Por trás das moitas plantadas na entrada do Palácio do Jaburu para garantir a privacidade dos visitantes, no vai e vem das autoridades entrando e saindo o dia inteiro, o Brasil tenta descobrir qual será seu destino.
Todo fim de semana assistimos às mesmas cenas na dança do poder em transe. Reuniões, almoços e jantares multiplicam-se nos palácios em Brasília.
E toda segunda-feira os analistas de plantão anunciam mais uma "semana decisiva" para o governo. O pior é que nunca nada é decisivo, e a agonia se prolonga.
Desde a troca da guarda no Palácio do Planalto, há mais de um ano, vivemos em permanente suspense sobre o que pode acontecer no dia de amanhã.
Quem ainda aguenta isso?
Esta semana, por exemplo, começa com o governo fazendo contas sobre quantos votos tem na Câmara para impedir a aceitação da denúncia da Procuradoria Geral da República.
Nos cálculos apresentados por ministros e líderes aliados em cinco horas de reunião na noite de domingo, os números variam entre 30 e 41 votos na Comissão de Constituição e Justiça.
Como o governo precisa de, no mínimo, 34 votos, os partidos da base aliada estão dispostos a trocar quantos deputados forem necessários na CCJ para assegurar a maioria com segurança.
Já é dado como certo que o parecer do relator Sergio Zveiter, previsto para ser apresentado na comissão nesta segunda-feira, será a favor da abertura da ação penal no STF por crime de corrupção passiva.
Mas até o relatório ser votado no colegiado e chegar ao plenário há um longo caminho pela frente.
Nos debates que começam na quarta-feira, terá direito de discursar por 15 minutos cada um dos 132 deputados integrantes titulares e suplentes da CCJ, mais 40 não membros (20 a favor e 20 contra a denúncia), além dos líderes partidários, que somam outros 30.
Como ali ninguém respeita muito as regras estabelecidas, a maratona não tem dia para acabar.
O governo tem pressa para acabar logo com isso e levar a votação ao plenário, para evitar a chegada de novas denúncias de Rodrigo Janot e o vazamento das delações de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, que já estão no forno, e podem agravar a crise.
Rodrigo Maia, o presidente da Câmara já mordido pela mosca azul, de olho na cadeira de Michel Temer, age em sentido contrário, não quer acelerar nada.
Daqui a uma semana, a Câmara entra em recesso, segundo o calendário oficial.
Se as férias não forem suspensas, a decisão ficará para agosto, como quer Maia, aumentando o desgaste e os riscos do governo.
Vida que segue.
"Vem aí outra “semana decisiva”: quem aguenta isso?"
10 de July de 2017 às 09:46 - Postado por rkotscho
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O golpe parlamentar tem uma base de sustentação sólida, do Centrão, PMDB, PSDB, DEM, PSD,etc, etc.Isso dará uma base a Temer. Temer pode até cair por interesses dos deputados dar alguma satisfação a opinião pública, transformando Temer em um bode expiatório, com uma possível futura prisão e talvez uma delação premiada, como isso poderia implicar um setor dos deputados que promoveu o impeachment, acho isso pouco provável, o que ocorreu com Dilma valeu para derruba-la por um deslise fiscal, e com Temer não valerá nem com os milhões de Rocha Loures (Aécio que o diga, sua cassação já foi arquivada). De qualquer forma o Ministro super "blindado" Meireles (ex Bank Boston e J&S) já afirmou que a equipe econômica continua, ou seja o governo continua, numa analogia ao futebol, o time continua o mesmo, estamos agora apenas discutindo se o técnico cai ou não, fará diferença, mas não muita...Por isso a sociedade dá as costas, vai que as coisas pioram, então é melhor estudar o fenômeno antes de agir.
Tudo cartas marcadas. O relator Zveiter deu continuidade, sabendo que tudo está acertado para ser barrado na Câmara.
Agosto é mes de GOLPE.
De semana em semana perdida, já se vão lá quase duas décadas nesta loucura. Quando do mensalão, o LULA sangrou por muito tempo e o pais parou. Só não perdeu o cargo, porque o PSDB não quis sujar as mãos para dar o tiro de misericórdia, num classico erro de estratégia, achando que ele sangraria até morrer. Não deu outra: a jararaca reviveu, governou e de lambuja elegeu o seu poste preferido, a despeito do proprio PT que não acreditava nela. Veio a Dilma, surfou no primeiro mandato o rescaldo do governo LULA e ai precisou enganar toda a nação para se reeleger, levando consigo aquele que mais tarde herdou seu lugar. Foram 6 meses de expectativa e o restante de inicio da descida da ladeira, cujo precipicio está muito proximo. Daqui a 15 dias podemos ter um Botafogo no poder, ungido por um grupo que está metido até o pescoço nas multiplas falcatruas de todos os governos, incluise o do PT. Não vai dar outra... é acabar de sentar no trono, lá vem as bombas de Funaro e Cunha, que vai sangrá-lo até morrer politicamente nas mãos da justiça. E o que nos espera? Lula, com 5 processos no lombo e uma condenação prestes a sair? Bolsonaro, o maluco da vez? Marina Silva, que está na idade da pedra? o Maluco e falastrão Ciro Gomes? Triste sina este nosso Brasil de meu Deus...
"Propaganda enganosa", Mestre, à luz da realidade tentativas vãs dos golpistas que sucedem-se para salvar a arcaica lavoura patrimonialista, irrigada à desigualdade, ameaçada pela não entrega do prometido, dado o exagero no estrago da economia para acirrar a crise política, artificialmente construída em paralelo a econômica, visando com a lava jato, Dilma eleita, não deixarem-na governar, para remove-la do poder, junto com o PT, esse inclusive do cenário político. A dura realidade para esses é que jamais conseguirão estabilizar o país com temer, maia e quem mais vier. Não se joga 54 milhões de votos e a democracia na lata de lixo da esbórnia mercadológica, impunemente e sem consequências. Não se pode deixar de registrar que faz rir e muito, os que no Balaio vagueiam cada dia mais "sem pai e mãe", por não compreenderem o que de fato se passa, pela simples razão de recusarem se informar, preferindo o auto convencimento replicante. Enquanto isso, ondas de realidade chegam à praia global, está certo que no cantinho, como essa a informar que "a famosa conta suíça com US$ 150 milhões em propinas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente deposta Dilma Rousseff nunca existiu; conforme os novos depoimentos do empresário Joesley Batista à Polícia Federal; em que afirmou que apenas transferia doações eleitorais para o PT a partir daquela conta, que também foi usada para pagar despesas pessoais dele próprio, Joesley; com a repatriação aprovada após o golpe, os recursos foram legalizados e pertencem ao empresário – não a Lula ou Dilma". E vamos que vamos, quem se informa, como Irene ri, quem pensa-se informado, como hiena...
Qual a razão de tanta diferença entre 'nuestros hermanos' do outro lado da Bacia do Rio da Prata, quando o assunto são os 'anos de chumbo'? Acho que o país, estimado Kotscho, tem aguentado tudo, porque historicamente sempre aguentou tudo, tornando-se a pátria mais identificada com o conformismo, a mesmice e, portanto, o nada. Vale dizer, no Brasil, o 'novo normal' não é novidade, porque somos inventivos quando se trata de renovar as 'vanguardas do atraso'. Senão vejamos: o MDB de Covas e Montoro, que se despregou do PMDB de Quércia, calcado no ideário da 'social-democracia' à brasileira. Deu no que deu: seu ícone, o príncipe dos sociólogos, caiu de boca no neoliberalismo tupiniquim. O PT que brotou do 'novo sindicalismo' - forjado nas lutas contra o arrocho salarial dos anos 70 - acabou se tornando, por intermédio da 'Carta aos Brasileiros', o 'novo PT', a exemplo do 'New Labour' liderado por Tony Blair, igualmente rendido ao 'mainstream' ditado pelo capital financeiro e à oligarquia bancária privada nacional. Nem para enquadrar os facínoras da ditadura (lembro-me bem de Ulysses em 5 de outubro de 1988 quando o 'velho, nunca velhaco' disse que "a Constituição é Rubens Paiva! Não os facínoras que o mataram"), o 'novo PSDB' e o 'novo PT' prestaram-se. A guerrilheira Estela do coração valente que vira 'presidenta' e amarela ao formar a Comissão da Verdade e recuar na investigação dos 'facínoras' que mataram Rubens Paiva e seus 'companheiros de armas'. Assim sendo, e exatamente por isso, a sina do 'aguenta isso, tudo, e mais um pouco' segue a sua marcha; desde sempre. Usualmente, no caso brasileiro, um filósofo romano da política e da moral, de forma recorrente, surge-me à mente: Sêneca. Sua frase clássica; "amanhã será pior". Mas o que mesmo tudo isso tem a ver com a comparação que sugeri ao início do comentário, relativamente aos 'hermanos'? Vale a leitura da matéria de hoje do El País, cujo título reproduzo a seguir, entre aspas: "Não em meu nome: filhos de torturadores repudiam os pais na Argentina. Familiares de repressores se reúnem em grupos que rejeitam os crimes e exigem cumprimento de pena". Nunca vimos, jamais, nenhum 'filhote da ditadura' (como diria o engenheiro Leonel), manifestar-se a respeito dos crimes praticados por seus pais, exceto para invocar que a 'Lei da Anistia' é inatacável, seja irretocável e imexível até o final dos tempos.
Mesmo se o chefão populista da esquerda for condenado, por estelionato, muito chamado de crime ao patrimônio, porque até agora ainda não conseguiram arrumar provas de outros crimes cometidos por ele ficará dependurado. Dificilmente o Joesley faria uma delação de alguém com 300 milhões no banco, sem ter nenhuma prova concreta. Delação sem provas não tem nenhum valor jurídico. E nesta briga toda pelo cargo máximo, o medão do PSDB é que a presidência caia na mão dum aventureiro da esquerda, e aconteça o que tem acontecido recentemente. Antes deste desembarque tucano, é bem provável que todas as reformas (03) sejam aprovadas. Esse Sergio Zveiter representa os Marinhos, basta ver só o seu grau de parentesco. Mesmo assim, creio que o Temer deve terminar o seu mandato. Pra infelicidade dos pestistas.
O ``mercado`` quer porque quer aprovar as reformas de qualquer jeito, não seria uma temeridade do mercado, Maia, Meirelles e Cia esperar até agosto para pôr a mão na massa? Qual seria o plano ``C``, caso o provável futuro ``Chefe de Estado`` Rodrigo Maia não corresponda às expectativas? Desta forma todos os dias e horas no campo do caos político estão sedimentados na imprevisibilidade total. Considerando as delações já no forno de Cunha e Funaro, o caos talvez esteja mesmo é institucionalizado, já que eleições diretas que poderiam harmonizar o país contrariam as forças que o conduziram a esta bagunça... há ainda muita água suja para rolar debaixo desta ``pinguela``. Quem tiver bola de cristal que se atreva a tentar prever o futuro...
Se tivesse feito correto -Impedimento da chapa Dilma x Temer,ao invés de impedir apenas a presidente Dilma!.A eleição majoritária á presidência foi uma Fraude.Deveria portanto,ingressar imediatamente(após constatação), na Justiça Federal.O Brasil continua padecendo também por este motivo.
A gente, qualquer um prevê que, a partir de algum tempo, tipo dois meses a soma de noticias ruins >na economia, > no efeito dos cortes segmentados, na area social, educacional, de segurança... > da má repercussão internacional > da grita social > de perdas de um grupo ainda sobrevimente á custa de outro > da propria FALTA algo minimamente bom para divulgar nas radios > da comparaçao entre a frivolidade dos que tem e a angustia dos roubados TuDO isso vai criar uma maré montante de horrores publicos e publicados que alguma coisa, ou alguem - NAO É POSSIVEL - vai roubar a cena. Nem arrisco dizer se é para o bem o mal.