A presidente Dilma Rousseff reúne ministro neste domingo (9) para traçar estratégia de aproximação política com o Congresso Nacional.
A reunião de coordenação política, geralmente realizada às segundas-feiras pela manhã no Palácio do Planalto, foi antecipada para hoje por causa da viagem da presidente ao Maranhão nesta segunda-feira (10), onde serão inauguradas unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
A reunião está marcada para às 19h no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, e deve contar com a participação do vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, e com ministros do núcleo duro do PT, como o da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Defesa, Jacques Wagner; da Comunicação Social, Edinho Social; e das Comunicações, Ricardo Berzoini.
O encontro acontece depois de uma semana movimentada na política brasileira. A volta aos trabalhos no Congresso, após o recesso parlamentar de duas semanas, serviu de termômetro para o governo medir a temperatura do segundo semestre.
Indo na contramão do ajuste fiscal proposto pelo governo, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que reajusta os salários de servidores públicos de acordo com a remuneração dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
O texto, aprovado na madrugada desta quinta, vincula os vencimentos da AGU (Advocacia-Geral da União), da carreira de delegado da Polícia Federal, das carreiras de delegado de Polícia Civil dos estados e do Distrito Federal e dos procuradores municipais a 90,25% do subsídio dos ministros do Supremo.
O plenário também aprovou as contas de três ex-presidentes da República, o que abre caminho para a Casa analisar as contas do governo Dilma. Os gastos da presidente devem ser julgados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no final deste mês.
Temer participou de reuniões com líderes das duas Casas e fez um enfático apelo público aos parlamentares para que evitem uma crise política no País. Temer reconheceu que a situação é "grave" e disse que "mais do que nunca" se faz necessária a harmonia.
Na reunião deste domingo, Dilma deve pedir aos ministros que ajudem Temer na articulação político com o Congresso.