A embaixadora da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandria, afirmou em nota que está em negociação para o retorno da equipe da embaixada à sua sede, após invasão de cerca de 12 horas de apoiadores de Juan Guaidó. Ela também disse que espera que as investigações sejam realizadas para que as sanções legais e diplomáticas correspondentes sejam aplicadas.
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"A partir deste momento, iniciamos um processo de negociação com as autoridades brasileiras para que, de acordo com seus interesses e direitos legítimos, possamos acessar nossa sede no menor tempo possível", disse a embaixadora.
A Maria Teresa explica que orientou a equipe a retirar-se da sede da embaixada em Brasília. "Não podemos garantir sua segurança em virtude da violência gerada pelos usurpadores do regime de Nicolás Maduro, que espancaram e feriram vários venezuelanos, invadiram as instalações e convocarammanifestações igualmente violentas nas áreas externas, com o apoio de cidadãos estrangeiros", afirmou em nota.
"Agradecemos ao governo do presidente Jair Bolsonaro por todo o seu apoio nessas circunstâncias difíceis. Portanto, agindo de acordo com esse apoio e respeitando o sistema jurídico brasileiro, partimos quando chegamos à sede da nossa embaixada, de forma pacífica", explicou.
"Agradecemos também ao 5º Batalhão de Polícia Militar, sob a liderança do Major Campos, pelo desempenho eficiente e profissional, apesar de terem sido agredidos verbalmente e ofendidos por grupos civis enviados pelo regime para gerar caos e confusão na sede da embaixada."
Entenda
A invasão aconteceu na ausência da embaixadora, que estava fora do país. Segundo comunicado, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.
É a primeira vez que eles entraram na sede, ainda controlada pelo chavistas, desde que presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano. A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro – que não têm mais relacionamento diplomático com o Brasil