Pressionado na base aliada para escolher um candidato à sua sucessão no governo do Estado, Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira, 30, que essa decisão não está relacionada ao cenário nacional.
— Não depende uma coisa da outra, afirmou.
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O cargo está sob disputa de tucanos e do vice-governador, Márcio França (PSB), que ajuda Alckmin em conversas com a legenda no plano nacional.
O governador também negou que a disputa pelo governo do Estado possa prejudicar seus planos ao Palácio do Planalto.
Dentre os tucanos, há ao menos quatro interessados na sucessão de Alckmin, dentre eles o prefeito João Doria. Apesar de negar publicamente, ele negocia nos bastidores sua candidatura e deputados estaduais já declararam apoio a ele.
— O que nós dissemos é o seguinte, se a base, que nos elegeu governador, elegeu João Doria prefeito de São Paulo puder ter um candidato só, ótimo. Se não, se tiver mais de um, não tem problema, pode ter dois, pode ter três. Mas essa será uma decisão Estadual, disse Alckmin.
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O vice Márcio França, por outro lado, já lançou sua pré-candidatura e vem anunciando apoio de partidos médios e pequenos, como SD. O apoio do PSB à candidatura de Alckmin ajudaria o governador no Nordeste, onde não tem base eleitoral.
Imobiliária Pública
Alckmin esteve na Secretaria de Fazenda nesta terça-feira para o pregão de escolha do consórcio gestor do Fundo de Investimentos Imobiliários do Estado.
Trata-se de uma espécie de imobiliária pública, que vai administrar e vender 264 bens do Estado - 186 na região metropolitana e 78 no interior.
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Das sete empresas, a que venceu a concorrência foi Socopa. O fundo é avaliado em R$ 972 milhões e a empresa terá 0,2% de cada imóvel vendido - podendo chegar, portanto, a R$ 194 milhões, se todos forem negociados. Há ainda uma "ajuda de custo" mensal para a empresa, que pode variar entre R$ 30 mil a R$ 80 mil.
O pregão chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado no ano passado, mas acabou liberado em dezembro. Segundo a Fazenda, nenhum desses imóveis é de serviço à comunidade, como escolas e hospitais. O lote concedido nesta terça é o primeiro, mas o plano é "vender" até 5 mil dos 30 mil imóveis do Estado.