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Chuva para hidrelétricas no SE deve fechar período úmido bem abaixo do normal, diz Climatempo

Brasil|

SÃO PAULO (Reuters) - As chuvas previstas par os reservatórios das hidrelétricas no Sudeste do país para geração de energia devem ser de 49 por cento da média em fevereiro, segundo projeções da Climatempo.

As chuvas dão sinal de aumento, mas ainda não chegam a encher os reservatórios, já que o solo está seco.

Para março, as projeções são de afluência a 53 por cento da média para a região. Em abril, último mês do período úmido, a estimativa é de chuvas a 68 por cento do normal, mostrou o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, durante o evento Energia e Cenários 2015, nesta quarta-feira.

Se as previsões se confirmarem, um racionamento de energia em 2015 seria inevitável, considerando que analistas do setor elétrico afirmam ser necessário, no mínimo, afluências de 70 por cento da média de fevereiro a abril para evitar racionamento.

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Outro sinal negativo é que a segunda metade deste ano e o primeiro trimestre de 2016 terão menos chuva no Sul, região que costuma receber mais chuva durante o período seco, ajudando a abastecer o Sudeste.

"No Sul, preocupa o segundo semestre e a entrada de 2016. Pode não ter chuva acima da média. E o Norte não deve ter recuperação como no ano passado", disse Nascimento.

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Ele disse ainda que as usinas do Norte não deve verter, ou seja, não vai precisar ter que deixar passar água sem gerar energia para aliviar o alto volume de reservatórios, como acontece todos os anos no final do período úmido.

"A máxima do setor elétrico é que o Norte sempre verte. Esse ano, essa máxima cai, provavelmente", disse Nascimento.

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O Nordeste continuará com afluências muito abaixo da média -- de 21 por cento do normal em fevereiro, 28 por cento em março e 32 por cento em abril.

No próximo período úmido, o Sudeste pode ter afluência melhor que as observadas neste ano. Mas isso ainda não significará maior tranquilidade.

"A tendência de virada é só de 2016 para 2017", disse ele, sobre a mudança no atual cenário de aquecimento do Oceano pacífico. O ciclo de aquecimento e esfriamento do Pacífico tem forte influência no comportamento das chuvas no país e o seu histórico é avaliado para projetar cenários.

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(Por Anna Flavia Rochas; edição de Aluísio Alves)

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