Antes de encontro econômico, Dilma discutirá organização da Copa
Ed Ferreira/21.01.2014/Estadão ConteúdoA presidente Dilma Rousseff chega nesta quinta-feira (23) à Suíça, onde participa pela primeira vez do Fórum Econômico Mundial de Davos. A principal missão da presidente é mostrar a empresários estrangeiros as vantagens da economia brasileira e, assim, atrair investimentos para o País. Dilma terá a companhia do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Antes de desembarcar em Davos, Dilma tem um encontro hoje, às 15h, com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em Zurique. O assunto será Copa do Mundo. De Zurique ela viajará de helicóptero na sexta-feira de manhã para Davos.
Na cidade localizada nos Alpes suíços, Dilma fará um discurso no plenário do fórum e depois se encontrará com um grupo de empresários representantes das 85 maiores companhias do mundo para convencê-los a investir no país. Dilma vai assegurar aos empresários que ela adota uma postura amigável com empresas e responsável pelo lado fiscal.
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No ano em que Dilma disputa a reeleição, a presidente se apresentará em Davos pela primeira vez desde que assumiu, defendendo seu modelo e buscando os investimentos para o salto de qualidade em infraestrutura para o Brasil — tema que dominou boa parte da agenda econômica de 2013.
Em 2011, Dilma recusou o convite para participar da reunião de Davos, no começo de seu mandato, por motivos de agenda. Depois, em 2012 e 2013, voltou a faltar à reunião, que, a cada ano, reúne grandes empresários e chefes de Estado na cidade suíça.
Cuba
De Davos, Dilma cruzará o Atlântico na segunda-feira (27) para desembarcar em Cuba. No mesmo dia, a presidente visita seu colega Raúl Castro, com quem assinará acordos que as chancelarias já negociam.
A visita inclui reuniões privadas, por isso não se descarta a possibilidade de a chefe de Estado ter uma conversa com o líder Fidel Castro.
As autoridades ainda avaliam se é possível uma visita dela ao Puerto de Mariel, já que o Brasil é o país que financia a construção dos terminais, realizada pela construtora Odebrecht. O local pretende abrir uma nova era no comércio exterior da nação caribenha.
Boa parte do custo da obra, orçada em US$ 900 milhões, é financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e por isso se cogita que poderia ser inaugurada conjuntamente por Dilma e Castro.
Na terça-feira (28), a presidente, também em Havana, participará da cúpula de presidentes da Celac, o fórum iniciado pelos ex-presidentes Lula e Hugo Chávez que agrupa todo o continente, menos Estados Unidos e Canadá.