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“É um absurdo gigante supor que eu era beneficiário”, diz Eduardo Cunha sobre Lava Jato

Presidente da Câmara classifica como erro criminalizar doações legais de campanha

Brasil|Do R7, em Brasília

Cunha sobre Lava Jato: "Alopragem que desmontarei com facilidade"
Cunha sobre Lava Jato: "Alopragem que desmontarei com facilidade" Cunha sobre Lava Jato: "Alopragem que desmontarei com facilidade"

Um dia depois de ser divulgada a lista dos políticos que serão investigados por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está entre os citados, divulgou nota neste sábado (7) negando as acusações.

Por meio do Facebook, o deputado classificou como um “absurdo gigante” o fato das suspeitas contra ela terem sido geradas por depoimentos sem provas. Segundo ele, o doleiro Alberto Youssef fez, em depoimentos de sua delação premiada, associações sem apresentar nenhuma prova.

— O advogado do delator já deu declaração pública que meu nome não havia sido citado. É um absurdo gigante atribuir pagamento de terceiro sem provar, atribuir o recebimento sem provar e ainda supor que eu era beneficiário.

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Ainda na nota, o presidente da Câmara também questiona o fato de a petição criminal está considerando crime doações legais de campanha. Ela dá a entender que recebeu dinheiro das empreiteiras investigadas na Operação Lava jato, mas garante que todas as transferências respeitaram a lei.

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— Outro absurdo é usar como justificativa que recebi doações oficiais de campanha de empresas envolvidas em corrupção. Misturam a doação à minha campanha com várias doações de empresas ao comitê financeiro do PMDB como se fossem minhas. É um erro criminalizar a doação de campanha por ser de empresa envolvida.

Leia a íntegra da nota do presidente da Câmara dos Deputados:

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"SABEMOS EXATAMENTE O JOGO POLÍTICO QUE ACONTECEU E NÃO DÁ PARA FICAR CALADO SEM DENUNCIAR A POLITIZAÇÃO E APARELHAMENTO DA PGR. JANOT SÓ SERÁ RECONDUZIDO SE FOR DA VONTADE DO EXECUTIVO, OU SEJA, DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF E DO PT", disse Eduardo Cunha sobre a citação do seu nome na lista da Lava Jato.

Leia abaixo a declaração do deputado em seu Twitter.

"Tendo acesso à petição apresentada pelo Procurador Geral da República ao STF, tenho que desmentir todas as afirmações do Sr. Rodrigo Janot:

1. O ‪#‎PMDB na Câmara dos Deputados nunca teve nada a ver com a indicação de Paulo Roberto Costa. E colocar que Nestor Ceveró foi indicado pelo PMDB, quando todos sabem que ele era indicado do Senador Delcídio do Amaral, do ‪#‎PT, já é motivo para arquivamento.

2. Além disso, Fernando Soares nunca representou o PMDB e muito menos a mim. Ele fala em representações na Câmara de Deputados sem citar a representação, pois não existe. Bastava uma pesquisa simples no portal da Câmara e ele poderia provar sua relação comigo. Só que ele não tem como provar, porque nunca me representou.

3. Segundo a petição, o delator Alberto Yousseff atribui saber, também sem provar, que um terceiro teria pago a Fernando Soares e que este pagamento seria dirigido à mim. Porém, o advogado do delator já deu declaração pública que meu nome não havia sido citado. É um absurdo gigante atribuir pagamento de terceiro sem provar, atribuir o recebimento sem provar e ainda supor que eu era beneficiário.

4. Outro absurdo é usar como justificativa que recebi doações oficiais de campanha de empresas envolvidas em corrupção. Misturam a doação à minha campanha com várias doações de empresas ao comitê financeiro do PMDB como se fossem minhas. É um erro criminalizar a doação de campanha por ser de empresa envolvida. Todas as campanhas majoritárias, incluindo Dilma Rousseff e Aécio Neves, receberam doações dessas empresas. Mas por que então não abriram inquérito contra todos?

5. Além disso, a petição comete outro absurdo em me atribuir o benefício de doação a comitê financeiro do partido como se fosse à minha campanha, usando como indício doação do comitê financeiro do ‪#‎PP para a minha campanha de 2010, que jamais será prova de benefício indevido.

6. Para justificar volta a história do policial que teria entregue dinheiro em um endereço atribuído a mim e provado que não era o meu; fato que já foi desmentido publicamente.

7. Me causa estranheza que não tenham me pedido explicações, como aliás sempre foi praxe na PGR. Após ler não me restou qualquer dúvida de que um novo depoimento do delator 10 dias após eu me eleger, e usar como referência a história já desmentida do policial e doações oficiais de campanha como indícios, TEVE MOTIVAÇÕES POLÍTICAS. O PGR agiu como aparelho visando a imputação política de indícios como se todos fossem parte da mesma lama.

8. É lamentável ver que o senhor Janot, talvez para merecer a sua recondução, tenha se prestado a esse papel. Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu e não dá para ficar calado sem denunciar a politização e aparelhamento da PGR. Eles estão a serviço de quem?

Pelo critério do indício o PGR só será reconduzido se for da vontade do executivo, ou seja, da presidente Dilma Rousseff e do PT. Dessa forma, a mim e, creio também ao senador Antônio Anastasia, do ‪#‎PSDB, interessa saber com quem estamos misturados nessa corrupção odienta.

Fui à CPI da Petrobras, que aliás ajudei a criar, para me colocar à disposição para esclarecer. Vou pedir ao presidente para comparecer visando detalhar vírgula a vírgula dessa indecente petição do Sr. Janot.

É MAIS UMA ALOPRAGEM QUE RESPONDEREI E DESMONTAREI COM RELATIVA FACILIDADE."

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