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Debates sobre denúncia contra Temer terminam após 7 horas

Comissão irá retomar discussões a partir das 10h de quarta-feira (18)

Brasil|Fernando Mellis, do R7

CCJ deve votar relatório ainda nesta semana
CCJ deve votar relatório ainda nesta semana CCJ deve votar relatório ainda nesta semana

O primeiro dia de debates sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Wellington Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) após a apresentação das defesas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara durou mais de sete horas e acabou às 18h desta terça-feira (17) devido à abertura da ordem do dia no plenário da Casa.

Deputados aliados ao presidente e opositores dele se revezavam ao microfone. Paulo Maluf (PP-SP) saiu em defesa de Temer.

— Quem aqui pode levantar a mão e dizer: 'Eu estou aqui sentado sem ter pedido recurso para ninguém. Minha campanha custou zero. Não foi financiada nem pelo partido nem pelos meus amigos’? Todos pediram, eu pedi, Michel Temer pediu. Mas de acordo com a lei, está lá na Justiça Eleitoral.

Outro aliado, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), falou que o presidente é alvo de uma "ditadura de procuradores que se associam a bandidos", citando os delatores Lúcio Funaro (operador de propinas de Eduardo Cunha) e os irmãos Batista, da JBS.

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O deputado chamou temer de "sucesso como gestor, como jurista e como professor”.

— Ele [Temer] está indignado, realmente indignado. Mas ele está determinado a continuar trabalhando pelo Brasil.

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A oposição adotou um tom duro de críticas ao presidente. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) acusou o peemedebista de estar praticando "banditismo político".

Segundo Valente, Temer está “vendendo a agenda para a bancada ruralista para garantir 160 votos”, ao se referir à portaria que muda a forma de fiscalizar o trabalho escravo no País, algo classificado por ele como uma “relativização do trabalho escravo”.

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— Todos têm culpa no cartório. Os que não estão presos só não estão porque têm foro privilegiado. Os outros todos estão em cana.

Major Olímpio (SD-SP) disse que o presidente integra o "Primeiro Comando do Planalto", em referência à organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Segundo ele, o grupo político é “mais perverso do que o PCC”.

Logo no começo da sessão, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que a oposição enviou um requerimento ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para que seja fatiada a denúncia, separando os processos de Temer e dos ministros.

O objetivo do presidente da CCJ, deputado Paulo Pacheco, é ouvir todos os deputados inscritos para falar antes de votar o parecer do relator, Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da denúncia.

As discussões irão ser retomadas às 10h de quarta-feira (18). A CCJ tem sessão marcada também para quinta-feira (19), caso não seja possível fazer a votação amanhã.

Independentemente do resultado da votação na comissão, o relatório será levado para uma votação no plenário da Câmara. Somente aí é que os deputados decidirão se a denúncia contra Temer e os ministros continua no Supremo ou se fica suspensa até quando deixarem o cargo.

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