O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça-feira (14) que não vê fundamento para abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a questão não é política, mas jurídica.
— Para protocolar algo [há] que ter fundamento jurídico. O impeachment não é um processo político.
Cunha ainda disse que a Câmara vai concluir até, no máximo, esta quarta-feira (15), a votação do projeto que regulamenta a terceirização. O texto continua na pauta da Casa e a expectativa é que os deputados votem ainda hoje as emendas e destaques apresentados ao texto.
O presidente da Câmara explicou que vai manter o projeto como único item da pauta até “esgotar o assunto”.
— Em última instância faz uma [votação] nominal atrás da outra.
A matéria foi o centro de uma reunião na manhã de hoje entre o vice-presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o secretário da Receita Jorge Rachid e o deputado Arthur Maia (SDD/BA), relator do projeto que regulamenta a terceirização.
— Está prestes [a realização do] acordo. Tudo está mais ou menos consolidado e há divergência só de controle. Há o convencimento de que [o acordo] não vai aumentar alíquota, mas também não vai permitir que o governo possa ter qualquer tipo de perda.
De outro lado, centrais sindicais se organizam para protestar contra o texto e prometem novas manifestações nesta terça-feira (14) em todo o País. Para amanhã, as representações anunciaram um dia nacional de paralisação.