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Com nova equipe de ministros, PT perde controle direto sobre R$ 9 bilhões para investimentos

PROS, PSD, PMDB e PRB ganham força e comandam, juntos, orçamento semelhante ao petista

Brasil|Do R7

Dilma Rousseff posa ao lado de Michel Temer e
de sua equipe de ministros
Dilma Rousseff posa ao lado de Michel Temer e de sua equipe de ministros Dilma Rousseff posa ao lado de Michel Temer e de sua equipe de ministros

A nova equipe de ministros da presidente Dilma Rousseff reduziu a verba controlada diretamente por seu partido. Considerando apenas os 24 ministérios, o PT terá sob seu comando R$ 23 bilhões para investir, ante R$ 32 bilhões em 2014 — uma queda de 28%.

Com isso, quatro partidos da base aliada ganharam força na administração do Orçamento da União: PROS, PSD, PMDB e PRB. Juntas, as legendas comandarão R$ 22 bilhões — praticamente a mesma quantia do partido da presidente.

O cálculo foi feito pelo R7 com base na dotação das pastas em 2014, divulgada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os números, atualizados no último dia 23 de dezembro, levam em consideração apenas a verba destinada a investimentos, montante mais flexível dos órgãos.

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O dinheiro destinado ao pagamento de pessoal, encargos sociais, juros e dívidas – ou seja, a parte engessada do orçamento – não foi computado. A reportagem também não levou em consideração o orçamento dos 15 órgãos e secretarias com status de ministério, cujas verbas para investimentos são, de modo geral, bem inferior às dos ministérios.

O Orçamento de 2015 ainda não foi aprovado pelo Congresso. 

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Com a indicação de Cid Gomes para o Ministério da Educação, o PROS aparece como a terceira maior capacidade de investimento entre os partidos que compõem o governo, com R$ 9 bilhões à sua disposição. Pela primeira vez nos governos do PT, considerando as administrações Lula e Dilma, a pasta será comandada por um não petista.

O PROS está atrás apenas do PT e do PR, que manteve a pasta dos Transportes na redistribuição ministerial e permaneceu com os mesmos R$ 16 bilhões sob seu controle. O Ministério dos Transportes é a pasta com maior orçamento para investimentos do governo.

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Já o PSD, de Gilberto Kassab, novo ministro das Cidades, controlará R$ 8 bilhões. O PP, que perdeu a pasta, terá Gilberto Occhi à frente do Ministério da Integração Nacional, que comanda uma quantia um pouco inferior para investimentos: R$ 7 bilhões.

O PMDB e PRB, com R$ 3 bilhões e R$ 2 bilhões, completam a lista dos partidos que tiveram seu poder de investimento ampliados no segundo mandato do governo Dilma.

Áreas estratégicas

Apesar da redução da verba comandada pelo PT, parte dos investimentos que serão feitos em áreas consideradas estratégicas pelo governo continuará sob o comando da legenda. Com a permanência de José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça, a legenda seguirá executando os recursos destinados à Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Funai (Fundação Nacional do Índio).

O mesmo acontecerá no Ministério da Saúde: Arthur Chioro permanecerá à frente da pasta responsável por R$ 9 bilhões. O Ministério da Defesa, que era chefiado pelo petista Celso Amorim, passará a ser comandado por Jacques Wagner, também do PT. A pasta tem à sua disposição R$ 9 bilhões para gastos militares. 

Veja quais são os novos ministros do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff:

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