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Eduardo Ramos: reforma tributária vai passar "com menos estresse"

Empossado como ministro em 4 de julho para melhorar a articulação política do governo, general se considera um expert na busca de consensos

Brasil|Marcos Rogério Lopes, do R7

Novo ministro prefere não ser chamado de general
Novo ministro prefere não ser chamado de general Novo ministro prefere não ser chamado de general

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, afirmou na tarde desta sexta-feira (19), em São Paulo, que a reforma tributária vai ser aprovada, e "com menos estresse" que a da Previdência. De acordo com o novo titular da pasta, empossado em 4 de julho com o objetivo de melhorar a articulação política do governo do presidente Jair Bolsonaro, a demora nas votações é natural, afinal é preciso dar espaço para os parlamentares se posicionarem. "Deputados e senadores se sentem importantes ao falar e precisam ser ouvidos. Quero conversar com todo mundo, independentemente da filiação partidária", garante.

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O novo ministro defende que a aprovação das alterações nas aposentadorias mudará o ambiente de confiança no país e facilitará a aprovação de outras reformas, começando pela tributária. "É uma mudança que tem impacto (econômico) similar ao da Previdência, mas que passará com menor grau de dificuldade."

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Eduardo Ramos lembrou sua vasta experiência em campanhas internacionais pelo Exército para explicar como tem tentado acalmar os ânimos no Congresso. "Eu fui à casa do (Presidente da Câmara) Rodrigo Maia (a quem, aliás, pediu uma salva de palmas) e falei também com o (Davi) Alcolumbre (senador do DEM-AP que preside o Senado). A ambos disse que faria de tudo para que as coisas corressem da melhor forma possível, com seriedade e de maneira transparente e correta."

Segundo Ramos, Rodrigo Maia se surpreendeu com sua sinceridade. "É o meu jeito de ser, meu estilo é o de buscar sempre uma convergência nos interesses." O ministro recorda que uma de suas missões, na década de 1990, foi se sentar na mesa com sérvios, croatas e muçulmanos na antiga Iugoslávia durante a crise que culminou na desintegração do país em várias nações. "Minha vida inteira eu fui um negociador, um harmonizador", define-se.

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Outras de suas funções foi coordenar a missão de paz no Haiti, em 2011, e ser o responsável pelas ações de segurança no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos, de 2016, além de ter atuado como comandante militar do Sudeste.

Considera-se um expert em contornar impasses e diz que foi assim que convenceu diversos deputados a aprovarem no dia 10 de julho a reforma da Previdência – por 379 votos a favor, com 131 contrários. "Não dei dinheiro a ninguém, não é assim que se trabalha", declara. Mas admite que o governo antecipou verbas para emendas de parlamentares. "Pedidos importantes, dentro da lei, de forma justa e legal. É dessa forma que se faz política", justifica.

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Ele aproveitou a maior parte de seu discurso para tentar convencer os empresários presentes no auditório do hotel Grand Hyatt, na zona sul da capital paulista, de que o governo de Bolsonaro é bom e tem pontos positivos. "Não tenho nada contra a mídia", diz. "Mas não dão destaques a muitas coisas boas", conclui. A seguir mostrou um slide no qual se viam quatro manchetes de jornais, todas com o mesmo anúncio: do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, fechado no fim de junho. 

Ramos abriu o almoço-debate agradecendo ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que o antecedeu no discurso, por chamá-lo pelo nome completo, e não pela patente do exército. "Tive 46 anos no exército e cheguei a general. Me orgulho muito disso, mas no momento prefiro ser citado como ministro, cargo que representa esse novo desafio em minha vida profissional", explica.

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