Depois do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, passar o dia reunido com chefes do Ministério Público de 10 países em Brasília, fontes da PGR informaram que a quebra de sigilo dos 77 delatores da Odebrecht não deve incluir casos de corrupção investigados no exterior.
Tudo bem, problema deles, mas o que todo mundo se pergunta neste momento é outra coisa: e a quebra das delações aqui, dr. Janot, vão ficar para quando?
Pelo jeito, isso não vai acontecer tão cedo porque o procurador-geral e todo seu estafe estão novamente reunidos nesta sexta-feira com seus colegas estrangeiros para estabelecer como será feito o compartilhamento de provas e delações dos executivos da Odebrecht.
E na semana que vem temos Carnaval.
Nos últimos dias, o procurador-geral esteve reunido várias vezes com representantes dos três poderes e circularam informações de que a quebra de sigilo dos 800 depoimentos feitos pelos executivos da Odebrecht deverá ser feita de forma parcial, mas não se sabe quais serão os critérios.
Parece certo que agora não haverá uma nova "Lista do Janot", como aconteceu em 2015, quando foi divulgada de uma vez só a lista dos políticos envolvidos e investigados pela Lava Jato. Até hoje, nenhum deles foi levado a julgamento no STF.
É um segredo de carochinha. Em dezembro, depois do acordo de leniência assinado pela empreiteira com procuradores brasileiros, americanos e suíços, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos já havia divulgado informações sobre os depoimentos dos delatores.
Aqui no Brasil, até agora, só vazou um deles, que não foi confirmado nem desmentido, envolvendo toda a final flor da política nacional, de alto a baixo.
Enquanto o dr. Janot faz suspense, passando seu tempo em reuniões com autoridades nacionais e estrangeiras, o mundo político e econômico continua girando em falso à espera da "delação do fim do mundo", que já foi homologada pelo STF.
Até quando o país aguenta esta indefinição?
"E as delações, dr. Janot, vão ficar para quando?"
17 de February de 2017 às 11:56 - Postado por rkotscho
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Kotscho, libera o Gesiel.
O suspense de Janot. Há muitos noivos neste país. Brasília vive as histórias da Carochinha. O dominante estuprou dona baratinha que tem fita da cabeça e dinheiro na caixinha. Brasília é a baratinha, pode escolher o terno e a gravata. Este é o suspense de Janot. São muitas histórias, Carochinha é uma só. Delações provam o estupro, revelam os noivos e a caixinha vazia. Casar com dona baratinha? Janot descobriu mais de um conto da carochinha em cada delação. O conto do noivo: degusta, leva tudo e foge na hora do enlace. Dona baratinha volta à janela. Novas juras de amor, estupram sua caixinha e levam tudo... até a fita do cabelo. Leniência, reuniões, delações homologadas, STF, Congresso, Planalto, o mundo gira em falso. Janot mantém o suspense! Quem quer casar com dona baratinha que tem fita na cabeça e dinheiro na caixinha? Os noivos cometeram outros crimes, impicharam à vontade. Brasília sempre na janela à espera do político casadoiro... honesto. Da janela do Planalto, vê uma procissão de coisa e gente: milhares delatados sem julgamento, o hacker atrevido, os mesmos autores da Carochinha, títulos em todos os Tribunais, os paneleiros deslumbrados, a violência social... procissão de coisa, gente e crimes..... tudo delatadinho e homologadinho. Janot mantém o suspense. Dona baratinha ficou sem a fita, sem a caixinha. Se Janot quebrar o suspense, é nessa fita gordinha da baratinha, que esses criminosos se enforcarão. Mas o noivo impichador é poderoso e Brasília das Carochinhas brasileiras quebrará o suspense! Com, ou sem suspense de Janot, haverá só um julgamento e condenação: dona Baratinha é a única culpada! Brasília foi condenada a não usar mais fita na cabeça. A caixinha continuará aberta, enquanto o povo não aprender a votar.
Janot, inaugura a mais original jabuticaba: convite a mais de onze procuradores estrangeiros para debaterem a destruição da Odebrecht, incômoda a concorrente por quase duas décadas. Estranhamente, nenhuma presença do representante dos EUA, onde a dita empreiteira tem grandes obras em dois estados,Califórnia e Florida.Tampouco, foram colocados sob suspeita, seus respectivos governadores. Tentem imaginar essa cena, se passando na Alemanha, França, Japão,Suíça ou nos EUA. . .
Quem segura o queixo está inseguro, em xeque-mate, seu plano foi descoberto, não tem solução, procurou-a até o fim do mundo. Passa o tempo em encontros com autoridades do exterior. Está a caráter, é mesmo e tão somente um PGR-procurador geral de reuniões. E as delações "dotô"? Quer conhecer o nome do sucessor? O senhor parece estar em recreio contemplativo e de indisfarçável displicência. O Brasil está de olho. Não manche sua história. A nenhum sábio é dado o direito de dormir em cima do microscópio. Mesmo que esteja garimpando uma solução no fim do mundo. Delação é delação. Tem que ser pra ontem. Os seguidores do Rkotscho não se conformam em debruçar na amplidão desses dias de espera. Vai, Doutor Janot, o senhor não é procurador geral de reuniões, ainda tens a confiança do brasileiro que o fez titular da Procuradoria Geral da República.
Sexta-feira, 17, vinte anos da morte de Darcy Ribeiro. Apreensivo pela demora em divulgarem a "delação do fim do mundo", questiona Mestre: "Até quando o país aguenta esta indefinição?" Respondo: Até muito pra lá de carnavais e bota muito nesses, pois desde muito aguenta coisa pior, o mal maior, que "a falta que ele nos faz", há vinte anos, ajuda-nos esquecer da causa maior de todas as nossas mazelas. Janeiro de 1980, de férias da Paulicéia desvairada, resfolegando em rede na varanda do apartamento emprestado por amiga, na Tijuca, após cumprir o dever matinal de salgar o corpo no Leblon, degustava o prazer de ler o Caderno B, quando deparo com a nota, "Debate com Darcy Ribeiro e Alfredo Sirkis, hoje no Villa-Lobos, após Rasga Coração". Pulei da rede sem mover um musculo, se é que me entendem (diria o Edson), e só acalmei sentado, quase sem respirar, absorvendo, há menos de vinte metros, Raul Cortez rasgar o coração vivo de Vianninha morto, à espera de Darcy, Sirkis e quem mais viesse nos falar, findo o dilacerante coração rasgado, batendo. "(...) Mas o mal maior que a classe dominante causa ao país, não é o de apropriar-se de recursos públicos em causa própria, pois ainda sobram recursos suficientes a serem empregados para fazer-se um Brasil melhor para todos, mas aí, a INCOMPETÊNCIA no emprego desses recursos, aliada a INAPETÊNCIA em construir um país, fal(h)am mais alto...", ditos por Darcy no debate, ainda martelavam-me à cabeça quando desci do ônibus na Tijuca e, lamentavelmente, martelam-na até hoje. Pode ainda isso, Mestre? Qual o problema dos "meia-besteiras", que possibilitam a anacrônica sobrevida predadora dessa gente? Falta de visão política congênita ou masoquismo existencial?
Nova pesquisa, agora do Instituto Paraná, reconfirma a liderança incontestável de Lula, diretamente relacionado ao forte recall do final do seu segundo mandato. Lula – 23,3%, Marina Silva – 13,7%, Jair Bolsonaro – 11,9%, Joaquim Barbosa – 11,3%, João Doria – 9,1%, Ciro Gomes – 5,6%, Michel Temer – 4,3%, Ronaldo Caiado – 1,6%, Não sabe – 4,7%, Nenhum – 14,4%. Bolsonaro é o fator mais surpreendente, porque reaparece em pesquisa de Instituto distinto, na mesma posição de empate técnico no segundo turno. Os tucanos devem bater cabeça entre si, por conta de João Dória que parece ser o mais bicudo do ninho.
Janot dá asas à imaginação de que ele, também, baila ao insinuante tom da valsa crepuscular da Lava Jato, pelo menos no que diz respeito à "fina flor' da política. Pode até ser que, para valorizar o final do seu mandato, aguarde o mês de março para quebrar o sigilo ao mesmo tempo em que faz o seu canto do cisne. Porém, há algo que não nos deveria passar ao largo: uma nova lista tríplice vem aí do MP, sem Janot, que não poderia ser reconduzido a um terceiro mandato. O silêncio das delações poderia fazer parte de uma grande negociação, em torno do próximo PGR, a ser ungido pelo 'MT' para ser sabatinado na taba do 'Índio'. Uma curiosidade: ninguém na mídia grande, sequer mencionou a pesquisa CNTMDA, que coloca Lula e Bolsonaro, em primeiro e segundo lugares, respectivamente, no cenário da sondagem espontânea, realizada faz uma semana. Nos cenários estimulados, Bolsonaro empata tecnicamente com Aécio e Marina como adversários de Lula no segundo turno. Não resta dúvida de que há uma formidável articulação para garantir que o 'MT' prossiga, incólume, com as repressões fiscal, trabalhista e previdenciária. O quadro macroeconômico permanece em frangalhos. Na mídia grande, também, ninguém dá um pio sobre os erros monumentais da previsão de que o PIB daria sinais de vida no último trimestre do ano passado. Ao contrário, o PIB de 2016 caiu mais do que o PIB de 2015. Há também um movimento orquestrado na mídia grande para não falar em 'depressão econômica'; apenas em 'recessão continuada', em processo de 'lenta' recuperação em 2017. Não é real, nem a recuperação, nem que seja lenta; a economia está inerte. Tanto que a 'equipe dos sonhos' da área econômica lança mão de ferramentas rudimentares, como raspar o tacho do FGTS para que a ninguenzada pelo menos paque suas contas de luz. Na fila de desempregados há mais de um ano e dos novos desempregados, as pessoas, sequer dispõem de alguns trocados para fazer cópia dos documentos, nem recursos para correrem atrás das entrevistas. O PT de Dilma tem um único consolo: livraram-se de uma situação muito pior, caso tivessem permanecido até o fim do mandato. Agora, pelo menos, as pesquisas capturam um forte 'recall' de Lula (não de Dilma, que na mesma pesquisa consegue a façanha de ficar abaixo do 'MT'). Sem dúvida, Lula, a preço de hoje, de acordo com a CNT/MDA, seria reconduzido à presidência, mercê da ainda fresca memória do seu último ano de mandato, em 2010, quando a economia cresceu 7,4%, em ritmo chinês. Correm inúmeros boatos de que Lula será condenado até junho deste ano, concomitantemente ao lançamento do filme 'Polícia Federal', onde Ari Fontoura interpreta Lula conduzido coercitivamente por PFs, para depor debaixo de vara. O 'timming' do lançamento do filme reforça a tese de que a AP 470 e a Lava Jato cumpririam um único 'roteiro', fundamentado ou não nas realidades fática e penal: eliminar Lula do tabuleiro eleitoral e reduzir o PT a pó de traque. A conferir, os próximos passos da mídia grande, do MP, de Curitiba e do STF.
Doutor Janot tem que fazer de tudo para sustentar o "governo de transição!.ii