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Delegado da Lava Jato nega irregularidades em quebras de sigilo telefônico

Márcio Anselmo disse que medidas foram tomadas pela PF com autorização judicial

Brasil|

O delegado da Polícia Federal Márcio Anselmo, um dos investigadores da Operação Lava Jato, negou irregularidades em quebras de sigilo telefônicos e telemáticos realizadas em alvos do esquema de corrupção e propina na Petrobras, em depoimento à Justiça Federal, nesta segunda-feira (2).

O juiz federal Sérgio Moro requisitou que a Polícia Federal que apresente cópias dos materiais referentes ao monitoramento dos aparelhos blackberry de alguns dos alvos, entre eles o doleiro Alberto Youssef, em dez dias. Anselmo é o principal delegado responsável pelas interceptações telefônicas e telemáticas da Lava Jato.

Segundo ele, as medidas foram tomadas com autorização judicial, por intermédia da PF em Brasília, como é feita em toda interceptação do tipo.

Moro questionou o delegado se em algum momento ele recebeu reclamação de autoridade estrangeira ou mesmo do Ministério das Relações Exteriores por conta dessas interceptações. "Não, nunca."

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A defesa de alguns empreiteiros alega que a Lava Jato fez "ponte direta" com a direção geral da Polícia Federal, em Brasília, e com a operadora RIM, do Canadá, para monitoramento de conteúdo do black berry utilizado por investigados. A defesa argumenta que sem passar pelo crivo da Justiça, a Lava Jato não podia ter feito esse contato direto. O juiz Sérgio Moro deu prazo para o delegado Anselmo entregar os e-mails que trocou com as autoridades (de Brasília e do Canadá).

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Anselmo explicou que a Lava Jato obteve dois tipos de dados referentes aos monitoramentos de trocas de mensagens por blackberry. "Mensagens interceptadas e depois mensagens extraídas dos celulares apreendidos no dia 17 de março (de 2014)", afirmou.

Delação

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No início do depoimento do delegado, o advogado de Ricardo Pessoa, apontado como "presidente do clube" de empreiteiras que cartelizavam as licitações na Petrobrás, alertou Moro sobre as tratativas do acordo de delação do executivo com o MPF. Ele disse o delegado participou do encontro em que foram tratados assuntos referentes a ação contra a Camargo Corrêa e a UTC. Com isso, o juiz proibiu o delegado de tratar do assunto em seu depoimento.

"O fato é que ele não pode depor sobre fatos ouvidos naquela audiência, fatos que atinam com o presente processo. Por isso a impugnação que se faz da sua oitiva nesta audiência", solicitou o advogado, que foi atendido pelo juiz Sérgio Moro.

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