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Costa compara doação de campanha de empresa a “empréstimo” e avisa: “Não existe almoço grátis”

Na CPI da Petrobras, ex-diretor da Petrobras admite repasses de propina ao PP e ao PSDB

Brasil|Do R7, com Agência Câmara

Costa: 'Não existe doação que empresa não queira recuperar'
Costa: 'Não existe doação que empresa não queira recuperar' Costa: 'Não existe doação que empresa não queira recuperar'

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, nesta terça-feira (5), na CPI da Petrobras que as doações de campanha feitas por empresas a partidos políticos não passam de uma espécie de “empréstimo” – como já tinha dito em depoimentos de delação premiada.

Costa explicou que “não existe doação que depois a empresa não queira recuperar” e disse que isso foi dito a ele “por empresários”.

— Várias doações oficiais vieram de propina. Está claro na operação Lava Jato. Por que uma empresa vai doar R$ 20 milhões para uma campanha, se lá na frente ela não vai querer isso de volta? Não existe almoço grátis.

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O ex-diretor reafirmou ainda que o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, já falecido, cobraram propina para evitar investigações de uma comissão parlamentar de inquérito no Congresso.

Costa disse não saber se era uma CPI da Câmara ou CPI Mista – com participação de senadores –, mas afirmou que o pagamento foi feito. Costa não mencionou a quantia, nem a maneira como esse dinheiro teria sido pago, mas garantiu ter sido informado do pagamento pela empresa Queiroz Galvão.

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Segundo ele, o encontro com Sérgio Guerra foi intermediado por Eduardo da Fonte e teria ocorrido em um hotel no Rio de Janeiro.

— Recebi um pedido do deputado Eduardo da Fonte, do PP de Pernambuco, que pediu para se encontrar comigo e, chegando lá, estava também o senador Sérgio Guerra. Eles me disseram que estava ocorrendo uma CPI sobre a Petrobras e que isso poderia ser minorado ou postergado, mas que precisava ter um ganho, um ajuste financeiro.

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Origem da corrupção

Para o ex-diretor da Petrobras, "a origem da corrupção está em Brasília". Ao responder pergunta do deputado André Moura (PSC-SE), Paulo Roberto Costa disse que os chefes do esquema de corrupção na Petrobras eram os “maus políticos”.

— Não foi o diretor da Petrobras quem inventou o cartel. A origem da corrupção está em Brasília. Vocês do Legislativo têm papel fundamental para que isso seja redimido.

O deputado insistiu: “Mas eu quero saber quem são os maus políticos”. Costa respondeu dizendo que “isso está na minha delação premiada, posso esquecer algum nome ou outro”.

Diante da insistência do deputado, ele mencionou alguns nomes que, segundo ele, tinham “problema”.

— Do PP, o ex-deputado José Janene, o deputado Mário Negromonte, o senador Ciro Nogueira. Do PMDB, o senador Renan Calheiros, o deputado Aníbal Gomes, o senador Romero Jucá. Do PT, o senador Lindbergh [Faria].

Costa mencionou ainda o ex-ministro Edison Lobão, das Minas e Energia.

— Quando eu falo ‘mencionado’ é ‘com problema’.

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