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AGU recupera um imóvel funcional ocupado de maneira irregular a cada semana

Há casos de servidores aposentados na década de 1990 que até hoje ocupam imóveis

Brasil|Do R7

Imóveis funcionais são patrimônios públicos, e sua utilização depende do exercício do cargo que garante este direito
Imóveis funcionais são patrimônios públicos, e sua utilização depende do exercício do cargo que garante este direito Imóveis funcionais são patrimônios públicos, e sua utilização depende do exercício do cargo que garante este direito

A AGU (Advocacia-Geral da União) recupera, a cada semana, um imóvel funcional ocupado de maneira irregular no País. A estimativa aponta quando os servidores públicos se recusam a sair do local quando a permissão para moradia no imóvel perde sua validade.

Os imóveis funcionais são patrimônios públicos, e costumam ser ocupados, muitas vezes, por meio do pagamento de uma taxa de ocupação. O valor desta contrapartida, em diversas ocasiões, não chega nem mesmo a 10% do valor de aluguel de um imóvel semelhante, aponta a PRU-1 (Procuradoria-Regional da União da 1ª Região), um dos órgãos da AGU responsáveis pelas ações de retomada das moradias.

Caso não deixe o imóvel no prazo de 30 dias após deixar de exercer o cargo público que o beneficia com a ocupação do local, o funcionário é acionado na Justiça. O ocupante irregular também é responsabilizado a pagar o valor correspondente ao aluguel do imóvel pelo período em que esteve no local sem direito.

A maioria dos imóveis funcionais está concentrada em Brasília, e servem de moradia para servidores públicos federais, distritais, entre integrantes e funcionários da Câmara dos Deputados, Senado, entre outros órgãos públicos.

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Ao todo, a PRU-1, que representa a União no Distrito Federal, contabiliza cerca de 200 ações cobrando a devolução de imóveis. Esse número se refere apenas às ações de imóveis da administração direta, que não considera os bens de autarquias e fundações federais.

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Entre os casos mais emblemáticos, é possível levar em conta os de servidores aposentados na década de 1990 que até hoje brigam na Justiça para permanecer nos imóveis.

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Militar não deixa casa

Um caso apontado pela AGU como um dos mais recentes envolve um militar que não deixou o imóvel que habitava no bairro Guará I, em Brasília, logo que se aposentou. A Justiça Federal determinou a saída do aposentado, e ainda indicou que o militar indenizasse a União pelo tempo em que esteve no imóvel de maneira irregular.

Segundo o advogado da União Rafael Melo Carneiro, as indenizações têm uma função pedagógica fundamental.

— A recuperação judicial de imóveis funcionais somente acontece quando o ocupante não desaloja o imóvel de forma espontânea. A possibilidade de despejo forçado e o pagamento de aluguel configuram um enorme incentivo para que as pessoas pensem duas vezes antes de ocupar um patrimônio público de forma irregular.

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