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Com voz embargada, Delcídio reconhece erro, mas diz que agiu a mando de Lula

Senador diz que seu processo foi mais célere e que a sua defesa não teve acesso aos autos

Brasil|Mariana Londres, do R7, em Brasília, e Agência Senado

Delcídio do Amaral no Conselho de Ética
Delcídio do Amaral no Conselho de Ética Delcídio do Amaral no Conselho de Ética

Após faltar cinco vezes ao Conselho de Ética e sem se manifestar desde a sua prisão, em dezembro, o senador Delcídio do Amaral (sem partido- MS) esteve nesta segunda-feira (9) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para se defender. Está marcada para hoje a votação do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) favorável à decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pela cassação do mandato de Delcídio.

— Peço desculpas e errei, mas agi a mando.

Na sua delação premiada, Delcídio do Amaral disse que agiu a mando do ex-presidente Lula e implicou também a presidente Dilma.

Com voz embargada e lágrimas nos olhos, Delcídio pediu desculpas à família e disse que suas filhas foram vítimas de bullying. Defendeu ainda seu chefe de gabinete e seu assessor de imprensa, que foram exonerados, injustamente, segundo o senador.

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O senador argumentou que seu processo foi mais célere do que o habitual no Senado e disse ainda que a sua defesa não teve acesso aos autos ou a um aditamento na semana passada.

— Meu processo foi aditado na semana passada. Nós não tivemos acesso nem ao processo inicial e nem ao aditamento apesar dos esforços dos meus advogados. Esse processo foi célere, nós não tivemos tempo de ter acesso aos autos, às gravações. Não se conduz alguém a um processo de cassação sem ter acesso aos autos. Estou aqui [no Senado] há treze anos e nunca vi tanta celeridade.

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Votação adiada

Após a fala de Delcídio, os senadores que integram a CCJ decidiram adiar a votação do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que sugere a cassação do mandato do senador.

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A votação estava marcada para esta segunda-feira (9).

Os senadores decidiram esperar que a CCJ receba os novos documentos que foram incluídos recentemente na denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Delcídio no STF.

Como a representação contra Delcídio no Senado é baseada na denúncia que corre no STF, os senadores concordaram que as novas informações aditadas ao processo são relevantes e precisam ser de conhecimento dos integrantes da CCJ, para que possam ponderar seus votos e analisar a dosimetria da pena.

À PGR será requerido todo o teor do aditamento, mas os senadores não sabem se o compartilhamento realmente ocorrerá.

A espera desses documentos e o consequente adiamento da votação do relatório de Ferraço foram defendidos pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), José Agripino (DEM-RN), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Alvaro Dias (PV-PR), entre outros.

Já os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Telmário Mota (PDT-RR) defenderam que a CCJ votasse o relatório ainda nesta segunda (9).

Ferraço alertou ainda que a CCJ tem até a quinta-feira (12) para apreciar seu relatório, como determina o regimento interno da Casa.

O presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator Ferraço, devem tentar contato com a PGR ainda nesta segunda (9).

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