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Decisão no STF para barrar impeachment é considerada improvável por senadores

Recurso é visto como última esperança para barrar processo de afastamento de Dilma

Brasil|Gustavo Heidrich e Mariana Londres, do R7, em Brasília

O ministro do STF, Teori Zavascki, negou o recurso da AGU que pedia anulação do processo de impeachment de Dilma Rousseff
O ministro do STF, Teori Zavascki, negou o recurso da AGU que pedia anulação do processo de impeachment de Dilma Rousseff O ministro do STF, Teori Zavascki, negou o recurso da AGU que pedia anulação do processo de impeachment de Dilma Rousseff

Após a decisão do ministro Teori Zavascki de negar o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) pedindo a suspensão da votação do processo de impeachment que acontece nesta quarta-feira (11) no Senado, senadores da oposição já consideram improvável que o STF (Supremo Tribunal Federal) interfira no processo mesmo depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias e o início do julgamento do mérito que pode retirar em definitivo o mandato da petista.

Para o presidente da Comissão Especial do impeachment, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), todo o processo foi conduzido respeitando a Lei 1079/1950 que rege o impeachment e o regimento da Câmara dos Deputados e do Senado.

— O Supremo participou de todo o processo, determinando o rito e agora nessa fase de julgamento, que será presidida pelo Ricardo Lewandovski, seria muito atípico uma decisão que retroagisse ou barrasse o processo.

Lira disse ainda que não pode votar durante a aprovação do parecer na Câmara por impedimentos regimentais, mas que votará no plenário hoje seguindo a linha geral dos peemedebistas favoráveis à saída de Dilma.

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Para o senador Álvaro Dias (PV-PR), que disse estar à disposição do seu partido para concorrer às eleições em 2018, não importa quantos recursos forem apresentados pelo advogado-geral da União, o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

— O Supremo já garantiu a autonomia do Senado, eles podem continuar recorrendo e vão perder. O que eles estão tentando é um tapetão, como no futebol, não conseguem ganhar em campo, então apelam.

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Mesmo o ex-ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), admite que uma decisão favorável à interrupção do processo é remota.

— Decisões do Supremo não são passíveis de discussão no Senado, tem de ser respeitadas. Eu acredito que possamos reverter dentro da própria Casa, na votação do mérito, porque nem todos que vão dizer sim pela admissibilidade, vão repetir o voto no julgamento final.

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Integrante da chamada tropa de choque do governo no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) diz lamentar a decisão de Teori, mas acredita em uma participação mais favorável do Supremo após o afastamento de Dilma. 

— O julgamento será presidido pelo STF. Esperamos que com eles aqui dentro do Senado, o processo seja mais jurídico que político. 

Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o STF validará a decisão tomada hoje pelos senadores.

— Temos pelo menos 54 votos favoráveis ao impeachment no Senado. Vamos a partir de quinta dar celeridade ao julgamento para que dentro dos 180 dias ela seja afastada definitivamente. Seria uma tragédia para o país um eventual retorno dela.

Já o governista Humberto Costa (PT-PE) ainda tem esperanças em uma decisão dos ministros.

— O Supremo tem seu tempo e o caso ainda deverá ser avaliado em plenário. Precisamos ter paciência. Acreditamos em uma liminar que impeça a continuidade do julgamento.

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