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Europeus tentaram evitar publicação de relatório do FMI sobre Grécia

Brasil|

Por Paul Taylor

BRUXELAS (Reuters) - Países da zona euro tentaram em vão evitar a publicação de uma análise sombria da dívida da Grécia pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que o governo de esquerda diz que justifica o seu apelo aos eleitores de rejeitar os termos de resgate, fontes familiarizadas com o assunto disseram nesta sexta-feira.

O documento divulgado em Washington na quinta-feira traz que as finanças públicas da Grécia não serão sustentáveis sem redução substancial da dívida, incluindo possivelmente uma baixa contábil por parceiros europeus de empréstimos garantidos pelo contribuinte.

O documento também defende que a Grécia vai precisar de pelo menos 50 bilhões de euros em ajuda adicional ao longo dos próximos três anos para manter-se viva.

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A publicação expôs uma disputa entre Bruxelas e o credor global com sede em Washington que foi crescendo nos bastidores durante meses.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, citou o relatório em apelo televisionado para os eleitores votarem pelo "não" aos termos de austeridade propostas.

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"Ontem um evento de grande importância política aconteceu", disse Tsipras. "O FMI publicou um relatório sobre a economia da Grécia, que é uma grande defesa para o governo grego, uma vez que ele confirma o óbvio: que a dívida grega não é sustentável."

Em reunião da diretoria do FMI na quarta-feira, os membros europeus questionaram o momento da publicação do relatório, três dias antes do referendo decisivo marcado para domingo, que pode determinar o futuro do país na zona do euro, disseram as fontes.

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Não houve votação, mas os europeus estavam em grande desvantagem numérica e os Estados Unidos, a voz mais forte no FMI, foi a favor da publicação, disseram as fontes.

"Não foi uma decisão fácil", disse uma fonte do FMI envolvida no debate sobre a publicação. "A UE tem que entender que nem tudo pode ser decidido com base em seus próprios imperativos", acrescentou.

A porta-voz do FMI, Angela Gaviria, não quis comentar sobre este relatório.

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