O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), convocou para a próxima terça-feira (16) uma sessão conjunta com deputados e senadores para votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2015.
A aprovação da LDO é tida como certa pelo governo, mas o Orçamento de 2015 poderá ficar para o ano que vem, já que dificilmente haverá tempo suficiente antes do recesso parlamentar, marcado para começar a partir do dia 23.
Na semana passada, o relator da LOA (Lei Orçamentária Anual) do próximo ano, Romero Jucá, foi um dos parlamentares que defenderam fazer uma autoconvocação entre 23 de dezembro e 31 de dezembro para votar a matéria. A ideia, porém, foi descartada por Renan, que sugeriu que pode interessar ao governo não votar o Orçamento.
Jucá disse que, durante o recesso, se houver entendimento, o Congresso pode votar o Orçamento. O senador afirmou, porém, que os parlamentares da "ala independente", na qual ele se inclui, e da oposição irão trabalhar para votar o Orçamento ainda neste ano.
Para o governo, iniciar 2015 sem aprovar o Orçamento não seria um grande problema, porque, mesmo somente com a aprovação da LDO é possível executar os chamados gastos obrigatórios — como salários e benefícios previdenciários.
Além disso, os ministérios são autorizados, a cada mês, a gastar o chamado duodécimo da verba de custeio e investimento proposta para suas funções.