Presidente ao lado dos ministros da Casa Civil (Jaques Wagner) e da Fazenda (Nelson Barbosa)
Joel Rodrigues/Framephoto/Estadão ConteúdoEm discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, nesta quinta-feira (28), a presidente Dilma Rousseff voltou a defender mudanças na aposentadoria. “Não somos mais o País de jovens que podia se permitir adiar indefinidamente a solução de seus desequilíbrios previdenciários”, argumentou.
— Precisamos, neste momento, pensar mais em nossos filhos e netos [do] que em nós mesmos. A Previdência Social precisa ser sustentável para um horizonte que vai muito além do meu governo.
A presidente ainda lembrou a mudança na aposentadoria com a adoção da fórmula 85/95. Segundo ela, essa é uma maneira de “iniciar a transição” para uma mudança “mais ambiciosa”.
— Precisamos ir além e construir uma proposta que seja mais ambiciosa para o longo prazo a ser submetida ao Congresso. Qualquer mudança deve respeitar direitos adquiridos, levar em consideração expectativas de direitos, e, portanto, estabelecer período de transição.
Ajuste
Dilma também voltou a falar da necessidade do ajuste fiscal e das dificuldades em caso de não fazê-lo.
— Queremos dar perenidade ao equilíbrio fiscal porque, do contrário, todo o sacrifício que se fizer será novamente exigido daqui a poucos anos.
Para isso, ela lembrou de um desafio do governo este ano: aprovar a recriação da CPMF.
— Muitos aqui podem ter dúvidas e até mesmo se oporem a essas medidas, em especial à CPMF. Mas eu peço, no entanto, e peço encarecidamente, que reflitam sobre a excepcionalidade do momento, que torna a CPMF a melhor solução disponível.
Exportações
A presidente defendeu que o governo está tomando medidas para estimular a economia e que elas “são resultado de diagnósticos que fizemos e de propostas e demandas trazidas por representantes de empresários e trabalhadores”.
— Vamos manter uma política de comércio exterior agressiva, para termos superávit comercial de mais de US$ 19 bilhões [R$ 76 bilhões] e nossas exportações aumentaram, em volume, 10%.
Para Dilma, “uma crise é muito dolorosa para ser desperdiçada”.
— É um momento em que surgem oportunidades para construir soluções criativas e duradouras para desafios difíceis.