CHICAGO (Reuters) - Os Estados Unidos suspenderam todas as importações de carne bovina in natura do Brasil nesta quinta-feira, devido a recorrentes preocupações sobre sanidade de produtos, afirmou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Em março, o USDA aumentou a realização de testes para a carne fresca e produtos prontos de carne do Brasil, como precaução após a operação Carne Fraca, envolvendo fiscais sanitários.
Segundo o USDA, um número elevado de embarques não foi aprovado nas checagens realizadas pelo governo dos EUA.
Desde que as checagens foram intensificadas, a agência do governo dos EUA rejeitou 11 por cento dos produtos de carne fresca do Brasil, acima da taxa de rejeição de 1 por cento para embarques do restante do mundo.
Ao todo, a agência rejeitou a entrada de 1,9 milhão de libras-peso de carne bovina do Brasil, devido a preocupações de saúde, sanitárias e questões relacionadas à saúde animal.
O USDA acrescentou que nenhum dos lotes rejeitados entrou no mercado dos EUA.
A suspensão do USDA vai continuar até que o Ministério da Agricultura do Brasil "tome medidas corretivas, as quais o USDA considere satisfatórias", de acordo com comunicado.
O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, conseguiu acordo para exportar o produto in natura para os norte-americanos em agosto do ano passado.
O país ainda exporta pequenos volumes aos EUA, comparativamente ao total que embarca, mas a suspensão norte-americana é representativa porque os critérios dos países da América do Norte costumam ser observados por outros países.
Quando obteve a entrada nos EUA, o setor privado brasileiro viu o processo como uma possibilidade de ganhar outros mercados importantes, como o do Japão e Coreia do Sul.
Não foi possível falar imediatamente com representantes do Ministério da Agricultura do Brasil.
(Por Tom Polansek)
Copyright © Thomson Reuters.