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Dilma prevê "medidas drásticas" e controle de gastos em 2015, mas sem prejudicar programas sociais

Presidente afirma que Brasil vai voltar a crescer e que a inflação não saiu do controle

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Presidente participou de café da manhã de jornalistas setoristas no Planalto
Presidente participou de café da manhã de jornalistas setoristas no Planalto Presidente participou de café da manhã de jornalistas setoristas no Planalto

A previsão econômica da presidente Dilma Rousseff para o Brasil em 2015 é de “medidas drásticas” para controle de gastos. Mesmo assim, ela garante que nenhum programa social será afetado pelo arrocho. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (22) durante café da manhã de confraternização com a imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília, quando ela também fez uma previsão otimista de retomada do crescimento do País.

— Você tem sempre um movimento cíclico e nós temos de retomar [o crescimento]. Para isso, nós temos de fato de fazer algumas medidas mais drásticas. Não significa, em hipótese alguma, que nós vamos reduzir os programas sociais. É compatível no Brasil o que nós estamos fazendo e os programas sociais. Nós teremos de ter um controle maior sobre outros gastos. E teremos de fazer algumas reformas.

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Mesmo confirmando que serão feitos cortes, a presidente negou que o ajuste nas contas será da ordem de R$ 100 bilhões, como chegou a ser noticiado pela imprensa especializada.

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Segundo Dilma, o governo ainda não fez essa conta e não é possível saber o valor do corte que será feito no Orçamento do ano que vem.

— Esse número me foi apresentado pela imprensa, portanto não é oficial. Esses R$ 100 bilhões é um chute. Ninguém fez essa conta. Não pode ter pressa, isso [o corte] não foi formatado. Não vou discutir economia ou as medidas que eu vou tomar de forma teórica. Seria uma irresponsabilidade.

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Bancos privados na economia

A presidente se mostrou otimista ao afirmar que o “Brasil tem futuro” e que a população vai assistir à recuperação da economia nos próximos anos. Segundo ela, a inflação não saiu do controle e o governo está tomando todas as providências para aumentar a produtividade do País.

Sem antecipar nenhuma medida, Dilma apenas confirmou um direcionamento que havia sido sinalizado pela nova equipe econômica do governo, de que será necessário reduzir o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) em financiamentos. De acordo com a presidente, é preciso aumentar a participação dos bancos privados.

— No Brasil é fundamental que não seja só uma missão dos bancos públicos o empréstimo de longo prazo. Temos bancos privados fortes [...] nós queremos, cada vez mais, que os bancos privados participem. Fica muito difícil só o setor público, para nós [governo] e para o País. Fica mais caro para o País.

Rússia

Dilma Rousseff também comentou a crise do petróleo na Rússia, que culminou na desvalorização da moeda russa (rublo) e subiu o valor do dólar para R$ 2,74 no Brasil, na última terça-feira (16). Mesmo com os problemas no preço do petróleo, a presidente não acredita que a Rússia vá enfrentar uma nova crise financeira, como a de 1998. Ela também avalia que os problemas russos não vão afetar os Brics – grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

— A Rússia tem reservas suficientes para aguentar essa flutuação. Não acho que os Brics vão ter grandes problemas. O problema dos Brics não é financeiro, todos [os países] têm reservas.

No entanto, a presidente admitiu que todas as economias emergentes “estão com problemas” devido a um processo de crise mundial que está durando mais tempo que o esperado e que levou a uma redução “brutal” da demanda internacional.​

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