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Bolsa do Irã sobe com retirada de sanções e desafia crise em mercados globais

Brasil|

DUBAI (Reuters) - A alta do mercado de ações de Teerã nas últimas quatro semanas contrasta com o pessimismo em muitas bolsas ao redor do mundo e sinaliza o potencial de investimentos no Irã conforme a economia do país, longamente isolado devido a sanções, volta ao sistema mundial de comércio.

O índice TEDPIX subiu 18,3 por cento desde 16 de janeiro, quando as sanções foram retiradas após um acordo entre potências globais em torno do programa nuclear do Irã. O volume médio de negócios por dia triplicou ante o ano passado, para cerca de 150 milhões de dólares.

A economia do país ainda tem dificuldades-- o crescimento é próximo de zero, a taxa de desemprego ultrapassa 10 por cento e muitos bancos têm um grande volume de dívidas de má qualidade. Tensões políticas entre radicais e moderados poderia retardar os esforços para resolver esses problemas.

Como resultado, alguns comentaristas alertam que o mercado, notoriamente volátil, pode não manter esses ganhos.

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"A bolsa de Teerã está ignorando alertas e a condição dos mercados mundiais...ela está seguindo o mesmo caminho de 2015, e o resultado disso será apenas uma falta de confiança e uma fuga de capitais desse mercado", disse a agência de notícias conservadora Nassim em comentário na semana passada.

Mas muitos investidores apostam que a restauração das conexões do Irã com o resto do mundo e a atração da capital e tecnologia estrangeiros com o fim das sanções vão acionar o gatilho de um boom econômico de longo prazo.

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"Os reais benefícios da retirada das sanções vão levar de 6 a 12 meses para começar a ter efeito sobre as finanças das companhias", disse o chefe de gestão de ativos da Griffon Capital, Payam Malayeri, baseado em Teerã.

"Os investidores estão descontando isso agora - eles estão olhando para o crescimento dos lucros das empresas em 2017 e 2018."

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Alguns economistas acreditam que o PIB do Irã pode crescer entre 5 e 6 por cento ao ano nos próximos anos. Isso elevaria os lucros corporativos em entre 15 e 25 por cento por ano, estimou Malayeri. Os dividendos poderiam subir cerca de 12 por cento.

(Por Andrew Torchia)

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