Como qualquer cidadão normal, o governador Geraldo Alckmin esperou pacientemente na fila pela sua vez de embarcar em Congonhas no voo de São Paulo para Brasília, na manhã desta terça-feira.
É uma cena rara entre altas autoridades e quem a divulgou foi o próprio site oficial do governador, com uma legenda na qual escreveu que estava embarcando para cumprir "importantes compromissos em prol da agropecuária paulista".
Um detalhe me chamou a atenção na foto: nenhum passageiro cercou Alckmin para tirar "selfie" ou pedir autógrafos como acontece com os candidatos em campanha.
Para um candidato declarado a presidente da República, no entanto, a legenda é mais constrangedora ao informar que iria cuidar de interesses da "agropecuária paulista".
Uma das críticas que se fazem a esta segunda tentativa presidencial de Alckmin é o fato de ele ser um político muito regional, marcadamente paulista, sem inserção em outras regiões, imagem que ele agora quer mudar com suas viagens pelo país.
A foto e a legenda parecem até coisa de adversários interessados na disputa pela candidatura tucana.
Menos de 24 horas após o tucano-mór Fernando Henrique Cardoso pregar a união e propor um armistício num encontro com o governador e João Doria na segunda-feira, em evento promovido pela Lide, a empresa do prefeito, a guerra entre os dois recomeçou, agora nos céus do Brasil.
Craque no marketing político que faz das redes sociais seu principal campo de batalha, Doria percebeu logo a intenção de Alckmin para se contrapor ao prefeito, que só viaja em jatinho particular.
Pouco depois, num evento com executivos em São Paulo, o prefeito retrucou com uma bicada este gesto de humildade do governador, o padrinho que virou concorrente na corrida presidencial.
"Eu me tornei um empresário de sucesso trabalhando. Devolvo meu salário para o terceiro setor, o carro que está aí fora é meu, as viagens quem paga sou eu, o helicóptero que uso é meu, eu uso meu avião. Eu não preciso de dinheiro público para essas coisas".
Lembrou-me uma célebre frase de Tasso Jereissati, o presidente interino do PSDB, que apóia Alckmin, quando foi criticado tempos atrás por viajar em seu avião particular: "Viajo no meu jatinho porque posso".
Geraldo Alckmin resolveu radicalizar em sua nova campanha. Além de viajar em aviões de carreira, anunciou que fará de carro a travessia de Santarém, no Pará, até Cuiabá, no Mato Grosso, uma viagem de 1.775 quilômetros.
Pretende também fazer ainda este ano a rota "Matopiba", uma viagem pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, mas evita comparações com as caravanas do ex-presidente Lula, "que considera ultrapassadas, por incluírem discurso e claque", segundo informa a Coluna do Estadão.
Nem só de almoços, jantares e jatinhos para conquistar aliados é feita a campanha tucana. Alckmin quer por o pé na estrada e viajar em aviões de carreira para se diferenciar na disputa interna.
No PSDB, 2018 já chegou.
"Tucanos se bicam: Alckmin pega fila, Doria pega jatinho"
13 de September de 2017 às 10:41 - Postado por rkotscho
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A renovação da demagogia populista ganha "upgrade" com o gestor paulistano. O prefeito que abriu leilão entre tucanos e "demistas" sonharia com estudantes usando camisas Polo Ralph Lauren como fardas escolares. A conferir!
Apesar de tudo o Brasil Fênix vai renascendo. General Motors e MAN anunciam contratação de mil trabalhadores (fonte R7). Apesar daqueles que torcem contra o ambiente econômico vai decolando. Vida que segue
Prezado Kotscho: Se prefeito declara que "Eu me tornei um empresário de sucesso trabalhando. Devolvo meu salário para o terceiro setor, o carro que está aí fora é meu, as viagens quem paga sou eu, o helicóptero que uso é meu, eu uso meu avião. Eu não preciso de dinheiro público para essas coisas", qual seria o idealismo que move o tucano na prefeitura e numa possível presidência da república?
Do El País, hoje: "O deputado federal Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército e pré-candidato à Presidência da República, encarnando esse ideário de “valores” da ditadura, vem contabilizando um impressionante crescimento de intenção de voto. Conforme pesquisa do instituto DataPoder360, realizada nos dias 9 e 10 de julho, Bolsonaro já conta com 21% das intenções de voto, contra 26% do pré-candidato petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nostalgia por um regime de forças, algo impensável há algum tempo, vem se tornando raciocínio bastante comum nos mais diversos meios sociais. Bolsonaro ocupou recentemente o microfone da Câmara dos Deputados para criticar o seriado da TV Globo, “Os dias eram assim”, cujo enredo passa-se nos anos 1970, chamando-o de “farsa” e “mentira”. Ele só faltou pedir a suspensão do programa, em nome da “verdade” e da “pátria”, passo, no entanto, dado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), seção do Rio Grande do Sul, que conseguiu fechar a mostra “Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira”, que estava em exposição no Santander Cultural, em Porto Alegre, em nome da moral e dos bons costumes". Por essas e outras, o "Capitão Nascimento" vai perfilando sua "Tropa de elite", que vem nadando de braçada nas raias do centro à direita. Não vai sobrar espaço a direita envergonhada, isto é, os endinheirados atucanados dos Jardins.
A ambição pessoal disfarça-se de várias formas, desde criador e criatura conflitarem seus mais silenciosos desejos, em desarmonia do próprio partido, como também em dissimulados gestos próprios de políticos profissionais, conforme demonstram esses dois senhores. O Brasil precisa não só de um congresso, como também um estadista de verdade, em que ambos tenham comprometimento com o povo, de resto sobram a insanidade e a tristeza a esta triste republica...
Por essas e outras pantomimas praticando o alpinismo político-eleitoral, que demonstra o quanto o tucanato encontra-se dividido por brigas intestinas, além de rachado pela conexão com o Cartel do 'MT', é que a candidatura do ex-capitão vem ganhando ritmo e musculatura suficientes para ocupar o campo à direita e ainda romper a fronteira dos indiferentes, desalentados, indecisos e descontentes. O PSDB, se continuar com dois tucanos em revoada simultânea e paralela, quiça fique sem poleiro, até mesmo no primeiro turno.
Vale 1 mala de dinheiro para quem fotografar Alckmim abracado pelo POVO.
O nobre repórter Ricardo e bem informado dos "causos" do PSDB, mas saberia nos informar de quem era o jatinho que lula viajou a Curitiba no seu último depoimento ao juiz Moro?
Tenho dito, que o Alkimin é um dos poucos políticos tradicionais que restou, depois desses terremotos todos. Até pela experiência em governança de São Paulo, o maior PIB do Brasil. Torço muito, que os não idiotizados petistas e os não abobalhados Bolsonaristas, possam abraçar a campanha do Alkimin, cujo já tentaram de tudo para jogá-lo na mesma lama de muitos, e não conseguiram e não irão conseguir. Parabéns pela prova de humildade Governador. Pena que ele tem sido muitas vezes rejeitado por ser tipo "político boa gente demais", e por isso é visto por muitos como defeito. Aqui mesmo no Balaio não faltam seguidores da seita petista que tentam desqualificar o Geraldo Alckmin, que é sem dúvida, o mais capacitado político brasileiro do nosso tempo atual, para pleitear a presidência da República. Avante Governador Geraldo Alckmin...
Pé na estrada, em avião de carreira? Ele que ponha a bunda no jegue, nos busões escolares sem bancos, pneus e freios; nos caminhões que derrubam nossas florestas e nos paus de arara que despejam nossos irmãos nordestinos no sul/sudeste do país. ................................... Tá na fila? Nada mais falso. Ele que se perfile à porta das farmácias ao lado dos professores aposentados de São Paulo, quase todos morrendo de fome, sem dinheiro pra remédio e há 4 anos SEM UM CENTAVO de reajuste em seus proventos. ................................ À bordo e turbinado pra defender o MCA-Movimento com agro? Típico do PSDB, que habitualmente governa pouco para a classe C e quase nunca par as classes D e E .................................. Não viajou de carro para defender empresários da agro no interior paulista? Fujão e medroso. Cada pedágio que ele criou é um tapa na cara do governo que quebrou São Paulo....................................... Foto e legenda não se casam? Pudera, o PSDB não sabe ler o divórcio consolidado entre o povo e Alkmin. A ausência de selfies sacramenta o desespero do abandonado na fila. É só o começo............................ O apadrinhado diz é meu, é meu, é meu! Doria esquece a voz do povo: o voto é meu! Fará mais sucesso que o rei da jovem guarda!
A demagogia ré o mantra dos velhos e novos (que não são tão novos) de sempre. Fazer o que?