Dilma Rousseff no Itaquerão, onde foi xingada
JF Diorio/12.06.2014/Estadão ConteúdoA Copa do Mundo foi o assunto mais abordado na entrevista que a presidente Dilma Rousseff concedeu à GloboNews no final da noite desta sexta-feira (11).
A presidente lembrou que desde o ano passado era comum escutar que o Brasil era capaz de organizar uma Copa e também oferecer infraestrutura e segurança.
— O Brasil conseguiu fazer os estádios, além de oferecer infraestrutura e uma política federativa de segurança em todas as 12 cidades da Copa. Todos os governos e prefeituras contribuíram para garantir padrão de segurança nessa Copa — disse Dilma.
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Perguntada se concordava com a afirmação do ministro Gilberto Carvalho, de que o tratamento desrespeitoso que ela sofreu na abertura da Copa não partiu apenas de um “elite branca”, Dilma disse:
— Essa é a opinião dele. Eu acho que quem compareceu aos estádios foi dominantemente quem tem poder aquisitivo para pagar os preços dos ingressos da Fifa, uma elite branca.
A presidente também falou sobre a derrota da seleção brasileira.
— Foi uma dor imensa para todos nós. O grande aprendizado é a consciência que temos de mudar o futebol brasileiro.
Dilma disse que o Brasil tem que seguir o exemplo da Alemanha, que reformulou seu futebol após uma derrota.
Saúde e Educação
A presidente também lembrou que a educação e a saúde não perderam investimentos com a construções dos estádios para a Copa. Segundo ela, desde o início das obras para a Copa, educação e saúde tiveram um investimento de R$ 1,7 trilhão. E que os gastos com os estádios foram de R$ 8 bilhões, dos quais R$ 4 milhões foram financiados pelo poder público.
Dilma ainda falou que uma das marcas do seu governo foi o aumento da renda.
— Hoje 75% da nossa população está entre as classes A, B e C. Antes disso, eram 54% da classe D e E. Nosso governo contribuiu para essa expansão com uma política de inclusão.
Questionada sobre a declaração do presidente Lula, que afirmou que o julgamento do mensalão foi 80% político, Dilma respondeu:
— A base da democracia é o respeito entre os poderes. Eu não me manifestarei jamais a uma decisão do Judiciário. Não tem o que discutir.