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Após estupro coletivo no Rio, Senado desengaveta proposta que aumenta pena pelo crime

Projeto parado no Senado desde setembro passado pode ser votado na quarta-feira na CCJ

Brasil|Do R7, com Agência Senado

Vanessa Grazziotin é autora da proposta
Vanessa Grazziotin é autora da proposta Vanessa Grazziotin é autora da proposta

Após o registro do terceiro caso de estupro coletivo de grande repercussão no País no prazo de um ano, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pode votar, nesta quarta-feira (1), projeto de lei (PLS 618/2015) da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que muda o Código Penal para aumentar a pena para esse tipo de crime.

A proposta estava parada na Comissão desde 29 de setembro do ano passado, aguardando a definição de um relator. Nesta segunda-feira (30), o presidente da Comissão, José Maranhão (PMDB-PB), designou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) como relatora.

Após a matéria ficar meses engavetada, Simone deve apressar seu parecer e a proposta deve ser apresentada extra-pauta.

O Código Penal estabelece pena de reclusão de 6 a 10 anos para o crime de estupro. Se for coletivo, a pena já é aumentada em 1/4, o que eleva a punição máxima para 12 anos e meio de prisão.

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O PLS 618/2015 tem objetivo de estender essa pena para 1/3, ampliando o tempo máximo de prisão para pouco mais de 13 anos.

O estupro coletivo que motivou a elaboração do PLS 618/2015 aconteceu em maio de 2015 no Piauí. O crime foi cometido contra quatro adolescentes, das quais uma morreu em decorrência das agressões sofridas.

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Três meses depois, outro episódio aconteceu no Rio Grande do Norte, segundo relatou Vanessa Grazziotin na justificação da proposta.

“Esse tipo de crime causa extrema repugnância, uma vez que, além da violência física praticada, a própria dignidade da mulher é atingida, causando, na maior parte das vezes, traumas irreversíveis. Não se pode mais tolerar tamanha brutalidade”, sustentou Vanessa.

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O PLS 618/2015 prevê punição mais grave também em caso de estupro de vulnerável (vítima menor de 14 anos).

Hoje, a pena de reclusão por esse crime pode chegar a 15 anos. Se o parecer de Simone prevalecer nesta quarta (1º), o tempo máximo de prisão poderá ser aumentado em quase 10 anos.

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