicou quando disse que ela tem desejo "genuino". Numa boa, quem estuda fora de cuba e Venezuela, e principalmente quem faz economia, se ouvir esse nome se apavora! (rs) Faltam 14 dias para o povo pedir nas ruas, entre outras coisas, "mais competência e menos intenções"
Mestre balaieiro, o governo e o PT, em matéria de comunicação, deveriam aprender com a foto que ilustra esse post, o quanto é importante o foco. Basta alguns ajustes, no lugar de "Abaixo a Ditadura", "Reforma Política" e mais uma faixa apenas: "A Globo Mente".
Resposta ao gesiel - 27 de março de 2015 - 19:34 Caro geisel, sei que muitos fecham os olhos para a realidade, seja por conivência ou conveniência. Engana-se quem acha que os estudantes de hoje estejam aliados a UNE, que virou um braço político do PT. Engana-se também que a maioria do povo vai engolir esse mantra do PT, que a corrupção foi sempre deste tamanho ou maior, e que agora (mesmo depois de 12 anos sem nada fazer), esteja sendo "investigada e punida". Engraçado perceber, que de um lado a Dilma e o PT discursa em pró das investigações, tomando pra si um mérito que não tem, de que o Governo seja o agente protagonista das investigações. Sabemos que não é, longe disso. Aliás, D. Dilma e o PT, escondeu que a Petrobrás estivesse infestada por "cupins vermelhos" até 26 de outubro, data do segundo turno, culminando até com a internação mal contada do doleiro cagueta na véspera da eleição. Mais de 50 milhões de brasileiros, já não tinham engolido esse discurso chulo. Hoje vocês petistas pregam, que não importa como se chegou a maioria de votos que deu a "vitória" da Dilma-PT, mesmo que essa pequena maioria tenha sido conquistada por duas razões nada elogiosas. A primeira, por uma propaganda mentirosa, que enganou até muitos petistas, que tudo estava mil maravilhas, e quem contestava que o caminho estava errado era chamado de "pessimildo". Propaganda mentirosa esta, fomentada com dinheiro sujo, principalmente de petróleo roubado da Petrobrás, ou seja, roubado de empresa pública, dinheiro do povo, como já denunciado pelos delatores do esquema; Barusco, Yussef, Paulo Costa e tantos outros empresários. Segundo, por manipular aqueles que seus avós já diziam, que quanto menos inteligentes mais fáceis de serem manipulados, ou seja, aqueles que por 12 anos, vem sendo alimentados com as migalhas do governo, para se manterem dependentes cada vez mais. Importante saber, que aqueles que você chama de "revolta dos ignorantes", são os que não mais aceitam as bravatas do PT. São cidadãos brasileiros, por constatação e/ou até ironia, são os que mais têm acesso as informações, que ainda bem, temos uma imprensa livre, que vocês de tando odiar, chamam de golpistas. Aliás, se o governo e o PT fosse de fato a favor do combate a corrupção, a VEJA, Estadão, Folha de São Paulo e até a Globo, seriam amados, e não odiados. Para finalizar, que é balela petista, de que são combativos a corrupção, nunca vi um só petista defendendo o juiz Sérgio Moro, e o grupo de guerreiros promotores do Ministério Público, bem como a Policia Federal, que tem batido na porta dos mais diversos delinquentes alimentadores e alimentados do esquema deste governo, que nada mais é o protagonista da corrupção generalizada, implantada como método de Estado, para delapidar as instituições públicas, para retirar o sustento no poder, comprando apoio no congresso, nas empresas, e com a sobra comprando as mentes dos menos favorecidos. Esperemos enfim, que a "revolta dos ignorantes", que ignoram NÃO o saber mas sim, ignoram a falácia petista, possa fomentar o maior detentor do poder de fato, que é o POVO, em pró de estagnar a sangria causada por esse desgoverno petista. Não fomos derrotados em 2014. Iremos PRAS RUAS, demonstrar isso, que vale lembrar, faltam apenas 15 DIAS para mais uma nova demonstração. Se serão necessárias a terceira..a quarta.. ou a décima quinta? Só o futuro vai dizer...
Kotscho, a Folha acaba de revelar que Levy chamou Dilma de "ineficaz" num evento privado e o áudio vazou. E aí, quem sai, Dilma ou Levy? Ou ambos? Depois de uma dessa, é evidente que ela tem que demiti-lo, o que acelera a própria saída dela.
"Teu estado mental é similar ao do co-piloto alemao" (Joaquim Tobias - 28/03/15 - 17:01) //// Sr Totó, não tenho a menor intenção de derrubar aviões, pular de predios, saltar de viadutos, pontes, etc...,mas caso mude ideia, optarei pelo suicídio solitário e discreto. Abração, Sr Totó !!! //// Helena Sto André, em nenhum momento o comentário do Netho defende Dirceu ou Genoino. Apenas cita matéria de terceiros que aparentemente tambem não os defende, apenas discorre sobre ódio nas redes sociais. Não percebeu que o Netho nunca disse, diz ou dirá uma palavra sobre a campanha sórdida que o PIG empreende contra Dirceu e Genoino ? Quando foi que o Netho defendeu o governo Dilma ou mencionou as denuncias de corrupção nos governos Alckmin ou Aécio ? Quando foi que o Netho condenou a Veja, Folha, Globo, etc... pelas campanhas contra o PT e a favor dos verdadeiros corruptos (mega-empresários de diversos ramos) que depauperam esse país riquissimo há séculos ? E pra que não fique dúvidas, Helena, peça a opinião do Netho sobre a condenação de Dirceu e Genoino e sobre o papel de Joaquim Barbosa no episódio. Já o desafiei várias vezes, mas ele foge do debate como o diabo foge da cruz. Tô mentindo, Nethão ???!!!
Se os projetos dos organizadores da passeata do último dia 15 são um mistério e ela teve tanto sucesso, é uma prova do completo fracasso de tudo isso que está aí nos desgovernando.
Caro democrata Kotscho, a nossa derrota só não foi fragorosa porque ainda resta uma boa parcela de pessoas, cidadãos que ainda se interessam por suas vidas, pelo seu bem estar e que são agradecidos pelas conquistas sociais que graças ao Lula e a Dilma conseguiram, senão.......seria como aqueles 7x1 humilhantes que a Alemanha impôs ao escretinho do Felipão. Realmente nós somos uma imagem pouco melhor que aquele escretinho e quase estamos empatando e isto, graças às passeatas do dia 13 e 15 próximos passados embora alguns órgãos oficiais disseram que dia 15 tivemos milhares e não dezenas de mil
"O problema das revoluções, Sr Kotscho, é que, sem revolucionários não é possível fazê-las e com revolucionários não é possível governar" (Luiz Carlos , o velho - 28 de março de 2015 - 04:40). /// Ou seja, segundo a lógica estapafurdia do Velho, na impossibilidade de fazermos a revolução sem revolucionários e diante da recusa da nobreza em rebelar-se contra si mesma, devemos fazer a Revolução Francesa (Russa, Cubana, etc..), mas uma vez vitoriosa, devemos guilhotinar os revolucionários e devolver o poder a nobreza (aos Czares e ao Fulgêncio Batista), pois os lideres do povo não servem pra liderá-lo !!!! A maioria deve sujeitar-se ao comando, aos caprichos e privilégios da minoria e ponto final !!! Palmas para o Velho pândego e aplausos para o Netho, que é mais do mesmo com embalagem (dourada) mais sofisticada e mais "culta", pois se o Velho peca pela estupidez escancarada, flagrante, escandalosa e deprimente que o ridiculariza, o Netho peca pelo "blá blá blá" malicioso, insosso e dissimulado que avassala as mentes coxinhas, a ponto de julgarem-no Petralha disfarçado (vejam comentário do Gilvanildo Costa no post anterior), num verdadeiro "Samba do Coxinha Doido". Então, permitam-me aplaudir um comentarista que, já ha algum tempo, vem fazendo a diferença no Balaio: Gesiel, meus parabens !!! Voce contribuiu de forma brilhante e decisiva para vencermos o hercúleo desafio de suprirmos a ausência do Enio Barroso Filho neste "recesso" que, felizmente, terminou, pois o genial Balaieiro brindou-nos com mais um de seus estupendos comentários. Se o Velho decreta, "abaixo a vida (o povo) !!!" e Kotscho sugere, "vida que segue !!!", Enio convida: "vida que sonhamos !!!" Sonhemos juntos, companheiros, até o ultimo suspiro do derradeiro Homem. Terá valido a pena, tenho certeza !!! Vivam, Trabalhadores do Brasil !!! Viva, nossa presidente Dilma Rousseff !!! Viva o Povo Brasileiro !!! ///// Meu abraço caloroso, fraterno e cordial ao Gesiel, Enio, Everaldo e demais participantes, sem excessão, do Balaio.
Começar tudo de novo? Acorde meu prezado Ricardo. Estou com mais de 72 anos completos e jamais tive esse pesadelo de começar de novo. Ricardo, essa meninada da geração atual não sabe nem o que foi a Ditadura Militar de 1964. Não sabem o que foi o movimento das Diretas-já. Não acreditam que a presidente Dilma tenha sido fichada com terrorista. Não sabem que José Dirceu e José Serra foram terroristas e tiveram de se exilarem do Brasil para não serem capturados e mortos pela Ditadura Militar. Ignoram a história recente. Naquela época não existia MST e assemelhados. Não sabem o que foi o DOI/CODI. Talvez não saibam nem quem descobriu o Brasil... Começar de novo? Dá licença meu prezado Ricardo. Vou fisgar meus caraminguás e continuar me divertindo com essa canalha que está sendo descoberta pela nossa Polícia Federal e pelo nossa PGR, que cumprem rigorosamente o papel que lhes cabem na constituição. Desculpe-me contraria-lo meu prezado Ricardo. Nossa (minha e tua) geração foi vitoriosa. Estamos com nossas instituições funcionando dentro de uma democracia que só tem futuro, aquele mesmo futuro que almejamos no passado. Essa geração de hoje é apenas e tão somente uma geração de passagem entre uma e outra. Não viveremos para constatarmos isso, porém é nisso que eu acredito.
Um dos que encarnaram a geração - sobretudo de luta contra a ditadura - sem dúvida foi José Dirceu. O que ele fez ou deixou de fazer, o STF reprovou e condenou, como um ponto fora da curva, segundo Luis Roberto Barroso, o constitucionalista da Corte. A contar por Dirceu, considerado o "general" do partido, principal responsável pela articulação que permitiu Lula chegar ao poder em 2003, aquela geração teria sido mesmo derrotada? Não tenho como julgar e não sou competente para julgar ninguém; muito menos...uma geração. Quando muito, a mim, com base na régua elementar tradicional do honrar pai e mãe. Contudo, o "post" do Kotscho, que se tornou um jornalista referencial, convida à reflexão. Se o olhar penetrante de Kotscho alcançou aquelas camadas subterrâneas da vida social nacional, e seu juízo for acertado, certamente os valores percebidos com clareza por ele, não mais fazem parte do léxico da geração X, Y e Z, à qual poderíamos denominar de "pós-internet". E falando em internet, os ventos de abril sopram ares carregados. Tão carregados que assustam. Não pelas manifestações das ruas, até agora contidas nas margens da urbanidade civilizada. No entanto, com a internação de Dirceu, acometido de um pico de pressão que poderia resultar em AVC, o que se viu pela web é espantoso. Até onde vamos chegar? As postagens exortando a morte e a tortura de Dirceu são exemplares do estágio de desumanização crescente. Carta Capital registra em texto de Lino Bochinni, a seguinte exortação sobre o estado de saúde de Dirceu: “Não mata não, só deixa ele vegetativo, cagando na cama”. Segundo o texto, a postagem teria recebido apoio de mil pessoas em uma hora. Se o clima odiento seguir o seu leito natural a vida política democrática no Brasil, talvez o que de melhor reproduza o sonho daquela geração dos 60, encontra-se gravemente ameaçada.Fico imaginando ao final de 24 horas, com a notícia de Dirceu internado chegando a milhões de pessoas, o que falta para saltarmos mil anos de retorno à idade das trevas. Há certos cuidados que agora exigem muita atenção. Não se pode descartar, com a maré montante do ódio, que cheguemos à violência política assassina. Determinadas pessoas públicas não deveriam mais se expor, sem redobrados cuidados com a vida. Os próprios prisioneiros em regime aberto e semi-aberto, sobretudo Genoíno e Dirceu, também correm risco de morte. A geração de 68 foi derrotada? Não sei dizer, mas não há dúvida de que não tenho como discordar de Bocchini, de que a sociedade brasileira adoeceu; e adoeceu gravemente. O mês de abril que vem por aí, não confirme a piora da doença, nem de Dirceu e, muito menos, da sociedade.
À época de Ruy Barbosa (1849/1923), por volta de 1914, talvez no auge de sua trajetória, o nosso intrépido e inolvidável “Águia de Haia”, nos legou a seguinte pérola: " De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.", conforme"Requerimento de informações sobre o caso do Satélite". Discurso no Senado (17/12/1914), Rui Barbosa, 1849/1923. Pérola essa, que, por si só, face à sua origem, nos dá conta dos alicerces podres sobre os quais assentou-se o modelo de república que aí está, até os nossos dias, arquitetada , proclamada e tocada, há 125 anos, em regime de parceria e revezamento entre o gollpis$mo-ditatorial, o partidari$mo-eleitoral e seu$ tentáculo$, velhaco$, que nos libertaram da opressão e da condição de súditos, impostas pelo Império, é bem verdade, mas que, por conseguinte, nos tornaram seus reféns durante todo esse período, sem nos permitir sequer conhecermos outra forma de nos governarmos. Mas Ruy Barbosa não parou por aí, neste ramo, pelo contrário, seu espírito aguçado conseguiu enxergar a floresta inteira, e legou à posteridade pérolas e mais pérolas com as quais, desde que queiramos todos, ainda é possível pavimentarmos o caminho para o futuro, sem "Saudade da justiça imparcial, exata, precisa. Que estava ao lado da direita, da esquerda, centro ou fundos. Porque o que faz a justiça é o “ser justo”. Tão simples e tão banal. Tão puro. Saudade da justiça pura, imaculada. Aquela que não olha a quem nem o rabo de ninguém. A que não olha o bolso também. Que tanto faz quem dá mais, pode mais, fala mais. Saudade da justiça capaz. (...), até porque "A injustiça, por ínfima que seja a criatura vitimada, revolta-me, transmuda-me, incendeia-me, roubando-me a tranqüilidade da mente, do coração e a estima pela vida." Ademais, “ A justiça, cega para um dos dois lados, já não é Justiça. Cumpre que enxergue por igual à direita e à esquerda." O centro, a situação, a oposição, o golpe, o passado, o presente, o futuro, o início, o meio e o fim, inclusive porque "A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições."( Obras completas, Volume 19, Parte 3 , Ruy Barbosa - Ministério da Educação e Saúde, 1942). Por outro lado, se entendermos que empreiteiras, empreiteiros e empreitadas devem ser mantidas vivas, fortes e operantes apenas porque geram empregos, não obstante metidas até o pescoço na criminalidade estatal ou paraestatal, então, por questão até de bom senso, seria o caso de liberar geral: narcotráfico, bicho, contrabando, jogos e o “escambau”, todo mundo na rua, livre, leve e solto (exceto os assassinos e os estupradores, contumazes), e administrar apenas o Deus nos acuda social. Diante da bifurcação, ou encruzilhada, histórica, a pergunta da ora a ser feita é que país queremos ser quando crescermos: 171, como nosso grande "irmão" do norte que a tudo e a todos domina e manipula, e que consegue vender ao mundo, diariamente, avalanches de papéis pintados à preço de ouro, tornando todos dependentes do dito cujo , ou queremos ser o marco de uma nova era civilizatória, um novo exemplo de civilização a espelhar um mundo melhor e mais civilizados para todos, aproveitando a rara oportunidade que Deus, talvez por ser brasileiro, ou por nos olhar com bons olhos apesar de tudo, está nos ofertando de transformarmos os pomares de limões azedos que aí estão numa grande limonada boa para todos ? Eis as questões, digo, a bifurcação. O Sonho não acabou, a Esperança não morreu, o tempo urge e o Leão ruge. Irmãos, é preciso coragem. Todos à bordo, simbora à Travessia, e seja o que Deus quiser.
O problema das revoluções, Sr Kotscho, é que, sem revolucionários não é possível fazê-las e com revolucionários não é possível governar. 1968 foi a prova viva desta premissa. O que resultou tudo aquilo? Resultou no A .I.5 na noite de 13 de dezembro de 1968. O A I 5, violento, como é sabido, acabou com os revolucionários e deu início a um processo de governo do qual o país entrou num ciclo virtuoso de crescimento econômico na média de 12% ao ano, um recorde na história mundial e que duraria até 1974 quando deu-se uma parada brusca diante do súbito aumento do Petróleo, que passou de 2 dólares em dezembro de 73 e chegou a 12 dólares no mês seguinte. Daí em diante, o que se viu foi a bancarrota, a inflação e a chegada ao poder dos ''democratas'' e, com eles ,os vícios indignos do pouco caso com as coisas públicas o que nos levou a um processo doloroso do descalabro na economia e na hiperinflação dos anos 80 cujas consequências dispensa comentários. Foi o que vi o que vivi e o que estou vivendo. Infelizmente! Lembrando sempre e repetidamente. Entre 1965 e 1969. na cidade de Lorena, onde vivi à época, não se registrou nenhum crime violento e a delegacia da cidade estava às moscas por falta de inquilinos. Hoje ,Sr.Kotscho, das 50 cidades mais violentas do mundo, 21 estão no nosso querido e mal amado Brasil. E os revolucionários de 68, que ainda vivem, são todos burguesões milionários.
O coxinha é antes de tudo uma unidade à vitrine. Pois é, Mestre balaieiro, com esse post, feito um anti-Chacrinha e por vias transversas, acabaste escancarando e explicando ao distinto público frequentador do Balaio, o que vem a ser na essência o coxinha, e nada mais significativo que seja no estado de São Paulo, na cidade de São Paulo e na Universidade de São Paulo, pois é onde encontra-se hoje, o maior criatório de coxinhas em estufas, do Brasil, e, não sendo um deles, não precisa de muito esforço para saber por que.
Ah, meu filho! Já que você é uns dez anos mais sábio que eu, e muito mais alemão, uma perguntinha. I beg your pardon? What? O Santa Cruz é o melhor colégio pago do Brasil? And? Não existe o Rio, Minas, aqueles outros estados todos? Oh, Duco Non Ducor? Desculpa, viu?
Calheiros e Cunhas, tudo a ver com o estado de espírito dos vencedores. Dirceu preso e internado com uma isquemia aproximada de um AVC. Genoíno que saiu do Araguaia para a Papuda. Como disse Celso de Alencar Furtado, pouco antes de falecer uma década atrás, nós "nunca estivemos tão longe do país com o qual um dia sonhamos". Entre seus clássicos livros, dos quais Formação Econômica do Brasil é o "clássico de nascença", Furtado também redigiu um livro que nos leva meditar com profunda melancolia: "A fantasia desfeita". Não estamos deixando para os nossos netos um país melhor do que recebemos. Os números estão aí. Mas isso não é obra de Dilma, somente. O PT, quando ajoelhou beijando a cruz do FMI, com sua Carta aos Brasileiros - que bem poderia ser traduzida, mais fiel e verdadeiramente, como sendo a Carta aos Banqueiros -, também coonestou a política econômica construída por Malan, feita de juros altos, câmbio valorizado e "repressão fiscal eterna", para usar a expressão do próprio Malan, nos seus colóquios mais reservados entre os senhores da finança internacional. Vitoriosa ou derrotada, não faz muita diferença. O país tem vivido de surtos espasmódicos, erráticos, com os ganhos acelerados em um pique de meia dúzia de anos, contrariados por recuos e redução de direitos e garantias. A vida é assim, diria o velho do Restelo. Mas que é triste ver o aparente e suposto fim daqueles que tentavam fazer um país livre, soberano e democrático desde o Congresso de Ibiúna, quando jovens, sonhávamos e dispúnhamos de energia para quaisquer sacrifícios por nossos irmãos brasileiros que sequer conhecíamos.....sem dúvida o é. Infelizmente, os próximos três anos de Dilma, na sua fase leviana, vão puxar para baixo a média de crescimento do PIB da Era PT, igualando-a à média da octaetéride tucana (2,7%). Os oito anos de Lula ficaram em 4,3%. Se não houver uma recuperação razoável em 2017 e 2018, os dezesseis anos consagrados à hegemonia petista poderão resultar em uma média inferior àquela que até bem pouco tempo havia sido batizada de "Era Maldita". Uma expressão cunhada pelo falecido deputado do PC do B, Sérgio Miranda, mais tarde expulso do partido porque votou contra a reforma da previdência patrocinada por Lula; a mesma que levou ao surgimento do PSOL formado pelos ex-parlamentares que votaram para manter a orientação histórica do partido, contrariados face à orientação mercantilista da política econômica dirigida por Antonio Palocci, o ministro que quebrou o sigilo fiscal e bancário do caseiro Francenildo e tornou-se um milionário consultor. Como diria Machado, no seu Soneto de Natal "mudaria o Natal ou mudei eu....".