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Depoimento de doleiro à CPI da Petrobras é adiado

Alberto Youssef só deve ser ouvido por parlamentares na próxima quarta-feira (29)

Brasil|

O depoimento do doleiro Alberto Youssef à CPI que investiga denúncias de corrupção na Petrobras deverá ser realizado na quarta-feira (29), três dias depois do segundo turno da disputa presidencial.

"Para as investigações não há diferença entre chamá-lo para depor agora ou depois do segundo turno", afirmou o presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Na semana passada, Vital aventou a possibilidade de o depoimento de Youssef ocorrer nesta quarta (22), dia em que a CPI ouvirá o atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza. O colegiado já havia aprovado um requerimento de convocação de Youssef e, pelo regimento do Congresso, cabe ao presidente da CPI marcar o dia do depoimento.

Emissários do Palácio do Planalto passaram, então, a agir para evitar outra surpresa a poucos dias do segundo turno eleitoral. Capitaneada pelo PSDB, a oposição, por sua vez, chegou a irritar Vital, cobrando que o depoimento fosse marcado para amanhã.

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O governo tem feito de tudo para evitar mais estragos na campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou um suposto esquema de desvio de dinheiro na estatal, beneficiando políticos do PT, PMDB, PP e PSDB.

Partidos que apoiam a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência querem explorar, na CPI da Petrobras, as recentes declarações de Costa e de Youssef. Aliado de Dilma, a quem tem ajudado na campanha em seu Estado, a Paraíba, Vital resiste a acatar as sugestões da oposição, sob o argumento de que a CPI não pode ficar "contaminada" pelo ambiente eleitoral.

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Preso pela Operação Lava Jato, Youssef também fez acordo de delação premiada com o Ministério Público, a exemplo de Costa, e prometeu revelar tudo o que sabe em troca de redução de sua pena.

Depois de citar o tesoureiro do PT, João Vaccari, como o homem que recebia a propina dos contratos da Petrobras para o partido, Costa disse na delação premiada que a campanha da ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann recebeu, em 2010, ajuda de R$ 1 milhão, a pedido de Yousseff, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo. À época, ela foi eleita para o Senado. Já o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, também foi beneficiário do esquema. Guerra morreu no início deste ano.

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Tanto Gleise como Vaccari negam as acusações com veemência. "Não conheço Alberto Youssef nem Paulo Roberto Costa", disse a senadora. "Diante de tantas acusações infundadas, o secretário de Finanças vai processar civil e criminalmente aqueles que têm investido contra sua honra e reputação", afirmou o tesoureiro do PT, em nota oficial.

Vital afirmou que está encontrando dificuldades para marcar as audiências no período eleitoral, mas negou qualquer pressão do Planalto. Youssef está preso e, segundo o presidente da CPI da Petrobras, é preciso acertar muito bem a logística com a Polícia Federal e com a Justiça Federal do Paraná para que o doleiro viaje a Brasília.

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