Os bloqueios nas estradas federais por causa dos protestos dos caminhoneiros pelo País interrompiam, às 20h desta quarta-feira (25), o fluxo de veículos em rodovias de seis Estados: Mato Grosso, Ceará, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Ao todo, são 81 interdições nas rodovias federais do País neste momento, segundo o último balanço da PRF (Polícia Rodoviária Federal). No balanço anterior, eram 94 bloqueios em 10 Estados.
Os três Estados da região Sul do País são os mais afetados pelos bloqueios. No Rio Grande do Sul eram 32 interdições, a maioria delas iniciadas na segunda (23) e terça (24).
Já Paraná tem 24 interdições e Santa Catarina, 14. No município catarinense de São Miguel do Oeste, a BR-282 estava interditada havia uma semana, desde a tarde do dia 18, mas foi dissolvida hoje.
Veja aqui a lista de todas as estradas paralisadas.
Ordem da Justiça
A Justiça determinou a liberação de rodovias federais em dez Estados no início da noite desra quarta-feira (25).
Com a decisão, divulgada pela AGU (Advocacia-Geral da União), os representantes de entidades de trabalhadores rodoviários e demais participantes de protestos estão proibidos de realizar qualquer bloqueio nas estradas de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul e 14 municípios de outros cinco Estados.
Os advogados públicos conseguiram também uma determinação judicial para que as pistas nos arredores de Feira de Santana (BA) fossem desbloqueadas, apesar de a Justiça já ter ordenado a desocupação das vias em toda a Bahia.
As decisões estabelecem multas que variam de R$ 500 por dia a R$ 50 mil por hora para os manifestantes que se recusarem a liberar as pistas. Em geral, elas autorizam a força policial a adotar as providências necessárias para desocupar as vias e reconhecem que os protestos.
Esforços do governo
Para tentar acabar com os protestos dos caminhoneiros, o governo federal decidiu nesta quarta-feira (25) atender parcialmente aos pedidos da categoria. Entre as propostas anunciadas estão a aprovação da chamada Lei dos Caminhoneiros — que garante direitos como a jornada de trabalho de oito horas — e a promessa da Petrobras de não reajustar o diesel por seis meses.
Após reunião no Palácio do Planalto com empresários, trabalhadores e autoridades do governo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, afirmou em coletiva de imprensa que as medidas só valerão se os caminhoneiros liberarem as rodovias.