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Blatter deve ser reeleito presidente da Fifa, apesar do escândalo de corrupção

Brasil|

Por Mike Collett e Brian Homewood

ZURIQUE (Reuters) - O dirigente máximo do futebol mundial, Joseph Blatter, deve ser reeleito nesta sexta-feira, desafiando os crescentes apelos para que renuncie ao cargo em face dos escândalos de corrupção que assolam a federação internacional.

Dirigindo-se aos delegados da Fifa no Congresso anual da entidade na Suíça, onde será eleito o presidente mais tarde, Blatter prometeu mais transparência e instou os membros a permanecerem unidos.

O suíço também disse que a Fifa provavelmente não estaria enfrentando seus problemas atuais se a Rússia e o Catar não tivessem sido escolhidos para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.

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"Hoje, eu estou apelando para a unidade e espírito de equipe para que possamos avançar juntos", disse ele, em um pronunciamento contido que contrastou com sua reação desafiante na quinta-feira.

Blatter também procurou se distanciar do escândalo, a maior crise enfrentada pela Fifa em seus 111 anos.

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Autoridades norte-americanas acusaram de corrupção dirigentes da Fifa e executivos do esporte, enquanto a Suíça investiga separadamente a concessão das próximas Copas do Mundo para a Rússia e o Catar.

"Nós não podemos supervisionar todos o tempo todo. Temos 1,6 bilhão de pessoas direta ou indiretamente relacionadas ao nosso jogo", disse Blatter.

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O dirigente lembrou que a Rússia e o Catar foram escolhidos juntos em 2010 e "se outros dois países tivessem emergido do envelope eu não acho que teríamos estes problemas hoje".

Seu discurso de abertura foi brevemente interrompido por uma manifestante que agitou uma bandeira palestina e gritou com Blatter, até ser removida do local. Os palestinos estão pedindo que Israel seja suspenso da Fifa durante o Congresso.

Blatter tem sido fortemente criticado por não fazer o suficiente para combater a corrupção na Fifa. Ele tem como oponente na disputa pelo cargo mais poderoso do futebol o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein.

É improvável que a indignação na poderosa federação europeia de futebol, a Uefa, pelos danos causados à Fifa pelas acusações de suborno e corrupção seja suficiente para derrubar o suíço de 79 anos, que tem o apoio das confederações asiáticas e africanas, como também de muitos países latino-americanos.

A maioria das nações em desenvolvimento na África, Ásia e partes da América Central e do Caribe reluta em votar pela mudança no comando da Fifa, já que a entidade lhes garante subvenções anuais e pagamentos de bônus nos anos da Copa do Mundo.

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