Adeus, amigos.
Chegou a hora da despedida do Balaio do Kotscho aqui no R7, que publicou meu blog desde 2011.
Foram quase seis anos e meio de convívio quase diário, de domingo a domingo (neste último, escrevi sobre o grande Rolando Boldrin, o "Sr. Brasil", não deixem de ver), numa conversa franca sobre as andanças da política e da vida.
Agradeço a todos vocês, editores, colegas e amigos do suporte técnico, que me ajudaram a cuidar deste espaço, pela boa vontade que tiveram comigo, e a todos os internautas pela participação e audiência.
Vou dar uma descansada, que estou precisando, e depois do intervalo a gente volta.
Tudo tem seu tempo certo.
Até qualquer dia, em algum outro endereço.
Vida que segue.
Em tempo: estou deixando também o Jornal da Record News do meu amigo Heródoto Barbeiro, que continua lá, às nove da noite, de segunda a sexta.
"A despedida do Balaio do Kotscho"
2 de October de 2017 às 18:26 - Postado por rkotscho
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Ficarei saudoso e esperando quem sabe, a volta do Balaio. Abraços.
Torcendo mestre para você ir para uma mídia com representatividade, quem sabe a Globo, a Bandeirantes, a Folha ou o Estadão. Estou torcendo.
Despedida? Que pena! O Balaio nos faz garimpeiros do verbo! Livro, mestre dos mestres. Em qualquer lugar, o amigo pra toda hora, bálsamo da vida, faz o coração pulsar, ilumina o horizonte, revelando-nos o futuro. Livro... à espera dos garimpeiros do verbo. O Blog não fica atrás. O leitor, sábio por excelência, bebe dessa fonte universal de imaginação. O Balaio faz o chamamento à leitura da história do povo brasileiro. A interação do leitor consolida essa apaixonante cumplicidade. Balaio faz muita falta, educa. O leitor é exigente e garimpar é preciso!
Já antecipando o seu brevíssimo retorno, desde logo sugiro uma pauta preventiva para um cenário de alto risco, porém não improvável. Diz respeito à visível manifestação de vontade de uma fração da sociedade (que não me parece pouco significativa, nem desprezível), para uma "intervenção constitucional" vinculada à caserna. Isto porque, não se pode mais descartar o movimento ascendente continuado do ex-capitão paraquedista com disposição autoritária confessa. Nesse sentido, vale recorrer à interpretação da legislação vigente disponível para o uso da força verde-oliva, a partir do que se lê e vê, diariamente: a insatisfação das Forças Armadas. A ponto de o próprio PT subir à tribuna do Senado para soprar as patentes. A hipótese, que não se deve desprezar, diz respeito à convocação constitucional da Forças Armadas, sob a presidência do ex-capitão das Agulhas Negras, de acordo com o inciso 2º do artigo 15 da Lei Complementar nº 97, de 1999: “a atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. Note-se: uma eventual “intervenção militar constitucional”, neste caso, dar-se-ia com a absoluta observância de diretrizes estipuladas por quem?! Pelo Presidente eleito diretamente em 2018. O texto expressa ainda que essa eventual intervenção é excepcional, ou seja, apenas pode ser aplicada após o esgotamento de todos os instrumentos convencionais que se destinam exatamente à preservação da ordem pública. Lembro-me que, mesmo com o Comício da Central do Brasil, não se falava em "golpe" militar, mas havia rumorejo na caserna. Assim sendo, se o ex-capitão paraquedista tornar-se o comandante-em-chefe constitucional das forças verde-oliva, a intervenção militar constitucional fica mais próxima e provável no caso do mal estar social e da crise político-institucional perdurarem no seu agravamento. Quando a República de Weimar viu sua classe política desmilinguir pela crise econômica e social, a "manu militari" abriu caminho ao autoritarismo e ao totalitarismo que terminou na maior tragédia conhecida da história mundial, com a "solução final".
Vai, mas volte! De preferencia em site próprio.
Saudades. Volte já.
Assinado por Rene Ruschel, a entrevista do nonagenário demonstra como a consciência da necessidade faz a audácia da esperança.(https://www.cartacapital.com.br/revista/972/aos-90-anos-jairo-graminho-e-simbolo-da-luta-pela-moradia). Kotscho faria uma bela reportagem se desse um passeio pela Vila Formosa do idoso lutador social. Há uma baita torcida pela nova plataforma. Os geraldinos das arquibancadas, aguardamos a reestreia do camisa 10 do Balaio! Volta logo, Kotscho!
Saudades e ao mesmo tempo ansiedade pelo regresso em breve. Eu te saúdo Mestre Kotscho....
Bora, Kotscho! Retorne, rápido. Não dá para descansar, porque há uma boiada na linha. Vale a pena registrar, já que Obama resolveu dar as caras por aqui com o apoio da Vênus Platinada, uma passagem do seu livro. Diz muito a respeito de duas frases - que guardo como sinal de alerta desde a minha adolescência -, herdadas do eu pai: "os fins são os meios" (do clássico Padre Vieira) e "quem lida com picareta, torna-se picareta" (ditado caipira). Vejamos o pensamento de Obama e observemos como se aplica como uma luva aos comportamentos vistos à saciedade no domínio da política nativa, conforme a passagem extraída do livro "The Audacity of Hope", que Obama publicou em 2006, antes, portanto de sua chegada à Casa Branca: "Cada vez mais, encontrei-me a passar tempo com as pessoas “de bens” — grandes escritórios de advocacia e bancos de investimento, gestores de fundos de hedge e capitalistas de risco. Em geral, eles eram gente inteligente e interessante, bem informados sobre políticas públicas, liberais na sua política, esperando nada mais de que ouvisse suas opiniões em troca de seus cheques. Mas eles refletiam, quase uniformemente, as perspectivas de sua classe: o 1% do topo da escala de renda que pode assinar um cheque de $2.000 para um candidato a político. Eles acreditavam no mercado livre e uma meritocracia educacional; acham difícil imaginar que haja qualquer mal social que não possa ser curado por uma alta pontuação no SAT [exame geral de fim de ensino médio]. Eles não tinham paciência com protecionismo, acham que sindicatos são problemáticos e não são particularmente simpáticos para aqueles cujas vidas foram derrubadas pelos movimentos do capital global. Eu sei que me tornei mais parecido com os doadores ricos que conheci, em consequência da minha arrecadação de fundos". A política parece ter a sua própria ética, sob o domínio da plutocracia. Alhures e aqui!
Mestre Ricardo Kotscho. Vou sentir falta do Balaio. Passo aqui três a quatro vezes por dia para ver se tem comentários novos. Leio o seu artigo e leio todos os melhores comentários. Nos avise quando estiver em outra emissora. Minha mulher e minhas filhas não perdem o programa Papo de mãe na TV Cultura. A minha filha Sandra além dela assistir, ela é enfermeira especializada em pediatria. Trabalha no Instituto da Criança no hospital das clinicas, ela recomenda as mães assistir o programa que é muito bom. Boa sorte em nova empreitada. Que Deus prepare outra grande empresa para publicar o Balaio.
Acho que você vai ter de voltar mais rápido do que gostaria, Kotscho; sem ter o necessário tempo para o merecido repouso. É que hoje, exatamente no dia em que a Carta Cidadã foi promulgada em 5 de outubro, faz 29 anos, com a proclamação de Ulysses ( "A Constituição é Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram. Temos ódio e nojo da ditadura"), o General de Brigada, com as mais altas condecorações do Exército e elevadíssimas qualificações, conforme se depreende do seu currículo, publicou no Estadão o mais claro libelo acusatório e a mais grave comunicação de que a caserna está em uma "quase prontidão", em pé de intervir de bridão e espora, à base do: "Fiat Justitia, Ruat Cuelum". Não é um general de brigada que não saiba exatamente onde e quando usar as palavras. Basta ver o currículo do militar para ver que o texto de sua lavra não foi gestado de supetão nem por arroubo voluntarista. Senão vejamos: "O General-de-brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva (Exército Brasileiro R1) possui Doutorado em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares na Escola de Comando e Estado–Maior do Exército (ECEME), Mestrado em Aplicações Militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Pós Graduação Lato Sensu em Política, Estratégia e Alta Administração Militar – Especialização, com ênfase em Estratégia, na ECEME e Pós-Graduação Lato Sensu MBA Executivo do Exército Brasileiro – Especialização, na FGV – RJ – 2000. Foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Atuou como Observador Militar das Nações Unidas em El Salvador e Comandou o 5º Batalhão de Infantaria Leve (Regimento Itororó) em Lorena – SP. Como oficial-general foi Chefe da Assessoria Especial do Gabinete do Comandante do Exército, encarregada de implantar o Programa Excelência Gerencial do Exército, comandou a Escola de Comando e Estado-Maior e foi Secretário-Geral do Exército. Recebeu diversas condecorações nacionais e estrangeiras em 38 anos de serviço ativo. É pesquisador pela Fundação Marechal Trompowski, realizando trabalhos no Centro de Estudos Estratégicos do Exército". Volta logo, Kotscho! Os que vamos lê-lo o saúdam! A Você e ao seu indispensável retorno. Ave, Kotscho!.
É muito triste o fim desse espaço. Aqui eram publicadas as idéias de todas as ideologias. Ricardo Kotscho nunca boicotou ninguém. As discussões sempre foram acaloradas e sadias, levando a reflexões, pois nem sempre nossa verdade é a verdadeira verdade. Amigo Kotscho, volte logo, pois precisamos de sua inteligência.
Volte o mais breve possível, o senhor é um dos maiores analistas políticos de nosso país, o balaio do Kotcho é eterno...
E agora ? Como ficar sem o unico blog que era minha leitura indispensavel, diária e cativa ? Só espero que você, caro Kotscho,explique a seus leitores e admiradores a razão desta medida radical. É seu direito, claro, mas lembre-se de Saint Exupéry, da responsabilidade perante aqueles que cativamos... Muito obrigado pela sua presença, honestidade, lucidez e caráter. Você nos fará muita falta. Volte ! Grande abraço.
[...] seu último texto para o blog Balaio do Kotscho, hospedado pelo R7 desde 2011, Ricardo Kotscho escreve uma curta despedida. O jornalista explica [...]
Cheguei agorinha. Pedágios da "vida que segue". E como os há! Tem muita coisa boa na Record, não há como negar. O Balaio é o prazer da leitura, o prazer da interação, a gente vai gostando cada vez mais da Record. E agora, o prazer da esperança e leitura do day after. Tudo mudou, não se pega mais o jornal impresso para saber o que aconteceu ontem e emprestar o jornal ao vizinho, pedindo a revista do mês passado para se inteirar das "novidades". E como mudou! O rádio ainda sobrevive. Alguém aí já ouviu falar em TV, sites, blogs etc? Bingo. Não se pode negar que o Balaio do Kotscho agrega contribuição, atualiza e incentiva o debate. Desemburrece! Fieis seguidores aprendem e ensinam ao mesmo tempo. Aqui cabe tudo e opinião é o que menos falta. Leio a dignidade do jornalista. Ao sair, deixa a porta aberta e amigos acenando. Lição de vida. Nota dez e com louvor ao Balaio e colaboradores. Hoje em dia, a mídia enlouqueceu, não se sabe o que é reportagem, opinião, editorial, oba-oba, investigação, mershandising... por isso a gente confia no Balaio, em sua aprovação e transparência democrática. Há confiança e o seguidor leitor, se vê por instantes, autor de seu próprio texto. Simples assim. Valeu, Kotscho... Valeu, Record.
obgdo pelas excelentes observações que vc fazia ...deixará um vácuo, pois jornalistas sérios como o Sr. são pouco em nossa Taba...
Fará falta, espero encontrá-lo em novo endereço, descansa bem para mais um retorno melhor, precisamos de sábios ainda nesse Brasil e você é um.
balaiodokotscho.com.br já está salvo aqui nos meus favoritos! vou aguardar ansiosamente pela reinauguração. Obrigado Kotscho!!
Fará falta...Num país em que aprendeu a ouvir Alexandre Frota, é uma péssima notícia.