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Dilma diz que rebaixamento da Petrobras é 'falta de conhecimento'

Em evento na Bahia, presidente avisou que governo não tem como baixar o preço do diesel

Brasil|

Dilma: "Não tenho dúvida que a Petrobras vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso"
Dilma: "Não tenho dúvida que a Petrobras vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso" Dilma: "Não tenho dúvida que a Petrobras vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso"

A presidente Dilma Rousseff disse, nesta quarta-feira (25), que o rebaixamento da nota da Petrobras para grau especulativo pela agência de classificação de crédito Moody's representa "falta de conhecimento" e garantiu que a estatal vai se recuperar. Dilma está em Feira de Santana (BA), onde entregou casas do Minha Casa, Minha Vida. 

— Acho que é uma falta de conhecimento direito do que está acontecendo na Petrobras. Agora, não tenho dúvida que a Petrobras vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso, sem grandes consequências.

A Moody's cortou o rating da dívida em moeda estrangeira da Petrobras na terça-feira em dois degraus, de "Baa3" para "Ba2", citando as investigações sobre corrupção e pressões de liquidez que podem resultar do atraso da divulgação das demonstrações financeiras auditadas.

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A empresa, que está no centro de um escândalo bilionário de superfaturamento de contratos envolvendo funcionários, empreiteiras e políticos, publicou o balanço do 3º trimestre atrasado e não auditado e agora corre contra o tempo para publicar o do 4º trimestre com baixas contábeis.

A agência de risco manteve o rating da petroleira em revisão para novo rebaixamento. A presidente comentou a atuação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, frente à agência.

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— O governo sempre vai tentar evitar o rebaixamento, isso é absolutamente natural. Nós só lamentamos que não tenha tido correspondência por parte da agência, mas acho que isso está superado.

Em reação ao rebaixamento, as ações da Petrobras recuavam cerca de 7% nesta quarta-feira.

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Diesel e ajustes

No momento em que o País enfrenta bloqueio de estradas por protestos de caminhoneiros que reclamam de preços baixos de frete e alto custo dos combustíveis, a presidente disse que o governo não tem como baixar o preço do diesel e afirmou ainda que não há aumento previsto de combustível.

— Não mexemos [no preço do combustível], o que fizemos foi recompor a Cide, isso nós fizemos. Não elevamos uma vírgula o preço do combustível nem abaixamos, porque [...] a política sempre é melhor em relação ao combustível quando ela é estável, o que não é possível é submeter o País aos altos e baixos da política de petróleo, se voltar a subir, também não pretendemos mexer no preço.

Dilma justificou ainda os ajustes necessários nas contas para que o País entre em um novo ciclo.

— O que nós estamos fazendo é preparando o Brasil para um novo ciclo de crescimento. Nosso compromisso é um só: emprego, salário e renda para as pessoas.

Durante discurso na entrega de moradias do programa, a presidente já havia defendido a necessidade de ajustes para dar condições a um novo ciclo de desenvolvimento econômico e para que o País "continue a crescer de forma mais acelerada".

A nova equipe econômica do governo tenta reequilibrar as contas públicas para recuperar a confiança dos investidores no País num difícil quadro de crescimento fraco e inflação alta, e em meio ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras do País.

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