Marin tem 83 anos e participou da organização da Copa do Brasil
Tasso Marcelo/Estadão ConteúdoO presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comentou nesta quarta-feira (27) a prisão do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, juntamente com outros seis executivos do alto escalão da Fifa, na Suíça.
Cunha explicou que se houver movimentação de deputados para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), o processo deverá entrar em uma fila de espera. No entanto, caso haja um terço das assinaturas da Câmara e do Senado, o ideal seria uma CPI mista, formada por integrantes das duas Casas.
— Eu não vi os detalhes [da operação]. Eu só tomei conhecimento por alto. Mas se há o mesmo ambiente no Senado e na Câmara, que se construa então uma CPI mista. É o mais provável.
Marin está na lista dos nove presos acusados de envolvimento em esquema de corrupção da entidade, entre eles o ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz. As prisões foram realizadas no Baur au Lac Hotel, em Zurique, a partir de pedido da promotoria de Nova York, durante uma operação anticorrupção feita pela polícia suíça e movida por um pedido do FBI, que lidera a investigação.
Em 2013 o Senado Federal articulou uma tentativa de abrir uma CPI para investigar a CBF, mas alguns senadores desistiram e retiraram as assinaturas do requerimento que abriria os trabalhos. A CPI iria investigar desde denúncias de contratos irregulares entre a CBF e redes de televisão até a renúncia fiscal de R$ 1,1 bilhão que a confederação teria deixado de pagar em impostos.
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